31 maio, 2009

Sábado.

"festa toooodo diaaaa, o comunicador viva na putariaaa (?)"

refrão da musiquinha e dancinha em cima das caixas no bar.

bom, COSBEER ontem foi mara sim! tudo bem q eram esperadas 700 pessoas e deu mais de 1000, com isso, surgiram problemas e encerrou antes do que o previsto.
cheguei as 17:30, fiquei lá conversando com o pessoal da organização e com uma breja pra começar.
aos poucos foram chegando as pessoas e tal.. dnne veio logo depois, o resto das meninas que demorou pra aparecer.
e bebe, bebe, bebe, bebe, bebe.. e vai no banheiro 1, 2, 3, 4, 5.. chega né ?
e conversa, e ri, e grita, e dança, e discute, e ri mais ainda, e dança, e, e, e, e³²³²³²³²...
por mais que tinha gente lá, eu querio mesmo ela. saco.
mas não tem nada não, a gente faz de conta q nem tem nada acontecendo! fecha o olho e entorna o copo ou o caneco ou na garrafa mesmo e vamo que vamo!
e dança com a galera no bar, e ajuda, e trabalha, e carrega galão de água, e sei lá quantas caixas d e cerveja, e pega refrigerante, e quase congela a mão, e esfola os dedos..

ahhh que maravilha!

isso me lembrou o mac dia feliz, quando eu ficava responsável pela água e tal. a mesma sensação de que a pele vai abrir a qualquer momento de tanto que arde, dói.
mas fiquei feliz, foi legal estar lá com pessoas queridas pra mim, diminuiu um pouco a solidão.


mas ta tudo bem! :)

28 maio, 2009

Transgredindo..

"Não lembro em que momento percebi que viver deveria ser uma permanente reinvenção de nós mesmos - para não morrermos soterrados na poeira da banalidade embora pareça que ainda estamos vivos.
Mas compreendi, num lampejo: então é isso, então é assim. Apesar dos medos, convém não ser demais fútil e nem demais acomodada. Algumas vezes é preciso pegar o touro pelos chifres, mergulhar para depois ver o que acontece: porque a vida não tem de ser sorvida como uma taça que se esvazia, mais como o jarro que se renova a cada gole bebido.
Para reinventar-se é preciso pensar: isso aprendi muito cedo.

