03 abril, 2012

Vácuo

Uma grande dúvida paira no ar diante os próximos dias: um feriado prolongado com gosto de ano inteiro. Se os 20 livros que comprei chegassem num piscar de olhos, seria útil. Início de agonia, mas pra que isso agora?
A preguiça de ler as bibliografias recomendadas.. deixa pra lá Paulo freire, Souza Pato, Focault e sei lá mais oque. Que as teorias da educação brasileira com seu sistema complexo e mergulhado em completa defasagem fique para 2° plano. Pelo menos não por essa semana, quero um tempo.
Estamos em abril, é o quarto mês desse ano... como vem passando depressa.
Ontem, ao entrar no quarto refleti na solidão que é viver aqui. Pouquíssimas vezes ela se faz tão presente como no momento da reflexão. A sensação do completo vazio e silêncio é algo que impressiona quando se pensa nela. Algumas perguntas que serão sempre feitas e provavelmente não terão respostas. Pensei nesses meses que venho morando sozinha e reparo se senti remorso ou qualquer tipo de tristeza profunda, daquelas que a casa parece que te engoliu e vai digerindo noite a dentro. Nas vezes que acordei com medo...
Impossível não pensar se vou me acostumar a viver novamente em família, na mesma casa.
Quando você acorda de pesadelos ou sonhos e sentada a beira da cama, tenta enxergar algum sentido no que te despertou. Nas dúvidas que te acompanham, os fantasmas que ficam a espreita na escuridão, observando cada passo. Você não enxerga, mas sabe que está sendo observada, você sente isso passando por todos os poros da sua pele.

Eu deveria dormir, mas há dias não prego o olho por mais de 4 horas.
Algo está por vir... como se o próprio vento de outono sussurrasse pelos cantos.
Enfim.
Fim.

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