25 dezembro, 2013



Chegou a hora.

20 dezembro, 2013

"will we forever only be pretending?"

Face to face and heart to heart
We're so close yet so far apart
I close my eyes I look away
That's just because I'm not okay
But I hold on I stay strong
Wondering if we still belong

Will we ever say the words we're feeling
Reach down underneath it
Tear down all the walls
Will we ever have a happy ending
Or will we forever only be pretending
We will always be pretending

How long do I fantasize
Make believe that it's still alive
Imagine that I am good enough
If we can choose the ones we love
But I hold on I stay strong
Wondering if we still belong

Will we ever say the words we're feeling
Deep down underneath it
Tear down all the walls
Will we ever have a happy ending
Or will we forever only be pretending

Will we (oh oh) always (oh oh) be keeping secrets safe
Every move we make
Seems like no one's leting go
And it's such a shame
Cuz if you feel the same
How am I supposed to know

Will we ever say the words we're feeling
Deep down underneath it
Tear down all the walls
Will we ever have a happy ending
Or will we forever only be pretending
Will we (oh oh) always (oh oh) be pretending.

17 dezembro, 2013

December.

E não é que dezembro já chegou?  Mês de encerramento de tantas coisas...  não é apenas o fechamento do ano, mas de sentimentos, pessoas, sonhos, projetos. Faz um tempo que não venho aqui escrever algumas coisas... por problemas de "conexão". Tanto quando a internet como a minha própria conexão, a interna.

Tempestades e maremotos fizeram tanto barulho dentro destas tripas que o silêncio é consolador agora. Cansaço sempre vem junto, mas não é aquela coisa que te trava. Um pouco mais sóbria, um pouco menos de perfeição, partes do orgulho craquelam na pele e vão ao chão. Sou uma velha. Ai.
Passei da idade, como uma fruta que amadurece rápido demais e com isso, algo ficou para trás. Há partes podres e são difíceis de tirá-las. "Adeus ano novo, feliz ano velho."

06 dezembro, 2013

Dança da solidão


Mais um módulo e de quebra, daquele jeito: sono de menos, olhos abertos demais! As vezes você tá tão fodida por dentro que fala pra si mesma: já que tá no inferno, abraça o capeta. Vamos sambar na jaca.
Por que quando você sente dor, comece a dançar. Se não passar, pelo menos ajuda a distrair o tempo e rende boas histórias.

03 dezembro, 2013

Metamorfose

Ontem passou "querido john" na tv e resolvi assistir. Embora eu tenha certa resistência em ver as adaptações que fazem das obras, neste caso preferi ver até por que nem tinha lido o livro ainda. Então.. assim não rola tanta decepção. Uma história interessante e o final, aberto? sei lá. final é assim mesmo, indefinido.

02 dezembro, 2013

"Quem você pensa que é?"


"And who do you think you are?
runnin' 'round leaving scars 
collecting a jar of hearts
tearing love apart.
Who do you think you are?"

18 novembro, 2013

Fall/spring



Já teve a sensação de que não tem nada de interessante pra dizer e ainda assim, querer dizer? "quem nunca?" é uma expressão popularmente para demonstrar coisas que poderíamos achar bizarras mas que na realidade são muito comuns a nós, pessoas. Pois é, venho aqui quase que diariamente querendo escrever algo, um  não sei o que e me perco em meio as palavras. Começo um texto dizendo algo e acabo escrevendo uma coisa totalmente diferente da ideia primária. Não sei se isso é emburrecimento, falta de atenção, foco... bem a luz da realidade é que estou diluída em tantas coisas que essa mesma montanha sou eu. As vezes acho confuso, noutras nem um pouco. Como não saber se desejo felicidades para alguém ou se mando pro inferno, o que dói menos? Ah, amor e ódio não são distintos, apenas o verso, a sombra de cada um. Sinto vontade de sentar no mirante em dia de vento e ficar por lá talvez tomando chá, um pequeniquezinho qualquer... sem a pretenção de ser algo grande por que o melhor desses momentos não são os tamanhos das coisas, mas o peso. Neste caso, o "não" peso. Ar pesado é tempestade, é frio. 

14 novembro, 2013

Perdendo o sinal.

As vezes fico pensando no que pode estar passando na sua cabeça. Pra mim, é tão desconsertante ver que são opostas as vontades que te fazem mulher. Porque me recuso a enxergar que você possa ser simplesmente uma grandessíssima filha da puta? Por que não consigo acreditar que as pessoas possam mentir com os olhos e coração sangrando. Será que isso é possível? Refuto a hipótese por lembrar do que enxerguei dia 5 de outubro.... foi um pelotão de fuzilamento, um cavalo salvagem se curvou e não foi usado o chicote. Mas enfim, por pensar nisso e pelos acontecimentos ocorridos nos últimos tempos, suas palavras me deixam com ânsia, a possibilidade de aproximação me revira o estomago. Não quero seu toque, nem seu olhar. Por que agora, essas coisas não me fazem mais o sentido como antes, somente de uma reaproximação sorrateira e escusa, onde você ignora todos os meus apelos e não sede uma vírgula sequer, nem um milímetrozinho pra dizer a verdade. Falei, escancarei, arreganhei tudo o que senti, me abri por completo e deixei ser ferida sim. Não é raiva que se passa aqui, entende? Eu te amo mas não gosto mais de você. A verdade é essa. É uma sedução barata, nefasta... a de sempre. Dessa vez não meu bem, essa vez não. Não estou desistindo, mas preciso cuidar de mim. Eu que cuidei tanto de você, negligenciei o bem maior e mais precioso... meu amor próprio. Saiba que eu ainda aguardo uma resposta sua [como disse, eu não desisti] mas a cada dia que passa, um passo é dado na direção oposta à nós e chegará ao tempo de nos tornamos desconhecidas em meio a multidão. Adultas, com buracos maiores do que de um rifle e seu franco atirador em plena luz do dia. Já chorei muito sim, sabe disso por que te disse. Mas as lágrimas estão secando, o reservatório está acabando. E esse sentimento tão bonito está prestes a criar asas e voar pra um lugar desconhecido até de mim mesma. Se antes era tristeza profundo que me dominava só de pensar nessa possibilidade, agora começa a não fazer diferença.... em breve será o bálsamo que irá me curar de tantas feridas abertas nesse caminho desde 2011. Desde aquele bendito campeonato.  

13 novembro, 2013

Ah não.


Que canseira. Quanto mais durmo, brota ainda mais sono. Aí você acorda e quase bate em todas as quinas das paredes da sua casa por que não consegue abrir os olhos direito. Quase zumbizando pela empresa.
Estamos chegando perto do natal... você começa a se dar conta disso quando aparece nas lojas todos e quaisquer tipos de enfeites para essa data. Putz, já vai ser natal? "quédizê" tchau 2013? vish.

09 novembro, 2013

Fu.


É muito sonhar alto? Será que é feio? será que as pessoas se contentam com tão poucos? Ou a gente se acostuma com as migalhas que encontramos no momento de dor e depois, acostumados a olhar sempre pro chao e de tão encurvados, não enxergamos a oportunidade ou não temos mais coragem de falar: EI, EU MEREÇO SIM!
É pecado? por que se for, acho que vou pro inferno então.

05 novembro, 2013

Insone.

Parabéns pra você que se detona no treino e depois não consegue nem digitar direito no teclado do notebook. Queria ter um gongo instalado na parede ao lado do meu quarto pra acordar meus vizinhos que vão dormir com a criançada depois da 1 da manhã. Deu pra perceber que estou irritada né?

04 novembro, 2013

CIP: 02224


Vai pra lá e pra cá, Pisca os olhos, fecha-e-abre-sem-parar. Horas passam escorrendo vagarosamente e a vontade que se tem é de ficar surda, quem sabe assim o tic tac pára de soar aos ouvidos. Apagou, agora sim. Tudo é silêncio e paz... até seu despertador tocar as 6:00 da manhã, sinalizando que outro dia chegou, é hora de trabalhar. Vai para o escritório e espera dar a hora de ir aos correios por que recebeu um aviso de entrega, você que já não tem mais unhas para roer sai em disparada. Recebe o envelope e por instinto olha o verso. 