Apalpar, no nevoeiro de quem somos, algo que pareça uma essência: isso, mais ou menos, sou eu. Isso é o que eu queria ser, acredito ser, quero me tornar ou já fui. Muita inquietação por de baixo das águas do cotidiano. Mais cômodo seria ficar no travesseiro sobre a cabeça e adotar o lema reconfortante: "Parar para pensar, nem pensar!"
O problema é quando menos se espera ele chega, o sorrateiro pensamento que nos faz parar. Pode ser no meio do shopping, no trânsito, na frente da tevê ou do computador.
Simplesmente escovando os dentes. Ou na hora da droga, do sexo sem afeto, do desafeto, do rancor, da lamúria, da hesitação e da resignação.
Sem ter programado, a gente pára pra pensar.
Pode ser um susto: como espiar um berçário confortável para um corredor com mil possibilidades. Cada porta, uma escolha. Muitas vão se abrir para um nada ou para algum absurdo. Outras, para um jardim cheio de promessas. Alguma, para a noite além da cerca. Hora de tirar os disfarces, aposentar as máscaras e reavaliar: reavaliar-se.
Pensar pede audácia, pois refletir é transgredir a ordem do superficial que nos pressiona tanto.
Somos demasiado frívolos: buscamos o atordoamento das mil distrações, corremos de um lado a outro achando que somos grandes cumpridores de tarefas. Quando o primeiro dever seria de vez em quando para e analisar: quem a gente é, o que fazemos com a nossa vida, o tempo, os amores. E com as obrigações também, é claro, pois não temos sempre cinco anos de idade, quando a prioridade absoluta é dormir abraçado no urso de pelúcia e prosseguir, no sono, o sonho que afinal nessa idade ainda é a vida.
Mas pensar não é apenas a ameaça de enfrentar a alma no espelho: é sair para as varandas de si mesmo e olhar em torno, e quem sabe finalmente respirar.
Compreender: somos inquilinos de algo bem maior do que o nosso pequeno segredo individual. É o poderoso ciclo da existência. Nele todos os desastres e toda a beleza têm significado como fases de um processo.
Se nos escondermos num canto escuro abafando nossos questionamentos, não escutaremos o rumor do vento nas árvores do mundo. Nem compreenderemos que o prato das inevitáveis perdas pode pesar menos do que o dos possíveis ganhos.
Os ganhos ou os danos dependem da perspectiva e possibilidades de quem vai tecendo a sua história. O mundo em si não tem sentido sem o nosso olhar que lhe atribui identidade, sem o nosso pensamento que lhe confere alguma ordem.
Viver, como talvez morrer, é recriar-se: a vida não está aí apenas para ser suportada nem vivida, mas elaborada. Eventualmente reprogramada. Conscientemente executada. Muitas vezes, ousada.
Parece fácil: "escrever a respeito das coisas é fácil", já me disseram. Eu sei. Mas não é preciso realizar nada de espetacular, nem desejar nada de excepcional. Não é preciso nem mesmo ser brilhante, importante, admirado.
Para viver de verdade, pensando e repensando a existência, para que ela valha a pena, é preciso ser amado; e amar; e amar-se. Ter esperança; qualquer esperança.
Questionar o que nos é imposto, sem rebeldias insensatas mas sem demasiada sensatez. Saborear o bom, mas aqui e ali enfrentar o ruim. Suportar sem se submeter, aceitar sem se humilhar, entregar-se sem renunciar a si mesmo e à possível dignidade.
Sonhar, porque se desistimos disso apaga-se a última claridade e nada mais valerá a pena. Escapar, na liberdade do pensamento, desse espírito de mana que trabalha obstinadamente para nos enquadrar, seja lá no que for.
E que o mínimo que a gente faça seja, a cada momento, o melhor que afinal se conseguiu fazer."


Lya Luft - Pensar é transgredir

24 maio, 2009

Auréola

É como se eu estivesse despertando
Todas as regras que eu tinha você está quebrando
É o risco que eu estou correndo

Eu achei um jeito de deixa-lo entrar
Mas eu nunca tive dúvida
Sob a luz de sua auréola

Atingiu-me como um raio de sol
Queimando na minha noite escura
Você é o único que eu quero
E estou viciada em sua luz.

I can feel your halo, halo, halo
Can see your halo, halo, halo
Can feel your halo, halo, halo
Can see your halo, halo, halo
It's written all over your face.

23 maio, 2009

Outono.











é como sentir o gosto desse vermelho.
e ter prazer ao sentir o vento tocar-lhe a face.
por que toda vez que me toca, imagino ser a ponta dos teus dedos sobre meu rosto.
é olhar para o sol e a sombra e contemplar a companhia, o complemento que estes são, um para o outro.
é andar de mãos dadas com a solidão num caminho um pouco tristonho mas bonito.
é segurar uma rosa nas mãos, sentir os espinhos lhe espetando e ficar contente com isso.
é dizer um texto completo sem utilizar qualquer sílaba.

apreciar..

apreciar a beleza das coisas que materialmente podem não ser palpáveis mas, existem.



sentir.

21 maio, 2009

Tenho..





" Tenho andado de um lado para outro.
batendo os pézinhos, bufando de vez enquando.
assistindo o rélogio passar as horas, o calendário percorrendo os dias.

Tenho andado pelas ruas, observando locais.
procurando aquele banco e, quem sabe, você sentada nele. "

Hibernar?



