27 dezembro, 2010

25 dezembro, 2010

Eu hein..

Pouso as mãos e pauso os dedos por algum momento antes de começar a escrever aqui.
não sabendo ao certo o que é mesmo que quero dizer, apenas uma vontade.
É natal, casa dos avós e todas aquelas coisas que se tem nessa data. Geralmente não gosto de estar aqui mas, dessa vez é um bocado diferente. Terei repouso dessa vez, já que dezembro foi um mês que não houve quase um suspiro sequer, alívio.
A roda viva estava mais do que insana e a gente nem percebe, só sabe que foi tragada pela mesma.
...E agora josé?

Agora me deparo com um lugar cheio de placas que sinalizam: "não passe adiante! cuidado! perigo!" e por incrível que pareça, dessa vez não tenho vontade de seguir a diante. Aliás, foi eu mesma quem colocou tais sinalizações.
Por esse ano já deu e, não estou disposta chegar na mesma cota no que se aproxima.
Quero ficar quieta, só observando.


É natal.

21 dezembro, 2010

Dança.



We must to fight.

19 dezembro, 2010

Arion

Arion: origem grego
significado: "o que tem energia"

meu gato foi atropelado: puta que pariu.
um filho duma puta passou a mais de 70 Km/h e POW!
foi o tempo de pegar meus documentos e voltar para porta, coisa de segundos.
minutos antes ele estava sob meu ombro direito, jogado confortavelmente, depois, 3 urros, um olho que era amarelo ficou preto, 5 gotas de sangue no asfalto.
dor.
uma dor aguda que transpassou minha retina. Caralho, pensar o que fazer quando alguém que você gosta muito está agonizando é muito tenso.
- pega a caixa de transporte, rápido!
- não! não vai dar tempo, tá com a respiração elevada e fraca.
- liga nesse número!
- dirige o carro pra mim?
- Deus, aonde vou achar uma hospital veterinário aberto às 10 da noite?!

olha: se está saindo sangue pelas narinas, provavelmente está indo pros pulmões e o que vou fazer é entrar com tratamento agressivo por que a primeira coisa que ele terá é pneumonia.


e lá se foi minha ida pra casa da minha avó nessa semana.
achei que iria morrer na hora mas não, graças à Deus.
eu sei, é só um gato. mas é o meu gato: meu filho sim.
aquele que dorme comigo, que abre a porta pra entrar ou sair, que mia quando a ração tá abaixo da metade, que pula e se joga no tapete brincando com o mesmo, que entra no banheiro pra ver o que tô fazendo, que estende as patinhas e "puxa" meu braço quando quer atenção... só falta falar, acha que é gente e eu desconfio que é.
toda vez que vou visitá-lo é uma dorzinha, como se fosse uma martelada no dedo: com força.
mas eu guardo ela bem no fundo. tranco e jogo a chave fora. assim como faço com boa parte das coisas que sinto. talvez por ser de certo modo insuportável ou talvez seja por que não há como explicar o inexplicável e nem racionalizar o que não pode ser racionalizado. assim como não se resolve uma conta só com letras.
tipo assim: 2 + 2 = bom dia!


enfim.

Que seja o que o cara lá de cima decidir.. e que eu consiga controlar minha agonia até tudo isso terminar.

16 dezembro, 2010

Coisinhas.

Natal chegando e aquele espírito natalino vem junto.. Quê?!
Quero mais é torrar toda a grana em tênis, blusas, camisetas, calças, óculos: TUDO MEEEEEU! rá.
Dedinhos coçando pra digitar a senha do cartão de crédito mas ainda bem que no fundo eu tenho o que me sobrou de juízo e não libero essa função por que senão.. serasa, aí vou eu!
louca pra cortar meu cabelo, puta que la merda! vai demorar pra passar tanto tempo assim será ?
minha mãe sai do hospital e entra a minha avó e quase que eu vou por tabela pra internação. êêêê zica! sai daqui!
Ontem uma conversa, uma notícia boa-tensa pra rê mas ahhh, tomara que dê certo mesmo. E calma que você aguenta o rojão sim! estou torcendo por ti.
a mô tá atolada nos processos do trabalho dela e está com o namorido como anexo que nem tem tempo de respirar conosco. sinto falta.
mare idem mas essa eu vejo com mais frequência... ainda bem né?
espero poder viajar pro sul e ficar morgada por lá [e queimar minha grana também] ando consumista mesmo.
ainda bem! rsrsrsrs



"Não é preciso complicar para dizer"

11 dezembro, 2010

Closer to the edge.