Chegou o meu registro de psicóloga, enfim. Mas sinceramente, não era isso que eu aguardava.
Frase do dia? Nem tudo é perfeito. O jeito é gastar a mais nova carteira de identidade profissional!

29 outubro, 2013

Inscrito no meu mundo.



Engraçada, essa vida é assim. Ai, sou muito idiota, volúvel, "multipolar" e isso me dá ainda mais vontade de rir. É como se eu estivesse num local com vários tanques, piscinas, mergulho fundo em todas. Só que esses recipientes são os sentimentos, emoções, sensações. Me encharco delas, lambuzo, fico impregnada e as vezes me intoxico. As vezes intoxico os outros. Tento olhar de fora da minha cabeça para minha própria carcaça e enxergar todas as fraquezas e imperfeições que existem. Olha, são MUITAS. Se antes eram motivos para deixar na escuridão, agora os holofotes escancaram cada ferida. Sei não, talvez uma das lições mais tensas que ainda estou aprendendo é saber rir de mim mesma, principalmente quando os outros apontam meus defeitos. Rir sem dor entende? sem raiva, sem vergonha [embora eu ainda sinta, principalmente para as pessoas que amo]. Hoje posso estar bem, amanhã quero jogar um latão de ácido sulfúrico na bendita, só pra compartilhar a dor e um segundo depois estarei lá, cuidando do que restou daquele ser. O que eu quero dizer? que vou mudando numa velocidade que é difícil de acompanhar pra mim mesma, que dirá quem ousa ficar ao meu lado. TPM não chega nem perto. Gosto de falar que é uma nebulosa. Percebi que meus relacionamentos são bem mais significativos quando estão nessa montanha-russa, enlouquecendo-nos. Lá em cima eu quero sair do carrinho, as vezes vomitar, grito o trajeto inteiro... quando o brinquedo "pára" e a gente desce, euforicamente quero aquilo mais uma vez. Vou de olhos fechados e sorriso dando voltas na cara. Não dá pra me entender dentro da normalidade, tenho meu próprio funcionamento. Posso gostar por anos, mas tenho o "dom" de viver com tanta intensidade uma emoção que me destrói e pode escangalhar você. Essa sou eu, nessa funcionamento singular. Vou te tratar muitíssimo bem enquanto te arremesso no penhasco pra te ver cair. Sabe por que? Por que foi oque me aconteceu quando te conheci. vou ouvir seus ossos quebrarem contra o rochedo. Quando estiver com os olhos arregalados e não conseguir respirar mais, quando achar que finalmente chegou o fim, o "game over"... olhe para suas mãos e notará que meus dedos estão entrelaçados aos seus. Vai piscar algumas vezes, não entendendo nada daquilo. Quando você abrir novamente esses olhos, vai me ver sorrindo e talvez aí você possa entender o que é estar vivo e que estive no lugar onde deveria estar.
Olhe para o lado e verá.

É assim que acontece comigo.

25 outubro, 2013

Por aí.



Entre papéis contábeis e conversas alheias, algumas questões são plantadas na minha cabeça. Na verdade dúvidas que não estão somente em mim, em outros também. Muitos não entendem o por que de eu ter parado nessa cidade. Quase todos não sabem o peso que é levar isso. Uma voz amiga fez a seguinte questão essa semana; "e você, como está?" e a respondi dizendo: "acho que na hora de colocar as coisas nas caixas pra me mudar, me encaixotei também e ainda não me desembrulhei". Deu pra ouvir a moeda bater lá no fundo e tilintar. Penso nesses (pseudo) oito anos que estão por vir e me pergunto: ficarei guardada numa caixa por tanto tempo? Lutei tanto pra ficar aqui encarcerada numa sala gastando 2 horas trabalhando 6 eu fico olhando para as paredes da sala e as outras 16 arranjando algo pra explicar os motivos de estar aqui? Nunca fui muito normal pra um comportamento padrão, tão pouco o estilo tradicional me atrai. O conformismo me deixa de cabelos em pé e diariamente olho no espelhinho do microondas lá de casa o ponto de interrogação nos meus olhos sobre tudo o que está acontecendo. Me pergunto se estou fazendo isso certo, aliás, se esse certo é de fato o correto por que não é o que sinto, nem o que minhas tripas insistem gritar, muito menos meu coração concorda. É como se eu tivesse aceitado ser domesticada em uma jaula minuscula. Por quanto tempo vou aguentar isso? Esperarei 8 anos, onde teoricamente meus avós vão partir dessa pra melhor e só depois eu vou "recomeçar" a viver novamente ao sabor do vento? Vou simplesmente jogar num buraco 8 anos da minha preciosa vida? Já não senti bastante na pele ver minha mãe protelar as coisas que ela mais quis na vida e acabar morrendo sem ter realizado metade delas? Então que liberdade "posso" ter? Sinto dentro de mim uma coisa tão urgente em viver e de repente entrei em estado de latência. Pra quê? Meus pés querem tocar o globo em sua totalidade antes de sossegarem em algum canto dele. Preciso ver muita coisa ainda antes que estes olhos deixem de perceber a luz.
Alguém me disse essa semana assim: "mas essa cidade é pequena pra você" e deram outro alerta ontem:  essa história de "nunca é tarde" é balela. Me falou da diferença de aprendizagem dos 20 para 30 e poucos anos. Revelaram também que com o passar dos anos, vamos perdendo a coragem... seja para mudar radicalmente, seja para ir na esquina de casa. Nesse momento uma música vem de encontro onde a letra ressoa: "apenas os jovens podem se libertar, se libertar. Perdidos quando vento sopra, por conta própria."
Então onde foi parar meu desejo de ir pro Canadá, graduar em fotografia e me tornar cidadã daquele país logo após a minha formação? Onde "eu" fui parar?

22 outubro, 2013

"ST"rani amori.

"Você podia ter feito diferente, sabia? Mas não. Nada de novas escolhas, nada de "virada no jogo", nada de "dessa vez", nada de nada. A mesmice de sempre. A estupidez de sempre. A mesmice, o desperdício, a falta de consideração. O egoísmo velho de todo santo dia, insensibilidade monstruosa, indiferença indisfarçada: cretinice pura. Havia tantas possibilidades e sequer imaginou-as. Houve tanto tempo, tanto terreno fértil para que? para uma semente estéril. É alguém que não sabe cuidar de flores, não dá de beber, deixa morrer desidratado e sem alimento. Inanição pura."
 

17 outubro, 2013

Vômito.

Mesa marrom e papéis pra todos os cantos. O que há por aqui? uma sobriedade quase doentia. Coisas muito certas pouco a pouco estão me enjoando. Não nasci pra ficar trancafiada num escritório. Começo a pensar que não sou passarinho pra ficar enjaulada numa gaiola, mesmo que tenha sido uma decisão consciente e a politicamente correta. QUE QUE TÁ ACONTECENDO GENTE? Tá me faltando amor, alegria, um comichão que seja pra "animar" o dia. Acordo e antes das 7 estou no trabalho. As 18 horas estou podre e as 21:30 me entrego ao sono. Como assim? saltei dos 23 para 68 anos? Pára o mundo que eu vou descer. Conto os caraminguás e entro na nebulosa da minha cachola pra desvendar qual dos desejos quero realizar primeiro. Preciso de foco, foco, foco, foco, foco! hã?!
Tá foda, entende? tá estranho de ruim. Se eu não pirar em poucos dias... Deus, eu nunca fui um robô! [ou sempre fui e não havia me dado conta até então?]. Foco, foco, foco, foco, foco!
Pés e pernas balançam a todo instante, sentar na ponta da cadeira é sinal de prontidão para uma possível fuga. Quero chutar o balde pra essa vida morna demais, repetitiva demais, efervescente de menos. ARGH!
Ambientes corporativos não são pra minha pessoa, agora eu já sei. Drooooooooooooooooooooooooooga!


*Respirando... 5.. 4.. 3.. 2.. 1.. 0.