Sonolenta.
um sono absurdo de manhã, tarde, noite..
não que eu não esteja dormindo mal ao algo similar (piadinha interna!).. mas acho que essa "lezêra" é por que tenho diminuido o ritmo de algumas coisas.
é uma estratégia para que o tempo passe mais rápido..
Pra falar a verdade eu queria dormir!
isso, dormir. E acordar no dia 10 de junho.


" Me espera, estou chegando com fome
Preparando o campo e a alma pras flores
E quando ouvir alguém falar no meu nome
Eu te juro que pode acreditar nos rumores
Me espera, amor que eu estou chegando. "


20 maio, 2009

Pano.


hum..
tenho pensado em algumas coisas. gostaria de saber quando é hora de puxar o freio sabe ? talvez seja a hora.
é estranho. você vai se abrindo, abrindo e, não fecha nenhuma das portas anteriores.. vai deixando tudo escanradado e sabe se lá o que irá acontecer. não gosto disso.
não sei se fico brava ou triste quando alguém não acredita no que eu digo e pior, quando eu quero que acredite. ahhh! que saco! isso é irritante pra mim.
é triste saber que as pessoas não sabem o quanto é sofrido você se abrir. parece idiota né ?
pois é.
é como se estivesse com uma venda nos olhos, andando pra lá e pra cá, alguém me guiando com a voz mas há momentos que parece estar brincando de "cabra cega". e se estivesse ? não sei.
só espero que não seja uma brincadeirinha. sem querer hesitar mas é impossível não pensar no " e se ".



por enquanto, ouço e sigo a voz que me guia.
sigo.

parte 1

rá.
semana meio corrida, trablhos, trablhos, trabalhos.. cadê a disposição para faze-los ?
a faculdade cansa minha beleza, tenho dito.
ontem fui doar sangue, era uma coisa que queria ter feito a muito tempo, fiquei muito feliz por isso. hoje passei a tarde lavando a roupa, bem isaura mesmo.

18 maio, 2009

Força.

I'll be by your side
You know I'll take your hand..



você já sabe.

17 maio, 2009

sibilo

dor.
minhas pernas doem,
meus pés doem,
minhas mãos doem,
minhas costas dói,
minha cabeça dói.
será que ficarei doente ? talvez.
cansaço, mas não é por atividade exaustiva... a não ser que se considere a espera como uma modalidade de atividade.
mas essas coisas chatas são derivadas de uma única coisa: saudades.
saudades faz doer o corpo todo mas principalmente as partes q não foram citadas aqui, essas são as que doem mais.

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meu deus, como sinto a sua falta.
o corpo parece que fica cada vez mais pesado, a cada passo, a cada pensamento.
- será que conseguirei chegar até o final ?
mas insisto, guerreio, suplico: " só mais um dia, aguente. é só mais um dia".
e assim se passam os dias, arrastando-se em minha sombra.
quantas vezes já pensei ao dar a partida na moto em ir ao seu encontro ? quase que diariamente.
a raiva que sinto de não poder ve-la nesse instante ?
a vontade de te olhar nos olhos ?
a vontade de tocar em seu rosto e admirar, só, sem nenhuma palavra ?
quantas vezes a segunda letra do alfabeto visita minha memória, minha atenção ?
quantas vezes escrevi o nome que grudou como piche em minha boca, ouvidos, olhos, dedos e coração?
quantos dias perdi o sono ao celular vibrar no meio da madrugada ?
qual foi a intensidade com que abracei o travesseiro todas essas noites ?
quantas horas se passaram até que exausta, dormia ?
quantos passos foram dados em sua fantasmagórica companhia ?
será preciso implorar-lhe para que só assim, apareça ?
estou agonizando.
a explicação é simples: como pode-se viver sem vida ?








como?