"I will never forget
I will never regret
I will live my life
No, I'm not saying I'm sorry."

05 dezembro, 2010

Pápa papá pa páááááá (8)



"No tempo certo vou chegar
Sem pressa, sem despertador
A vida é nova
Novo é o lugar
Que a boa hora traz
Nesse incompleto vem e vai

Se o começo é o fim
Não faz mais diferença
Se tudo está por um triz
Não faz mais diferença
Se isso é bom ou ruim
Não faz mais diferença
Nem sempre alegre e feliz
Mas faz, faz diferença

Do que é ruim eu me esqueço
O bom eu quero mais
Na tristeza eu quero avesso
Agora quero paz
Saiba que todo fim
É um recomeço
Pra nossa vida quero amor
O resto eu desconheço"

03 dezembro, 2010

Re:




A gente se deu tão bem
Que o tempo sentiu inveja
Ele ficou zangado e decidiu
Que era melhor ser mais veloz e passar rápido
Pra mim

O tempo engatinhar
Do jeito que eu sempre quis
Se não for devagar
Que ao menos seja eterno assim

24 novembro, 2010

Vai passando.

Os dias vão passando e eu, com eles.
Meio que vivendo no piloto automático, sem tempo pra pensar em quase nada.
Dormindo muito pouco, acordando várias vezes em horários malucos... virou rotina já.
Rotina hospitalar.
Ainda sinto medo da morte que pode estar mais perto do que gostaríamos que estivesse, mas a idéia já não dói tanto assim. Uma pequena sensação de conformismo... se for pra ficar, vai permanecer por aqui.
E vou deixando a vida acontecer, com bastante dificuldade de soltar essas "cordas".
um passo de cada vez: bem devagar mas, é um passo.

17 novembro, 2010

Part.

This labeling
this pointing
this sensitive's unraveling
this sting I've been ignoring
I feel it way down
way down.

06 novembro, 2010

"Como assim?"

Estranho...
Acordei de manhã exausta. Não consegui dormir.
É tão "algo que não sei classificar", que chega ser difícil de expor aqui em palavras.
Engraçado estar ouvindo uma música tocada apenas no piano e com um nome singular, faz acontecer um pequeno pandemônio dentro do meu ser. Pareço estar dentro dum globo e ao meu redor várias tv's ligadas a canais diferentes e todas, todas falando ao mesmo tempo. Vou olhando uma de cada vez e vai passando por mim, ora rio, ora tenho vontade de chorar. Mas o estranhamento todo vem da pergunta: Era eu ali?
Já me sinto tão distante de todos esses televisores... penso as vezes que posso ter enlouquecido.
Aí me abstraio com o cotidiano, no "ideal de vida" que estou tentando planejar [mas não me sai nada] e assim vai os dias. Vivendo num certo distanciamento ou como diria uma canção: "mantendo uma distância confortável".

Was it you? was it me?


with so many things for the asking
with so many questions unanswered
never asked for the madness there.


"(...) Mas um dia te encontro por aí, meu bem, um dia te encontro pra dizer que reparo nestas pequenas coisas, que sinto por teu silêncio. E não digo. (...)"

04 novembro, 2010

Lordy, lordy, lordy...



Agora me vejo escolhendo convites de formatura, lista de convidados...
Lembro bem que quando estava na 4° série, disse a mim mesma que pararia ali, pois não acreditava que viveria para terminar o tal "ginásio".
Mas foi, pisquei e estava no ensino médio, em outro colégio. Quando pensei que formaria com a turma q acompanhei por 2 anos, outra mudança. Digamos que foi um divisor de águas para mim essa vivência. Só eu sei das marcas.
Faculdade com recém 17 anos completados e semestre passado outro giro... chega ser irônico.
Pelo menos eu sempre fui de traçar metas e objetivos, acreditando assim levar uma vida "linear" mas uma das coisas [dentre tantas outras] que me foi escancarada neste curso é isso. Nada é linear e, praticamente tudo é relativo.
Talvez eu não saiba dizer quem sou, mas arriscaria falar que seria algo como uma colagem, nada de "só meu". Está tudo tão bem misturado, pregado, moldado, que é essa miscelânia que posso chamar de "eu".