- Voltando ao "normal". (barulho de chave caindo ao chão)

15 outubro, 2013



Ele se foi
Nem bem o sol nasceu
Deixando vazia aquela estação

Ele cresceu
Na cidade ele criou
Asas na cabeça e no coração

Nunca pensou que essa hora ia chegar
Quem poderia imaginar, imaginar

Mas nunca é cedo demais
Nunca é cedo demais
O destino não marca hora
Pra você voltar
Naquela estação

Ele chegou
Na terra da oportunidade
Um reino sem rei
Escola sem um mestre

Não quis encarar
Faltava coragem pra olhar
O velho sonho que ficou pra trás, ficou pra trás

Nunca pensou que essa hora ia chegar
Quem poderia imaginar, imaginar

Mas nunca é cedo demais
Nunca é cedo demais
O destino não marca hora
Pra você voltar

Mas nunca é cedo demais
Nunca é cedo demais
O destino não marca hora
Pra você voltar
Naquela estação

10 outubro, 2013

Deep inside.

Sentir.

Sinto um vento frio passando entre os dedos... mas há uma rajada partindo do cérebro para o coração.
Como se fosse um dos pólos deste planeta, meu planeta. Sopra em direção ao sul o inverno chega com força neste músculo que fica na parte central do corpo. 

Os olhos registram cenas do cotidiano e estes dias passam sem que sejam de fato, notados.
Olho o calendário mas não enxergo as datas. De repente é dia 10, pisco minhas retinas e já será dezembro.
Existe neve dentro da gente, sabe?

Há de se observar, não as coisas de fora e sim, olhar aqui dentro, bem no fundo. Você se desconecta deste mundo e mergulha em si. Uma arvore bem marcada pelas quatro estações. Como está a sua? 


música: shoujo kakumei - overture.

02 outubro, 2013

"Esse é pra você, magrela"



Estou há mais de uma hora revolvendo um passado. Mexendo num território que é sagrado, por que jamais mudará. Ao adentrar não senti medo. Olhei nos olhos deste senhor e senti paz com um sorriso no canto da boca, um sorriso "torto" como seu de outrora. Vi minha cara séria te fitando, molenga e com um coração aos pulos. Na verdade quem dava pulos por dentro era eu, tenho um grave defeito de não conseguir transparecer o que se passa por dentro. Meu sorriso de canto quis se abrir para mostrar todos os dentes da boca ao ver um ser esguio andar pela rua. Você, que insistia em dizer que era magricela demais, eu rindo por dentro só queria que você compreendesse o que era justamente o seu tamanho, forma, jeitos, defeitos [que eu destaaaaaaaaaaava mas amava ao mesmo tempo] era o que faltava-me. Alguém que desafiei a me amar e em troca, desafiou-me a sentir. Sentir TUDO. Dor, amor, desejo, raiva, esperança, angústia, solidão, fé, tristeza, alegria, silêncio... são algumas das que posso citar. Garota toda diferente dos "padrões" na qual eu estava acostumada. Hoje posso te dizer que: não, você não me chamaria a atenção na rua... porém não foi preciso. Acertou na primeira chance, no gesto, no olhar e no que deixou-se mostrar. Enlouqueci. Perdi o princípio da razão ao dar o primeiro passo por que para me aproximar e finalmente estar ao seu lado, era preciso tirar os pés do chão. Como num passe de mágica, deixei conceitos que segui até esbarrar com sua existência e saltei para algo que jamais pude imaginar no que se tornaria. Eu quis sentir e foi feito. Pra isso, você me levou num voo sem escala ao mais alto do céu e de lá, soltou-me no ar. O resultado dessa experiência vivenciada ecoa ainda hoje. E não, não te amaldiçoo por isso. Foram quebradas muitas coisas na queda e uma delas foi algo importantíssimo: meu muro rachou, abriu um pequeno buraco. Você bem sabe que rachadura em represa causa um "estrago" enorme. E lá se foram litros de sentimentos escoados a base de lágrimas. Uma correnteza de tamanha força que eu não teria conhecimento sem essa queda. Assim como a elevação, tocar o céu ao sentir a mais profunda das sensações até perder os sentidos, algo que sequer deixava-me falar, embora eu quisesse gritar... só os olhos, delatores como sempre faziam este imenso favor ao meu ser. Relembro todas essas memórias e penso solo: "que vadia, teve a petulância de fazer isso comigo. Que corajosa" e me veio outro sorriso de canto pra confirmar oque constatei anos atrás. Você se subestimava demais. Talvez você pôde ver enquanto eu caía, o quanto meus olhos se iluminaram ao te ver na mesma linha que o sol, um brilho que ofuscava. Você foi meu sol, besta. Com a luz e temperatura compatíveis ao astro rei. Aliás, o sol é o que mesmo? uma estrela!
Uma queda livre de tempo indeterminado me fez outra pessoa. Toda vez que olho pra cima, agora, vejo uma bola brilhar e eu lembro que não é o sol que a maioria das pessoas creem o que é aquilo lá em cima. Então, espero que você se lembre de quem é. Este texto nasceu assim para poder te dizer: Obrigada, por tudo. E que você saiba oque eu sempre tive a certeza, mesmo desistindo  por conta das dificuldades e dores e intensidade que foi-me demandada: você foi o amor da minha vida, me levando do céu ao inferno e vice-versa tantas vezes. Escrevo isso sorrindo. Guarde-o com carinho se puder e quiser. Assim como a guardarei para sempre em minha memória e no meu coração duro.    


"Pra você guardei o amor
Que nunca soube dar
O amor que tive e vi sem me deixar
Sentir sem conseguir provar
Sem entregar
E repartir."

29 setembro, 2013

Momento.


Tantas palavras passando pela minha cabeça nesse momento, repetidamente por esses dias. Parecem um fluxo de automóveis em uma via expressa. A angustia é menor mas ainda resistente por aqui... gostaria de conversar tranquilamente, de poder me abrir e expor por completo o que acontece aqui dentro, queria que compreendesse. Olho meu reflexo no espelho e encontro uma cara cansada, não sei se é de tanto resistir a algo ou dos afazeres diários. Quero voar, abrir as asas mas estou com medo de esticá-las e alguém aparecer com uma tesoura gigante e cortar parte dela. Veja: capaz eu sou, o que me pergunto neste momento é se vale a pena? Travar uma guerra é deveras exaustivo, mas quando não se está só, fica melhor. E particularmente nesta, não há como lutar solo. Então, percebo que alcancei a encruzilhada, o precipício. Chegou a hora de saber qual rumo tomar, o que fazer. Não sei... ainda estou criando coragem pra saltar. Preciso de alguém pra me dizer: "você consegue". Quando me livrar do peso da incerteza, saltarei. se vou atravessar o abismo ou cair diretamente nele, não terá importância.

25 setembro, 2013

Wide awake.

O que seria da faca se não tivesse uma mão para segurar e impulsionar o corte? Quando se rasga os tecidos, sejam eles de pano ou a musculatura, é por que está querendo saber mais a fundo, na própria carne.  Pois bem, chega um momento onde você não desiste mas apenas cansou. Por estar cansado da mesma coisa de sempre, resolver pegar o mais afiados dos bisturis que possui e com uma frieza de um cirurgião, vai fazer o corte e saber de fato, o que está acontecendo. O cirurgião sou eu. Esse pedaço de metal foi passado diretamente ao externo, sem anestesia. e ao sentir o deslizar na pele com sangue formando a linha a ser percorrida, não houve raiva, uma pequena tristeza e só. Ser o principal agente deste ato e simultaneamente observar perante o espelho e constatar ali que está tudo no lugar, está tudo certo. O coração bate normalmente, embora com uma película que estava envolta e atrapalhava. Tirada essa parte, fecha-se. Então fito meus olhos por um tempo, examino além das minhas retinas.... há algo que me impede de enxergar perfeitamente e vou tirá-la. Com cuidado, sinto aquele pequeno metal afiado e áspero cortar. Pronto. Retorno ao espelho e agora sim, consigo ver os detalhes. Mas meus olhos já não são mais os castanhos de sempre, mudaram, assim como oque poderia ser visto.

20 setembro, 2013

Decidir.


