30 maio, 2010

Canteiro.

sentamos na grama, a terra morna e o vento gelado correndo solto. deu sono, trouxe paz.
- conversamos.
e por algum momento ficamos felizes.

um grupo presencia um ciclo se encerrando e dois iniciando, nascendo.
ver a vida acontecendo diante de olhares, é assim.
morte-vida.

severina morreu. viva severina!

22 maio, 2010

Como tirar alguém da sua vida.

Alguma coisa não está certa: eu posso sentir isso de novo. Não é a primeira vez que você me deixa esperando, tristes desculpas e grandes falsas esperanças. Eu vi isso vindo, ainda não sei porque eu deixei você entrar por que eu sabia desde o início que você é tão previsível, sabia que alguma coisa daria errado (alguma coisa sempre está errada) então você não tem que ligar ou dizer qualquer coisa. Então pegue suas palavras vazias, suas promessas quebradas e todo o tempo que você roubou porque eu estou acabando com isso. Eu posso mandar isso embora, estou fazendo tudo o que eu devia ter feito e agora eu estou fazendo uma chance, estou vivendo o dia, estou te devolvendo o que você me deu. Pois esta historia nunca ia ter fim... eu fiquei esperando, fiquei procurando, fiquei torcendo, fiquei sonhando que você voltaria, mas eu sei o fim da novela mexicana: você nunca voltará (nunca, nunca, nunca..), Não.
Não mais, é em definitivo. não quero mais. existe um limite para isso, já ultrapacei o meu a tempos e agora digo: - Basta. Primeiro um calor, uma raiva "vermelhoazul" subindo pelas entranhas, fervilhando no emaranhado das veias. Depois, um nada, a indiferença vai tomando conta de cada canto, vai sedando, é a "pedra de gelo" soltando seu veneno-antídoto dizendo: "hora de acordar". Sim, o mundo é radical, não há meio termos. penso no tempo esperado e ? dá uma vontade absurda de quebrar a minha própria face por saber que a idiota da história sempre foi eu. Posso não enxergar bem mas em questão de sentir.. é, aquele "bad.. bad feeling" já estava com a luz de alerta acesa a tempos mas não, fechei os olhos para não ver o que estava escancarado na minha frente "é, eu sempre soube.." dessa corda bamba. tempo, tempo, tempo, tempo, você passou e alguém me disse que não havia tomado uma direção: mentira. o caminho já estava sendo percorrido, meu querido amigo. Certa vez ouvi dizer: "que imensa miséria o grande amor", uma pequena frase, efeitos imensuráveis. Verdade.
pensar que fazemos castelos (de areia), naquela doce ilusão de imaginar todas as situações açucaradas e serenas com alguém e ver essas construções virarem pó que vagueia pelo ar,como se riscasse um fósforo e ver o próprio ser consumido na sua chama. Ah, mas como me queimei "quatrocentasequartoze" vezes. E hoje lembro-me muito bem que anos atrás um alguém que foi embora do meu olhar, passou por mim e arrancou algo. nunca esqueci, nem poderia.. arrancaste para me ensinar uma lição dolorosa... Sem olhar para trás, sem mudar de lado na rua, sem fraquejar um só momento com a cabeça virou pó qualquer fagulha de lembrança. esse gosto, que ainda não sei dizer o que é, permanece bem nítido não só na boca... Depois que se passa pelo inferno de quando se mata o amor, você sabe exatamente todos os passos. os teus passos. Não é mais a primeira vez, posso dizer com propriedade que aprendi a sair desse local com certa "facilidade". tira-se todo e qualquer traço de sentimento, de emoção, vai desbotando as imagens, perdendo as formas, depois levanta-se, feche os olhos e respire[enquanto essa injeção faz seu trabalho]. uma inspiração longa e profunda, abra os olhos e dê o passo, firme. e não pare, nem se tem vontade de parar. sei que vou abrir olhos, dar a passada com força, sem desviar, sem piscar. sei que isso vai acontecer. enquanto risco todos os fósforos e vejo todas as fagulhas de lembranças que tenham ainda algum sentimento serem consumidas, encararei você mas não irei te ver, verei o nada e dessa forma continuarei a dar meus passos, mato, vivo o luto e o elaboro: no final o que sobra são as cinzas por que ali não se tem algo, não mais. agora é só o nada, só o vazio e o vento encarrega-se de soprar a poeira.


"Mas o mundo é negro, os corações são frios e não há esperança: eternamente mudados por causa do que vimos."

Enought.


Eu caminho por uma estrada solitária
a única que sempre conheci
não sei até aonde vai
mas é um lar para mim e eu ando só

Caminho por esta rua vazia
onde a cidade dorme
minha sombra, a única coisa que anda ao meu lado.

Estou andando na linha que me divide
em algum lugar na minha mente
no limite da margem, onde eu ando sozinho.

19 maio, 2010

que vá a merda¹

eu já nem quero mais ficar guardando um monte de coisas que carrego
nem quero mais ter que ficar esperando porra alguma.
as vezes me pergunto o por que que mantenho esse blog, por que escrevo?
e me lembrei de quando o fiz [anos atrás] me fiz uma pequena promessa:
de escrever, seja o que for.
não, eu não quero mais ficar medindo palavras, tendo paciência, sendo boazinha ou o caralho a quatro com todos.
ei, será que vai ter uma hora que todos explodem? ou se mandam a puta que o pariu ?
argh, odeio, detesto fazer qualquer tipo de coisa pra alguém e não ter reconhecimento: e nisso me refiro a minha mãe, que ultimamente está me deixando ALÉM dos nervos.
a vontade que tenho é de fazê-la engolir a chave do maldito carro e que saia pelo ânus.
já tenho quase certeza de que vou reprovar mais um semestre por conta de faltas por causa desse maldito câncer, dessa "assistência" que tenho que prestar, que pra mim é um grandessíssimo favor que faço e pra ela, não mais do que minha obrigação.
VÁ PRA PUTA QUE PARIU, FALEI!
foda-se.
que vá continuar esse acompanhamento/tramento em são paulo ? vai, mas vá sozinha.
raios, não quer se prejudicar e tá fodendo a minha vida? chega.
não, eu não agrado a maior parte das pessoas, aliás, quase nenhuma. E não preciso ter vergonha disso.

É, sempre soube.

"Maybe I know somewhere deep in my soul
That love never lasts
And we've got to find other ways
To make it alone or keep a straight face
And I've always lived like this
Keeping a comfortable, distance"

15 maio, 2010

M.


"Ao infinito e além"
como se fosse minha irmã mais nova. Aliás, irmã que nunca tive.
vezenquando fala besteira.
vezenquando chora.
vezemsempre fala verdades.
de todas as coisas que poderia desejar à alguém como você, desejo as boas.
:)

11 maio, 2010

Ré-pi.



"Ela [a foto] me anima e eu, animo ela"