15 maio, 2009

Movimento.

frio, céu cinza.
são desses dias que sinto uma intensidade nas coisas.
é o dia de andar pelas ruas a pé, e ando.
sozinha, apenas um par de pernas ali.
apesar do clima, da aparente solidão, não só minhas mãos mas meu coração estão aquecidos.
no rosto um sorriso que não dá para ser contido.
os dedos brincam com o vento que passa por meu corpo, meu cabelo.
o mesmo vento que é gelado e teima numa vã tentativa de tirar esse calor, essa febre.
não há o sol estralando no céu mas há um brilhando enormemente em meu peito, suficiente para aquecer todas as minhas veias.
e olho para os lados, para ver o movimento das árvores, carros, pessoas, poeira e da chuva...
mas é quando os fecho que posso ver, em minha frente: aquela mão brincando de enrolar o cabelo, o sorriso que sai meio torto mas vai se abrindo, os olhos que me emanam a vida e com a outra mão toca na minha.
e não há frio que seja impiedoso ou teimoso que fará com que eu não possa sentir.
não.

14 maio, 2009

jeitos ?

De onde é que vem esses olhos tão tristes?
E dorme serena, no sereno sonha.
De onde é que salta essa voz tão risonha?
É teu destino, é tua senda, onde nascem com as canções.
A tua voz macia apaga as dores
E espalha cores vivas pelo ar
Ah..Ah...Ah
Sim, dos teus olhos saem cachoeiras
Sete lagoas, mel e brincadeiras
Espumas, ondas, águas do teu mar
Ah..Ah...Ah...Elaia

13 maio, 2009

Feliz :)

vem pra misturar juizo e carnaval
vem trair a solidão
vem pra separar o lado bom do mal
e acalmar meu coração

vem pra me tirar o escuro e a sensação
de que o inferno é por aqui
vem pra se arrumar na minha confusão
vem querendo ser feliz



então vem!

Aviso.

PS: menina você irá me pagar devidamente por me deixar extremamente encabulada! e a forma desse pagamento ?







depois eu falo.. rs.

12 maio, 2009

Bela

Alguém de longe, veio andando despretenciosamente ao meu encontro quase que ao acaso. Mas parou, ali, em minha frente. E sorriu, daqueles sorrisos que carregam uma sombra de tristeza, um esboço, como um convite para acompanhar sua solitária solidão e, estranhamente, eu compartilhava disso.
Compreendia o sorriso torto, o silêncio ensurdecedor, os olhos que ora calmamente queriam mostrar desesperadamente o que se passava por dentro... uma fala que não se ouve com os ouvidos.
E eu te encontrei, ou será que foi você que me achou ? ou ainda, nos encontramos ? enfim.
eu poderia ficar horas dizendo como é você.
diariamente redesenho seu rosto, sua expressão, o seu sorriso a cada hora, minuto e quem sabe, segundo? sei lá! números nunca foram o meu forte.
exercito assim minha paciência, minha espera que as vezes pouco se importa em cooperar.
me tira o sono com uma suavidade que choca.
consegue me atingir com uma naturalidade tamanha, estranha até...
acho que estou anestesiada, só pode.



Não, estou embreagada e se realmente for porre, é dos fortes.

Revelando.

Desculpa, digo, mas se eu não tocar você agora vou perder toda a naturalidade, não conseguirei dizer mais nada, não tenho culpa, estou apenas sentindo sem controle, não me entenda mal, não me entenda bem, é só essa vontade quase simples de estender o braço pra tocar você, faz tempo demais que estamos aqui parados conversando nessa janela, já dissemos tudo o que pode ser dito entre duas pessoas que estão tentando se conhecer, tenho a sensação, impressão, ilusão de que nos compreendemos, agora só preciso estender o braço e com a ponta dos meus dedos tocar você, natural que seja assim: O toque, depois da compreensão que conseguimos, e agora.Não diz nada, você não diz nada.

Fragmento de "Anotações sobre um amor Urbano" - Caio Fernando Abreu