Ah, o trabalho... ele tem sido leve, mas a problemática não é o fluxo e sim, as pessoas que o gerem. Levar uma sequência de tombos não é algo divertido e creio que, ninguém goste. Refazer cálculos várias vezes num mesmo dia é enfadonho. Mas o que dói lá no fundo é perceber que há a possibilidade da não realização de um sonho ao final deste ano.
Não, este texto não vem dizer sobre o trabalho em si. Ele nasceu no instante que houve o corte doloroso, no momento onde a possibilidade do desejo não ser gozado. Vem dizer disso, do quanto você aguenta, insiste e se move para a realização. No meu caso, ir passar a virada do ano num local mágico. De "plus" a companhia de quem eu quero muito bem. Hoje, o preço das coisas é relativo. Não é o preço monetário, mas o valor que se dá a momentos, pessoas, histórias. E eu me pergunto porque sou assim? de mergulhar de cabeça com os olhos fechados mas tendo a certeza utópica de que no final tudo vai dar certo? Por que eu tenho um certo "defeito", é de sentir somente aquilo que é intenso, que realmente vibra. Essa é a minha pedra angular. É por isso que aposto todas as fichas na única chance. E é com isso que vou em frente, que me move a embarcar num avião e pousar num outro continente. 

14 setembro, 2013

Água.


As vezes fico sentada aqui olhando para o nada... venho escutando as músicas e pensando em mil coisas. Nesses pensamentos infindos, em quase todos você permeou.
É como eu disse; é preciso abrir a mão totalmente para que possa viver a experiência por completo. É preciso que eu acredite, que eu arrisque. E é claro que dói, sangra diariamente essa consciência de tudo... ontem antes de dormir, fiquei pensando no que seria "melhor": se os homens não tivessem consciência de si e seus atos, ou o contrário. E não há como saber essa resposta. Levaria uma vida inteira em cada dessas situações para poder responder, e desse modo, estaria repetindo o mito do meu signo. Vamos com calma, é isso. Há algo para refrear essa ansiedade por querer viver? e principalmente, pra viver a vida, com você?

Terça entrei em parafuso nessa ansiedade... se queremos ficar juntas, se os objetivos são similares, ou não tem nada a ver e a vida vai jogar cada uma de nós em extremidades opostas e vamos continuar teimando. Eu não sei e isso me causa pavor, além da impaciência. Bem na realidade só preciso que segure minha mão. Pra me dar um chão, em algo onde eu possa tocar, me segurar. Afinal de contas, também preciso de um porto seguro.

05 setembro, 2013

Tipo assim.

Leio umas coisas bobas e já fico assim, "bexxta".
Você pensa assim, eu penso assado?
Só ontem fui me dar conta de que já estamos em setembro e o fim do ano já bate à porta. Existem coisas que vivenciamos de uma maneira tão singular. Ontem passaram o show da Alanis na tv e eu estava lá, me pergunto: um ano já? cruzes!
2012 foi deveras intenso para muitas experiencias das quais a maioria foram boas. Enquanto isso, os jardins de casa e o de dentro do peito vão sendo cuidados. As vezes algumas perguntas latejam na cabecinha e comprovo que não penso mais como antes. Bem a verdade ultimamente o silêncio tem sido algo mais aproveitado, embora em certos momentos, bem incomodo... como uma... câimbra? Algo do gênero.

03 setembro, 2013

Home :)


Depois de 1 mês de atraso, finalmente: casa nova.

16 agosto, 2013

You.


"Você pode até achar que me esqueço de você só porque sou desnaturada mas levo você comigo, em meu coração, em todos esses novos momentos que estou vivenciando.
Estou crescendo, amadurecendo, me reconstruindo e, apesar da saudade, estou feliz.

Te amo de uma certa maneira estranha."

11 agosto, 2013

Será?

[Depois de algum tempo sem vir aqui, por preguiça mesmo.... rs.] 
Mudei mas ainda não estou na minha casa, isso incomoda um pouco, ainda bem que casa de vó é um lugar de paz. Não sei se começo a trabalhar amanhã, meu avô é meio supersticioso e não gosta de que nenhum colaborador inicie nesse dia. Enquanto espero a montagem da cozinha e guarda-roupas, fico aqui nesse espaço, suspensa. Quero ir para academia mas fiz o favor de esquecer o tênis na minha casa antiga. Êta. Anteontem caraminholando, adentrei num assunto que era meio traumático. Juntar os trapos. Mas afinal de contas que é esse tal de casamento? A pergunta não era sobre a cerimonia e mimimi, mas o dia a dia de um casal "casado". Não é de hoje que essa pergunta bateu a minha porta. Aos poucos vou entendendo que é. Olha, pelo jeito é bem mais complicado manter uma relação assim. Por que convenhamos, depois que tempos um olhando a cara da outra, dividindo cama, cozinha, problemas e soluções, quando você acessa tudo e praticamente esgota todos os segredos da sua parceira e vice-versa, parece que perde a graça. Nos tornamos velhos quando deixamos de fazer as coisas que temos vontade, aquela que pinta do nada. seja por comodismo, ou por que os outros vão achar ruim. Aí vem a chatice, a monotonia.... tchau fogo ardido que queimavam as duas só de se olharem. Então, casamento é uma bosta? acho que não. Acho que seja bem bacana, desde que nós consigamos entender que é viver junto com todos os erros e acertos... em saber sorrir, relevar mesmo quando a vontade é de mandar tomar naquele lugar e ir embora. É ter que ser mágico, cientista ou seja lá o que for pra reinventar uma forma diariamente pra que a pessoa amada tenha admiração, interesse, tesão em você e que seja recíproco. Que briguem, quebrem o pau e tudo mais, pra depois se acertarem e descobrir que tá lá dentro aquele foguinho da paixão e faz os olhos brilharem, mesmo sabendo que odeia a teimosia dela e que ela deteste sua chatice. Como passar o tempo? aliás, como resistir ao tempo se temos bilhões de pessoas mais interessantes que podem simplesmente quebrar tudo isso? Aí filha, apele para todos os santos, mandingas, armas de sedução. Vale quase tudo, só não vale ficar sentada na cadeira esperando né? Eis que então, me pego pensando que sim, é difícil, a chance de dar errado é enorme... ainda mais que estamos sendo criadas para descartar as pessoas ao menor sinal de desagrado. Eu andava de mal com esse conceito mas me apaziguei. Talvez casar seja não enfiar uma aliança no dedo anelar esquerdo e um juramento mais ultrapassado que matusalém. Poderia ser um pouco assim: traz suas coisas; calcinha escova, cremes, tpm. Ó, nos dias que falar pouco, sem brigas e perguntas, um abraço sem dizer nada opera milagres. Vai ter cachorro pulando pra tudo quanto é lado de casa por que você é fissurada por um golden e eu quero um border colie. Precisamos de um empregada, não gostamos nem um pouco de arrumar nossas bagunças. Quando brigarmos [por que VAMOS brigar e não será uma ou duas vezes], vou sair por algum tempo pra esfriar o sangue e chorar baixinho, mas eu volto pra casa. Se quem sair for você ficarei esperando roendo as unhas de culpa e preocupação, rezando pelos cantos pra que retorne logo. Eu sou chata e velha, você é turrona e grossa mas me lembre que apesar dos gênios fortíssimos, o gostar é maior. Vou tentar te lembrar também, do jeito meloso e idiota que faço. Que quando pegarmos o avião pra viajar por aí, façamos aquilo que dê na telha. E sexo? que o desejo não acabe, e se ele diminuir, vamos dar um jeito de aumentá-lo. Crianças eu quero uma. Mas topo até três. Não sei quanto tempo a gente pode ficar assim, espero que possa ser o suficiente :)

27 julho, 2013

Bacharelado.


Jamais pensei que o peso desse canudo fosse tão grande. Nem pude sequer prever que para alcança-lo, teria que ir do céu ao inferno em várias situações. 6 anos. Este foi o tempo que levei para te-lo em mãos, necessário para que pudesse segurá-lo de forma digna e segura. Não dá pra acreditar... sei lá.
É um peso desgraçado caindo ao chão quando se ouve: "confiro o grau que lhe é de direito" e "podei exercer vossas profissões". Há tantas, TANTAS coisas que poderiam ser ditas para esse momento mas você acaba compreendendo que em certos casos, é melhor não dizer, apenas sorrir.

21 julho, 2013

Sala de espera.