27 outubro, 2010

"Gomen"

Há alguém que neste momento passeia pelos corredores de um shopping, não para se divertir mas sim para abstrair.. modo desconsolado.
Essa situação toda me faz voltar a 2007, eu tinha apenas 17 anos... os anos passam, a maturidade vai chegando... mas não. Não quero casar, nem compartilhar um lar.
Não quero isso. É complicado ter que quebrar alguns sonhos, não se tem uma maneira "mais" sutil para um ato que trará dor, apenas acontece, vem.
Muitas coisas mudaram... principalmente a cabeça, ampliou horizontes, adquiriu experiências interessantíssimas, viu a tal responsabilidade beirando à esquina enquanto a consciência batia à sua porta. Deixou de ser garota-porra-louca para transformar-se em: mulher.
E fico tão contente por poder ver isso, ter a oportunidade de perceber a evolução de uma pessoa é fascinante. É uma pena que não seja da maneira como você deseja ser.. por que seria muito mais fácil para nós: você na sua cidade, eu mudaria de estado, viveríamos numa cidade com uma casa à beira mar enfim... todas aqueles detalhes. Mas não dá. não por você. é por mim mesma que não dá.
E enxergo isso tão nítido, quanto água límpida que brota do chão, cristalina. Sei que daria o mundo para e por mim, não importando os meios e nem as consequências para isso... e é justamente por esse motivo que não posso aceitar, tão pouco enganá-la.

22 outubro, 2010

Paralelos que se cruzam..

Preciso escrever.
dizer como foi esse dia, as 24 horas dessa data.
dizer que não esperava algumas atitudes vindas de mim mesma e muito menos de outras pessoas.
de chegar num auditório para ensaiar, abrir a porta e pessoas estranhas ficaram felizes em minha presença e me abracarem.
de sentar, conversar e tentar apaziguar uma situação aonde eu não precisaria disso e infelizmente, não dar certo.
de pegar e ler uma mensagem que chegou de longe e que me deixou realmente surpresa e até com um pequeno sorriso aqui dentro, daqueles de tranquilidade logo após que se passa o susto inicial.
de esperar um recado e ele chegar mas sentir ao mesmo tempo que é vazio ou no mínimo, confuso e me perceber triste e sem saco pra esse tipo de joguete...
de me deparar com tanta gente e no meio desse mar, ver que há algumas delas que realmente irão aparecer do nada... é uma sensação "estranha".
de me sentir bem, feliz, ao ver ao meu redor "só quem me interessa" de certa forma...
de receber declarações de alguém que está muito distante nesse momento de mim, e ver que mesmo passando-se anos, ainda reside algo meu ali.

um jardim florido, que acaba de ser aparado e limpo.
como é bom perceber que existem vocês em minha vida, ao passo que dói compreender o quanto já errei com essas mesmas pessoas. hoje já nem sei mais se quero colocar uma "redoma de vidro" para protege-los, quero que possam experimentar o sabor do vento que sopra.
um novo sopro.

"aconteça o que acontecer no amanhã, eu estarei de olhos e braços bem abertos"



Seja bem vindo, 21 anos.

21 outubro, 2010

21/10/10 = 21

Não que eu goste muito dessa data.. mas hoje não. Hoje é diferente.
Um paralelo cósmico está ocorrendo neste dia em minha existência,
uma data única que NUNCA mais irá se repetir.
Na data de 21 de outubro, mês 10, foi dado o primeiro sopro de vida.
E agora nada menos que nesse dia, completam-se 21 ciclos.
Estarei "só". Sem a companhia de mãe, irmão ou pai por isso um motivo a mais para ser diferente.
Enfim... "Blackjack"

18 outubro, 2010

Shit.

Realmente deveria me sentir cansada?
Realmente ficaria imóvel por meses?
Realmente saberia..?
Eu.

não.


freezer.



It's like love, some people get it
for some it's just a glove that just never fitted
for me it's just a pain in the ass
and you fell so tired but you can't sleep
stuck in reverse.