Durmo, acordo, as horas passam e o momento não chega. De sacanagem o relógio e o calendário não giram... por quê? sento nesse sofá verde e espero os dias passarem, as horas ficarem pra trás. Parece que cheguei as últimas gotas de força que tenho. Um esgotamento que desbota qualquer vontade. E não é por alguém, embora eu sinta [e muito] a falta do meu bem. É como se o tempo tivesse se esgotado pra mim. O tempo de ficar nessa cidade. Já não me reconheço nela. Não pertenço mais a este local e isso tira a paciência. Abri as porteiras e agora o céu é meu teto. Enquanto não chego na minha casa, o mundo se tornou meu quarto, quintal, sala.... não sinto que tenho mais aquela coisa que me deixava acordada por dias. Minhas pernas enfraqueceram? Já não suporto mais tanto peso nos ombros? Cortei pedaços que estavam velhos, outros apodrecidos. 


- Um brotinho saiu.

11 julho, 2013

Day 1


Carregar caixas pra cima e baixo a manhã toda. A noite, beber cerveja e falar merda. Ultimamente as coisas andam assim. Vou tentando viver um pouco nessa vida nova. Você entra no carro, aumenta o volume no 30 e sai por aí numa cidade que pouco conhece, meio alcoolizada, andando por ruas mal iluminadas só pra constar que você faz parte dela. Então quando deita a cabeça no travesseiro, sente o cheiro inconfundível de um certo perfume e isso lhe atormenta mas como está com sono, desmaia logo em seguida. Acorda de madrugada pra caminhar mas está cansada demais. Aí você se lembra de que sonhou e muito na noite. Susto? não.  

09 julho, 2013

Na carne.


Sou uma garota assustada que traz nas mãos pedaços. Retalhos de vida, um coração em milhares de cacos. Pareço ser alguém que não sente. Desprovida de terminais nervosos que decodifiquem as sensações. "Pareço". Sinto em demasia, é quase patológico. Por sentir demais, deixa-se vazar de menos. Controlo demais o lado de dentro e como que por consequência, sinto necessidade de controlar o que está fora de mim... como se fosse possível controlar até o incontrolável. Sonho demais sem tirar os pés do chão, ou seja: não sonho. Pareço não temer o futuro, mas me dá calafrios o passado se não consigo deixá-lo em seu devido lugar e em alguns casos, não saio de lá. O estranho me causa furor, sendo reconfortante ficar naquela sensação de dar uns passos lá fora na chuva e depois, voltar pra cama quentinha. Que raio de crescimento medonho é esse?
Tenho medo de ter medo. Por teme-lo, vou entrando isenta de sensações, anestesiada, começando coisas, traçando caminhos, riscando pessoas, queimando tempo. Vou me espatifando, ceifando o que me sobrou de inocência, me apodrecendo por conta própria. Que bosta. É, estou fritando meus neurônios além da conta. Sim, estou em crise e em pé de guerra comigo mesma.  

05 julho, 2013

WTF?!

Amigos fazem cada pergunta... que dá vontade chegar bem perto do ouvido do ser e berrar: COMO ASSIIIIIIIIIIIIIIMMM???? mas né? enfim. Amigos, os seres mais retardados. As pessoas mais certas.
é com eles que você aprende a rir da própria desgraça, cornisse, merdas, escapadas, tombos e saltos quebrados.
Um deles [uma mulher que já passou dos 40], me pergunta como é transar com mulher.
No mesmo momento me vem na cabeça aquele vídeo do porta dos fundos: "sobremesa" onde a personagem escancara pro marido que quer foder. F-O-D-E-R. não é fazer amor, nheco-nheco, transa. Dei uma resposta em pergunta e a conversa foi desenrolando. Nada de seminários, manuais. Receita de bolo é papo furado. Nem mesmo com a pessoa que você possa estar pegando a sééééculos, não vai ser a mesma coisa. 
Papo vai e vem e aí sim chega um bom motivo. O desejo, ou a falta dele. Tem dias que você acorda com a periquita em chamas, não é? aí você recorre a siririca, ou ao amigo [ou amiga] colorida, ou não faz nada. Voltei pra casa pensando nisso: como é complicado essa coisa de sexo. Complicado no sentido de que tantas pessoas procuram através deles o prazer, satisfação, o gozo. E muitas encontram o vazio. Ouvi pouquíssimos dizerem que tiveram no sexo, uma ligação, um encontro, algo "além". Tá, tem gente que tá afim só da coisa na hora ali e pá. Mas não é disso que estou querendo dizer. Quero falar do daquele sexo. Foda-se se é amorzinho, puritano, ou profano, safado. Daqueles que pouco importa o que você estiver fazendo mas olha nos olhos, enxerga o fundo da retina da pessoa que está contigo. Aliás, enxerga muito mais do que os olhos. E aí penso: sortudos são aqueles que conseguem isso. Conseguem se encontrar e reencontrar. Quem já passou por isso, entende o que estou escrevendo.
E aí eu olho pra essa minha amiga. Sorrimos. Já entendemos.

Ê vida.

01 julho, 2013

Kronos, Chronos, Tempo.


Eu vejo umas coisas passando na rua, na tv e fico caraminholando milhares de pensamentos... hoje de tarde,  me dei conta mais uma vez que o tempo é soberano. Senhor do seu próprio destino. Não importa como tentamos aprisioná-lo, ele sempre se libertará. Ele é livre, desde seu início até o fim. Com ele, carrega histórias, dores e esperanças. Apesar da dor momentânea, é ele que vem sussurrar aos nossos ouvidos que no fundo... ele está fazendo as coisas darem certo, desde que você saiba compreendê-lo. Chronos, estou tentando. O único juramento que posso fazer é que prometo TENTAR; tentar confiar, compreender.

30 junho, 2013

Rondon city.

Rondonopolis mudou um bocado. Tive dificuldade em reconhecer as esquinas dessa terra nessa visita.  Linhas que me eram tão familiares, agora eram quase desconhecidas. Reencontrar pessoas por aqui foi bom, uma despedida tranquila. Algumas coisas entristecem e assustam, ver o consumo de drogas rolando solto... realidades "paralelas" se cruzando. Mas é a vida, torta, incerta, seguindo seu curso. Cada um tem legado, sua verdade, marcas e feridas de batalhas vividas. Cada um se arruma como consegue. Alguns aparecem, outros somem; como num mosaico onde as peças ficam alternando, ora você é destaque, noutra, fundo. Foi bom!

28 junho, 2013

"That's the way I like"


Encaixota aqui, ensaca ali... tudo pronto! Adeus Cuiabá, olá Sinop. Paredes novas, branquinhas, esperando cores e novas histórias. Quando se está diante do novo, do desconhecido, você tem todas as possibilidades. De qualquer jeito e como bem quiser. Isso é tão bom!
Azul, laranja, verde, petróleo, roxo? Um novo lugar, começo de uma nova fase. Vou preparando com carinho o desenrolar dessa gestação de muitos meses. Mas não é só preparar a casa, a estrutura: é preciso habitar de dentro pra fora. Paredes brancas por dentro, deixar que novas cores pintem por aqui. Ser gentil comigo mesma nesses dias que estão dando o ar da graça. Me acarinhar tem feito bem.

26 junho, 2013

25 junho, 2013

Winter.


A vida não acabou por essas bandas. Embora parecesse o contrário, quando se passa algumas horas chorando, tendo uma pausa por que o sono chega... ao acordar e abrir os olhos em brasa, você desperta de uma grande ressaca. Hoje passei parte do dia ainda elaborando meu luto particular mas cheguei a conclusão de que não dá pra ficar aqui, assim nessa "lápide". É preciso continuar, preciso viver. Há coisas e pessoas esperando e eu aqui? Se o silêncio é a resposta que recebo então... vamos adiante. Nem parece que aprendi isso com 14 anos. Acho que me esqueci de como fazer isso, de seguir em frente apesar das dores, dos amores e desamores. Quero me reorganizar, sentir orgulho de mim mesma. Mas se me serve de consolo, ando menos dura, fria. É, ando molenga. 
Hoje prefiro esgotar meus potes afetivos, usar até a última gotinha de cada um deles que ao ficarem vazios, darão espaços à novas essências. Ando "meio" cheia, ou "meio" vazia. Parece que nem sei mais quem sou.
E será que sei quem sou mesmo? 
Que comece meu outono-inverno, que venha a introspecção. Que eu perca minhas folhas mas reencontre e mantenha minha essência, fortalecendo-a: O ciclo está prestes a iniciar! Quando a primavera chegar, estarei pronta.

24 junho, 2013

Fly

Vi com esses olhos um trambolho metálico de toneladas correr a quase 300 Km/h numa pista quente, levando consigo parte de mim. 
Ouvi choro, risos, suspiros e palavras não ditas.
Enquanto a cerveja fazia efeito, servi de estanque para que outros pudessem sufocar ou até mesmo, desabafar no meu peito nessa tarde.
E você? se foi dentro dum boeing 737-800 às 13:34.
Ainda não caiu minha ficha, não. Você realmente se foi mesmo? Por que está tão perto de mim. Tão profundamente na minha cabeça que mesmo te vendo subir a escada pra entrar no avião, não dá pra acreditar. Ainda não.
Talvez amanhã, talvez depois. 

16 junho, 2013

"Some time"


"Deveria ter feito alguma coisa, mas eu já fiz o bastante
Aliás, suas mãos estavam tremendo 
Prefiro passar algum tempo com você

Deveria ter dito alguma coisa, mas eu já disse o bastante
Aliás, minhas palavras estavam sumindo
Prefiro passar algum tempo com você."

13 junho, 2013

Ar-i-on

Uma bola branca e felpuda permanece deitada ao meu lado diariamente. De dia dorme, de noite fica saltitando pelo sofá, ataca o tapete, faz de pique a cadeira amarela. Amarelo são os olhos dessa bolota.
Parece criança, mas já é quarentão.
coisinha gostosa.

11 junho, 2013

Baranou

"Um anoitecer frio, onde desabrochará as últimas pétalas.
Entrega-se por inteira sob a luz escura do luar, exalando sua última respiração.
Doce perfume da despedida."

05 junho, 2013



Às vezes o amor é forte
tanto que fere o coração das pessoas, mas no meio da coragem que fere nossos sonhos
uma luz sempre brilha adiante
se tornando um único poder
Às vezes o amor é nobre
procurando perfurar o coração das pessoas
Aqueles protegidos por aqueles que protegem brilham sempre adiante para se tornar um único poder!
Às vezes o amor é forte
tanto que pode mover o coração das pessoas
mas se nós estamos juntos, então, sem nenhuma dúvida nós podemos mudar o mundo e tudo se tornará um só poder

01 junho, 2013

Botões *-*


"Laiê, laiê, laiê.."
um punhal de puro aço é sacado a sol a pino. Vagueia pelo ar numa dança hipnótica.
Girando, girando, girando ao som da melodia com gosto de algodão doce.
- Deixa as coisas no chão e liberta as mãos para dançar, garota!
Plantando uma flor ali, outra muda acolá. Troca a faca afiada por uma tesoura simples e vai desbastando seu jardim. É sábado e os botões em flor, finalmente abriram.

31 maio, 2013

Ventos fortes

"Entra na minha casa, na minha vida, família. Como um furacão, quebrando tudo e espalhando destroços no ar. Sai da mesma forma e agora quer voltar como se nada tivesse acontecido?
Não."

28 maio, 2013

Grito


Não sei o que está acontecendo comigo, diz a paciente para o psiquiatra.
Ela sabe.
Não sei se gosto mesmo da minha namorada, diz um amigo para outro.
Ele sabe.
Não sei se quero continuar com a vida que tenho, pensamos em silêncio.
Sabemos, sim.
Sabemos tudo o que sentimos porque algo dentro de nós grita. Tentamos abafar esse grito com conversas tolas, elucubrações, esoterismo, leituras dinâmicas, namoros virtuais, mas não importa o método que iremos utilizar para procurar uma verdade que se encaixe em nossos planos: será infrutífero. A verdade já está dentro, a verdade se impõe, fala mais alto que nós, ela grita.
Sabemos se amamos ou não alguém, mesmo que esteja escrito que é um amor que não serve, que nos rejeita, um amor que não vai resultar em nada. Costumamos desviar esse amor para outro amor, um amor aceitável, fácil, sereno. Podemos dar todas as provas ao mundo de que não amamos uma pessoa e amamos outra, mas sabemos, lá dentro, quem é que está no controle.
A verdade grita. Provoca febre, salta aos olhos, desenvolve úlceras. Nosso corpo é a casa da verdade, lá de dentro vêm todas as informações que passarão por uma triagem particular: algumas verdades a gente deixa sair, outras a gente aprisiona e finge esquecer. Mas há uma verdade única : ninguém tem dúvida sobre si mesmo.
Podemos passar anos nos dedicando a um emprego sabendo que ele não nos trará recompensa emocional. Podemos conviver com uma pessoa mesmo sabendo que ela não merece confiança. Fazemos essas escolhas por serem as mais sensatas ou práticas, mas nem sempre elas estão de acordo com os gritos de dentro, aquelas vozes que dizem: vá por este caminho, se preferir, mas você nasceu para o caminho oposto. Até mesmo a felicidade, tão propagada, pode ser uma opção contrária ao que intimamente desejamos. Você cumpre o ritual todinho, faz tudo como o esperado, e é feliz, puxa, como é feliz.
E o grito lá dentro: mas você não queria ser feliz, queria viver!
Eu não sei se teria coragem de jogar tudo para o alto.
Sabe.
Eu não sei por que sou assim.
Sabe.
Martha Medeiros

27 maio, 2013

Reflexos.



Andando por aí, olhando as vitrines de ruas supérfluas. Pelo espelho das construções, enxerga o rosto de alguém e imagina passando os dedos nos cabelos cheirando a shampoo adocicado, como aquela loção passada após o banho matinal, meio com pressa. Repara num manequim e vê os traços singulares daquele corpo sem vida tomando forma. Encara por um tempo os olhos e se prende ali por alguns instantes. Vai observando cada parte mínima e minúscula da retina marrom, mapeando cada pontinho dela. Mapeando cada parte, toque, cheiro, gosto. Calculando toda e qualquer distância. Uma película invisível e por assim dizer; indivisível separa-os: um vidro.

26 maio, 2013

Opção


Iai, dá conta?

23 maio, 2013

Campfire.


Semana acabando e parece que estou indo junto com ela. Sinto como se minhas baterias estivessem na reserva, pedindo recarga com urgência. Então me retiro, vou para um lugar onde barulho mecânico algum pode alcançar. Vou subir, chegar ao paralelo místico e me integrar com o ar, terra fogo e água. Me relembrar do quanto preciso sentir que há vida e agradecer que são nas pequenas coisas que me faço ser humana. Que preciso de abraços confortantes, sorrisos sinceros, mãos afáveis. 
Sou uma florzinha murcha e sem graça se não estou em volta das outras florzinhas. Por quanto tempo passei longe delas? tanto...
E será lua cheia, tudo pra ser lindo. Estou voltando. Amém.

21 maio, 2013

"May, 21."



Maio, 21.
Uma data que talvez para sempre eu queira passar num silêncio.
Por fora, sigo com os afazeres do dia mas aqui dentro, essa quietude.
É me lembrar que estava indo para o hospital e no caminho, sentir que estava se despedindo de mim pois num momento singular, minha mão soltou o acelerador e naquele segundo tive a certeza de que você se foi. É sentir o frio e o cansaço surrarem o corpo mas você não se importa, não agora. É lembrar que em nenhum momento demonstrou dor, o que me doía cada vez mais com o passar do tempo. Um silêncio que foi aumentando aos poucos para depois dar espaço as lágrimas. Sempre soube o quanto não gosto de demonstrar as tempestades internas que ocorrem... 
Hoje lembro tanto daquele dia... da marcha fúnebre, das pessoas e esse silêncio. 
Ah mãe... sinto saudades de poder te abraçar, ou de dizer um simples "oi cheguei". É tão difícil nos despedirmos das pessoas que amamos. 
Só aprendi algumas coisas meio tarde. Já fez 2 anos.

19 maio, 2013

Afundo.



"Há um imenso vazio...
Há um muro de berlim, dentro de mim
Todos se dividem, todos se separam."

Tantos espaços, lacunas, buracos cimentados com o silêncio. Pesares. 
Não dá pra se mexer quando há concreto nos pés, boca e você foi lançado ao mar. E quando você pretende afundar, como um almirante junto ao seu barco? A força do silêncio vai te engolindo com água e tudo mais. Fecha os olhos e sente apenas a escuridão. 