16 outubro, 2010

Wake up, darling.

Era 05:18 da manhã quando parei de insistir em dormir.
noite muito mal dormida, um calor, uma zonzeira... sentei na area pra ficar olhando o nada, escutando uma música. Na verdade estava tentando acordar de uma ressaca, não é causada pela bebida em excesso, é de um outro tipo que não entendo muito bem. Estou tentando acordar dessa porcaria sem ficar enfurecida mas não tem sido fácil.
Algumas perguntas rondam meus ouvidos, sem respostas. E é tanta gente falando tanta coisa, tudo ao mesmo tempo... preciso achar a minha própria voz nesse tumulto!
É calar-se no exterior para poder conversar aqui por dentro, faz um tempinho que não pratico...
Quero enxergar algumas coisas, mas preciso abrir os olhos primeiro.

15 outubro, 2010

Quando tenho medo de algo..




"Eu posso viver uma vida segura me escondendo do mundo assustador ou, posso enfrentar as coisas que mais me assustam. Por mais que me machuquem, por mais que saiba que posso morrer, mas sei que devo faze-las.

Você quer tentar?"

08 outubro, 2010

Em plena sexta-feira e ainda me sobra confusões, mas ainda bem: é sexta.
logo menos tudo estará tranquilo, e as coisas nos seus devidos lugares.
Que comece o meu feriadão!

Cabide.

"Se eu fingir e sair
Por aí na noitada
Me acabando de rir
Se eu disser que não ligo
E não digo e que fico
Só vou aprontar...
É que eu sambo direitinho
Assim bem miudinho
Cê não sabe acompanhar
"

04 outubro, 2010

Rsrs..

Segundona bááááásica, um solzão, vento fresco.. dia lindo!
cada vez mais vou gostando da minha faculdade, da nova sala, os ensaios do teatro rolando..
é bom sentir esse gostinho de alegria, criança se lambuzando com algodão doce, riso solto.
Por hora, deixando as coisas acontecerem, se encaixarem e tá tudo certo.








"Tudo dando certo mas eu tô esperto, não posso botar tudo a perder..."

30 setembro, 2010

Arder.

deixando as coisas rolarem, a marvada queimar, a careta perdurar por alguns segundos.
alguém disse: "tudo que arde, sara."




então, deeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeixa arder! :D

27 setembro, 2010

Precision.

Sei lá.
As coisas existem e a gente se pergunta: "mas é isso?" ou "só isso?" ou"será assado?"
e vem milhões de perguntas na cabeça..
Vai repetindo mentalmente "mantendo uma distância confortável" pra ver se pega liga.
Mas é foda viu. É extremamente foda quando o que você quer é se jogar do desfiladeiro sem pensar... é como no parkour, quando estamos prestes a fazer o salto e não se pode errar. Em algum momento você desliga e simplesmente vai. É quando se esgota todas as dúvidas, as que restaram, somem... algo como senso aguçado das coisas. Uma brisa passageira.
É tenso sim, pra quem pensa demais [ou como a psicanálise define de: neurose obsessiva], dúvida é o instrumento de tortura mais elaborado que pode fazer uma pessoa padecer em segundos e por anos a fio.


Está chegando a hora do salto, já se esgotaram as dúvidas?

23 setembro, 2010

T = f

Respire: 1, 2, 3... 38, 39, 40. Volta.
aumenta carga, 115 Kg. Respire.
1, 2, 3, 4 vezes.
Reforça.

intensidade: 10.2, 15 minutos. 14.0, 1 minuto. 4.0, 2 minutos, 14.0 30 segundos.
- Rotina.


acaba com qualquer preocupação ;)

18 setembro, 2010

... Like a drug.

Bebendo, se perdendo, sendo guiada pelas batidas do som, no groove.
vai esquecendo o que há dentro e permitindo-se que mãos alheias, lascivas, vagueiam pelo seu corpo. Liberta-se de algo que lhe incomoda, devora, e torna-se refeição para muitos mesmo seu desejo sendo ser de um só.
Não pensa, nem se permite a tal tortura, só sente a tontura, a loucura, a euforia. Conduz a luxúria dos outros mas esquece da própria, aliás, esquece de si mesma.
joga-se na pista quase que da mesma forma numa montanha russa em alta velocidade e procura por isso, essa tal "insanidade" pois perigo é o que lhe atrai, suicida em potencial.