Hmnn..

Friozinho veio e já se despede dessa cidade, que pena.
Ontem fiquei olhando umas fotos antigas e pensei: meu Deus, já passou tanta coisa assim? sério? eu não lembro de tantas dessas que vi...
É fato que minha cabeça é uma ventania e a memória não é boa. As vezes isso me preocupa. As vezes fico feliz também por que assim eu me esqueço de coisas que possam ter me machucado.
Ultimamente os dias estão passando assim, em silêncio. Nem felicidade contagiante, nem tristeza. Só uma vontade de ficar quieta, desfrutando de sua própria companhia e basta.

13 maio, 2013

Ponteiros


Olhando fixamente para os ponteiros: será que assim correm mais depressa ou estão aos poucos, se atrasando? Há uma espera em mim. Uma espécie de "loading", carregando....
Oque carrego? Que está sendo executado? Qual ou quais esperas são essas?
No aguardo de uma vida mais autêntica, carregando forças para sair de uma presepada que entrei por mérito próprio... Terminando de arquivar à mim mesma. Aos poucos vou desaparecendo, desbotando nesses dias que passam calorosos, ora frios. Saí para dar uma volta de mim mesma, resolvi não voltar agora.  Não mesmo. Justamente agora onde as coisas batem a minha cara com certa violência, lá se vai minha paciência, no caminho, ela diz: - "Agora é com você." O mundo monocromático revela nuances mais dramatizadas do que a paleta de cores impressa. Por hora vejo os furos que foram abertos em minha carcaça e o vazio neles. Procuro a paz ficando no olho do furacão. Uma tempestade do contraditório. Embora a cada dia, parte do véu que acobertava os olhos, vem rolando abaixo e mostrando seus dentes afiados: realidade em choque com os desejos.
Desejo de ir pra longe, de ficar só. Desejo de ficar num prazo indeterminado sem sentir tantas coisas. Sem sentir esse vazio. Ao tocar sua borda, o gelo percorre os pelos do corpo e, numa espécie de frenesí paralisante, eriça-os e adormece a mente. Me dou conta desse oco.
Finalmente posso emergir. É nesse vácuo que possibilita o espaço da expansão.

09 maio, 2013

Neck, neck, neck...



Estive no ar com a cabeça fora do lugar preso em um momento de emoção que destruí. 
Isso que sinto é o fim?
No ar, com a vida ferrada, todas as regras que quebrei, amores que sacrifiquei: Isto é o fim?

Envolverei minhas mãos em seu pescoço
Tão forte com amor, amor.

Mil vezes tentei o destino. Mil vezes joguei com esse jogo.
Mil vezes que eu disse: Hoje, hoje, hoje

Estive no ar: perdido na noite, eu não trocaria um olho por suas mentiras, você deseja ardentemente a minha vida. Isso é o fim?

Você foi o amor da minha vida, a escuridão, a luz, este é um retrato que torturou: você e eu.
Esse é o, esse é o, esse é o fim?

Envolverei minhas mãos em seu pescoço
Tão forte com amor, amor, amor

Estive no ar. Isto que sinto é o fim?
No ar, em busca de um sonho tão real

Não tolere mais, não tolere mais, não tolere mais, não vou tolerar mais.
Envolverei minhas mãos em seu pescoço, pescoço....



06 maio, 2013

Sei lá

"I'm safe up high, nothing can touch me
wy do I fell this party's over?"

Quando sua cabeça quer parar um pouco e tudo o que você precisa é de um pouco de silêncio pra si?
pois bem, sou dessas.
Sei lá, as vezes é melhor aquietar-se. Melhor observar, apenas. 
Se aquilo que vai, voltar... ficarei contente, se não... caberá seguir adiante.

29 abril, 2013

05/10.


"Aterrizou, essas turbinas se desaceleraram ao encontrar deste lado, a pista para pousar. Um pássaro que procurava um galho para descansar. Águia. Acelerou o coração. Esse gesto que não tem cheiro, mas tem cor, sabor e memórias tão particulares.
Mas continuando a falar do pouso. "Seus olhos olharam nos meus, num arrepio febril." Pude ver claramente, toquei seu íntimo. "tocar."  Verbo singular nesta relação. Que há ausência, privação deste ato. Quando paro para lembrar, concordo que foi "o encontro, reencontro." Por um pequeno lapso temporal, corpos se abraçaram quase que desesperadamente para que as almas pudessem tocar as pontas dos dedos da mão de ambas. Surreal."
                                       "The passion's there, so it's gotta be right, right?"

Eu vou correr direto para o limite com você, onde nós dois podemos nos apaixonar."

28 abril, 2013

Atenção.

Esses últimos dias parecia que tinha uma mão a apertar meu pescoço. Credo.
Então, na aula que se apresenta chata... rendeu muito e no final, a professora propôs uma experiência, que caiu como uma luva. A música veio como um tapa, daqueles que te impulsionam para frente. Então a angústia sumiu, como tirar com uma pinça uns cacos ali, outros acolá... 
Quero subir para Chapada, lá me sinto em paz. Na companhia da terra, das nuvens e um silêncio gostoso.
E a música ficou ecoando dentro de mim.

É isso! 

23 abril, 2013

Tu-tum


Wait a second.
"- Recebi minha carta. Vou estudar nos EUA."


Que estranho. Dois sentimentos nascem ao mesmo tempo, antagônicos  E agora me vejo aqui nessa coisa brilhante com 30 seconds explodindo meu som e eu.. e eu aqui sem saber se sorrio ou choro. É como um susto, um tombo no meio da rua e você faz de conta que nem é nada. mas você foi ao chão: POFT!
Agora é isso. um Q de não sei. um Q de susto, um pré-desespero disfarçado no sangue da minha cara que insiste "correr lento nas veias". Certas coisas e pessoas conseguem me atingir de tal maneira que é dificil dizer em palavras. Apesar de todo o estrondo que está ocorrendo nesse exato momento em meio peito, nada se vê por fora. N-A-D-A. Uma barreira intransponível.  

22 abril, 2013

Autumm



Lugar lotado pra cacete. Decoração ótima.
Ambientes que jamais pensei adentrar, enfim... coisas que nas quais me submeto. 

Mas um preço pago através de cara feia e irritação. E aí, choro e alguns desabafos.
Não sou, não posso e nem quero ser responsável pela felicidade dos outros, já que não consigo nem me responsabilizar.
O tempo está passando...

05 abril, 2013

Falling


A-PE-NAS.

24 março, 2013

It's time.


Flash, luzes, estrobo, calor, corpos, suor, música alta, bebidas.
Fan sendo acionado a potência máxima.
Ponta dos dedos tocando a boca com batom vermelho.
Cintos afivelados à três.
Roupas arremessadas à quatro mãos.
Seis pés pulando pra lá e pra cá.
Três corpos içados a 50 metros de altura numa velocidade a 120 Km/h.
Líquidos aos litros.
Sono de menos.
Cansaço de mais.

"Coelhinho da páscoa, que trazes pra mim?"

22 março, 2013

Vengo del aire


A música se mostra devagar e a cada nota, vejo algo diferente de você. A forma como o vento balanceia seus cabelos negros e extremamente lisos. Seu rosto robusto, de formas pronunciadas. Olhos que acorrentam os meus mas perde o magnetismo quando de fato, finalmente lhe encaro, deixando-a sem graça. 
Agora estou aqui, deitada e escrevendo, sentindo uma dúvida com o gosto que carrega essa canção. Que será que vai acontecer a nós? Não sei dos nosso abraços, raros. Tão intenso quando nos tocamos e beijamos, tão forte que lágrimas correram e fizeram você soltar: "por que demorou tanto pra acontecer?" E em contagem regressiva os dias se vão e sabemos que logo, a vida estará nos separando de forma irredutível. Mas a dúvida que reina na minha cabeça é se iremos nos separar mesmo. Meu coração bate tão fraco com receio de não viver esse pouco tempo que temos. Fraco por que não quer fazer barulho, prefere o silêncio para não ter de acordar nada aqui. Latente. Por que quando adentrarmos no pássaro metálico, vai começar a bater forte, ressoar mais alto que os tambores de uma nação inteira. Não sei oque se passa.
Estou com medo, só não sei quais deles é maior. Não sei mesmo...

17 março, 2013

Fogo fátuo


Tantas mesas naquele salão que remete a tenras memórias gauchescas. Sentados, bebendo, olhares estarrecidos e atravessados.
- Eu já vi.
Vinha na direção de todos, veio na direção que não deveria. Como uma agulha prestes a tocar a fina camada de pele do dedo, o toque, uma gota vermelha pinga na toalha branca deixando um registro, marca.
Não houve sangue, todos ficaram pálidos. Apenas os sorrisos, amarelos, artificiais. Cumprimentos formais. 
Mas aquele fino metal que instantes anterior cravara no dedo, deixou ali um recado: Furo, toque, um incômodo crescente como as notas ressoando numa catedral gótica.
Pesadelos sendo interrompidos num solavanco. Um gosto estranho na língua, não por conta da cevada em excesso. É o ferro ou o fogo, talvez ambos.... enfim, escorrendo.
É apenas você chegando. Apenas. 

26 fevereiro, 2013

Comida.

É nessas horas que a gente vai compreendendo algumas coisas.
Ah, nem sei. Existem tantas coisas certas e erradas e hoje eu pendo mais para lado "b".
É sentir com a carne, devorar com os olhos, mãos, boca e tudo o que tenha direito. Saber que está entrando num buraco que guia para uma caverna, que só vai descendo, descendo, descendo.... e não dar a mínima pra isso. 
Pegar com vontade, morder, agarrar, urrar, suar, gozar, cansar. Quantos verbos? "oh, você quer a verdade? a verdade é que o amor é sujo e salgado" concordo e gosto dele assim.
Gosto dessa sua cara cínica mantendo um teatro a pleno vapor enquanto os dedos das mãos revelam uma vontade incontrolável. Uma excitação que só cresce e quando nos damos conta, já tem gente percebendo, olhando pra nós.
Já li tanta coisa dizendo que quando uma mulher se apaixona tem uma força que comove até os mais duros. Assim quando decide algo, elege o que quer e vai lutar por isso com unhas e dentes. Nem o capeta faz o que ela faz. Agora, imagine duas mulheres juntas. Nada, nem tinhoso, pinga, ziriguidum é páreo.
Do barco, escuto sua melodia sedutora e bêbada, esperando o momento em que eu, imprudente, irei a proa, me lançando a você e caindo nessa armadilha quase que mortal. Sugando cada pedacinho meu, numa refeição concentida.

21 fevereiro, 2013

"Sabe.."

Eu não sei mais o que dizer da gente. É algo que tá mais "além". Já me acostumei quando nos encontramos e não conseguimos ter "olhos nos olhos". Isso só acontece com assuntos triviais e distantes. Quase nunca conversamos pessoalmente, por que? Por sermos bobas. 
Aquela história do professor Girafales aceitar a xícara de café da dona Florinda e os dois ficam ali, bobões em frente a porta, sebosos. Não tem café, mas é similar de certa maneira. Vou a sua casa e você vem a minha, cozinha e quase não trocamos sequer uma palavra. Aí é fechar a porta de casa, a porta do carro, para abrir a janelinha no celular ou no computador e lá, sim, tagarelar e dizer tudo que ocorreu e o que ainda se passa.
Você, que sai da toca quando ouve o som dos meus passos mas que hesita em se aproximar.
Eu, que ando até certo ponto da estrada e paro pra ver se você finalmente vem ao meu encontro.
Não há palavras quando suamos juntas e a respiração fica forte e ofegante. Mas não é fazendo amor ou algo do tipo. Talvez seja algo que nem se passa na cabeça de ambas no momento. Só depois. E é quando chegamos em casa cansadas, é que cai a ficha... no banho, enquanto a água corre pelo corpo, fecha-se os olhos e provoca um certo arrepio na nuca. Quando você se lembra do aperto que sentiu ao ficar debruçada na porta de um carro por horas. Ou quando vai se deitar, apaga todas as luzes para acender as lamparinas da memória e me ver chegar cada vez mais próxima, até que a distância não existe mais. É quando você pensa até os miolos fritarem e entrarem em curto-circuito. Aí vem ele cantarolando "quando lembra que seus lábios encontraram outros lábios de uma pessoa e o beijo esperado ainda está molhado e guardado ali, em sua boca" sabe?
Ah Nando.... 



"sei, eu sei."

15 fevereiro, 2013

Luz amarela acesa.

Hoje não gostei de mim. Não pelo menos nas últimas horas. Parece que acordei de súbito e me vi, ali, repetindo algumas coisas que abomino. Acho legal quando numa relação ambas as partes cedem... mas transformar isso em algo imperativo, fode.
Ver que o sentimento de posse exalando pelos poros pode quebrar um clima tão amigável em questão de segundos, por um simples olhar. Isso além de irritar, me entristece profundamente. Talvez essa apurrinhação que sinto seja por conta dessa mornisse, não fiquei cega e por estar enxergando as coisas, vai azedando minha harmonia. 
Preciso pensar.

30 janeiro, 2013

Velhice pura, só pode.


Estava lendo algumas coisas alheias pela internet e depois que vi uma certa respota, sorri.
Hoje, imagino o quanto envelheci nesses últimos anos. Não como coisa ruim, apenas pelas experiências vivenciadas. Minhas turmas inicais em ambas as faculdades estão se formando e eu fico com a sensação de que fiquei para trás... então olho para esses últimos 5 anos e vejo o quanto vivi, as coisas que me aconteceram, as pessoas que conheci, os amores que vivi, as perdas e principalmente as marcas que ficaram  não só pelo corpo mas principalmente: na cabeça.
Há momentos, situações que não se apagam. Apenas ficam ali. como cicatriz. Cada um sabe as que tem e o por que delas estarem ali. Quando senti a 3° agulho perfurando minhas costas, imaginei isso. Fechei os olhos por um momento e vi quantos momentos bons e ruins aconteceram diante desses olhos observam as palavras brotarem através dessa tela, esse "pauzinho" que fica piscando correr de um lado pro outro com uma certa pressa... pressa em dizer, escorrer o que anda represado aqui.
Apesar dessa afobação em falar, reduzi a marcha. É o fim de muitas coisas. Fim da faculdade, Fim de uma longa vivência e permanência em uma cidade, o término de uma convivência numa casa onde cresci, cai várias vezes correndo no piso quando chovia, cheguei bêbada, trouxe namoradas, bati a porta com raiva, ou abri, aliviada. 
Já achei um grande amor na vida e o vivi. Já perdi alguém que não se substitui por nada e muito menos outra pessoa. Já chorei dentro de ônibus. Já fui ao aeroporto pra ver alguém chegar... ai, muita coisa. 
E no total acaso, a roda girou numa velocidade insana... tal qual pneus que correm sem parar e agora, essa tal "roda viva" resolveu frear. Me trouxe um coringa, enfim.

Sei que isso aqui é só uma parcela, mas penso que quando chegar lá pelos 70, 80 anos de idade vou sentir que já passei dos 150. Ouço crianças dizendo que querem viver além do centésimo ano... e eu me dou por satisfeita ao chegar com 90. Acredito que serei uma velha enrugada, mas bem doida. 

Sopa morna. Aliás, palavra essa que se tornou constante nos últimos meses.   Eu, que sempre fui atraída pelos extremos, parei no ponto médio. rs.
Suspiro. Olho pro lado e vejo meu gato jogado na cadeira e rio de mim mesma. Preciso me arrumar para ir a colação de grau da minha cunhada. Depois a janta, a casa dos sogros, o sono com a namorada. 
É, eu fiquei velha mesmo. 
Tenho uma espécie de "preguiça" em escrever, não que seja a genuína e verdadeira preguiça... sei lá. Navegar em águas calmas tem feito bem.

Agora sim: Bem vindo 2013, vamos andar lado a lado?

20 janeiro, 2013

Remember.



Olha dentro dos meus olhos e me conta umas mentiras só pra me agradar
Fala que hoje eu to bonita, que ainda pensa em mim quando vai se deitar.
Diz que quando acorda todo dia seu primeiro pensamento pode ser que seja eu
Mente pra essa inocente, falando que eu ainda vou ser sua.

Mente pra mim é o que eu gosto, quanto mais você me ilude, mais eu te adoro.
Menina indecente, que finge ser carente...