15 setembro, 2010

Ai.
pouca paciência tem me restado nessa semana, vou deslocar a culpa para a tpm.
penso que a faculdade vai tão leve, que dá a impressão que nem estou nela... vai entender.
os dias vão passando e só ontem me deu uma calma, aquela coisa gostosa. Um respirar mais aliviado, entende?
dizer a si mesma: ei, pra que se atropelar ?
Zélia sabe me fazer sorrir, certeza.

13 setembro, 2010


Gosto assim.

Quando acordo cedo e sei que nada vai importar porque tudo está bem e vai ficar ainda melhor.
ter ao lado pessoas caras, daquelas que você garimpa numa montanha gigantesca ao longo da vida e encontra tais preciosidades. Tem que guardar...
Quero guardar vocês sempre, nem que seja na minha pouquíssima memória que quase sempre falha. Quero poder chegar aos sei lá quantos anos que talvez minha velhice possa me reservar e poder lembrar de todas essas preciosidades, das coisas que foram vividas e rir, do jeito mais infantil que as rugas possam permitir. Deixar que a emoção escorra pelo rosto em algumas lágrimas e sentir seu gosto, que no fundo se confunde com a saudade.


Desde já, obrigada.

07 setembro, 2010

M.a.t.o.

feriado no isolamento, achei que morreria de tédio mas não foi bem como imaginei.
não deu muito tempo pra pensar na cidade, nas coisas que tem lá, nas problemas...
mas voltando, vem chegando, as vontades, ansiedade batendo a porta e quando finalmente chega: nada.
que droga hein.



Mas não dá nada não, eu bem que me conheço.

28 agosto, 2010




You can push me out the window
I'll just get back up
You can run me over with your 18-wheeler truck
and I won't give a fuck
You can hang me like a slave
I'll go underground
You can run me over with your 18-wheeler but
You can't keep me down

27 agosto, 2010

Claríssimos.

E de repente me esbarro com uma "parede" branca. Que é isso ?
Não é parede, aliás, tá longe de ser.
É algo mais como cama box feita de viscoelástico sabe? Resumindo a sua procura no "gúgou", é daquele material que se molda ao corpo, o tal da tecnologia da NASA.
Como ia dizendo: não é parede. Até por que onde já se viu parede ter olhos e claros?
Nunca vi.
Quando a gente tem sono ou parte pra longe, o que mais se quer é sua própria cama. Vê? Não fujo à regra.
Suficiente para me fazer desejar dormir [ou não] mesmo dentro dum ônibus puído, calorento. Na medida para me fazer trocar o almoço por uma garrafa litrão de skol geladíssima em plena segunda feira com o sol refogando meus poucos neurônios e mesmo assim, não ter um traço sequer de mal humor. Consistente para ainda ficar com esse humor em plena sexta à noite, mesmo morta de cansaço e dolorida da academia.
Cama box? Não.
Estou afetada ? certamente, e não foi por conta daquele sol que aponta no céu.

25 agosto, 2010

"menininha sai do portão
vem também brincar
vem pra roda
me dê a mão
traz o seu olhar
vou girando na roda.."

24 agosto, 2010

Na íntegra:

"É"

Senta-se na cadeira, estica as pernas e apóia um dos braços na mesa. Com o outro segura o copo americano, onde um líquido amarelo citrino rodopia com o balanço da mão.
Meu estômago começou a repetir o mesmo movimento daquele recipiente no instante que a vi.
A cada passo que meus pés galgavam, senti o frio subir pelos dedos, fez a curva no calcanhar, serpentiou pelas pernas, deu uma guinada na espinha e atravessou meu coração. A mesma temperatura da bebida foi penetrando com facilidade pela pele, quanto mais me aproximava daquela mesa, mais congelada a minha pequenina e frágil presença.
Um leve tremular transformou-se em terremoto, chacoalhando toda a certeza que eu tivera. A pele arrepiava-se cada vez mais, o queixo travou forças para não tremer, mas os dedos tornaram-se pegajosos e esfreguei as mãos pálidas na calça para enxugar.
Se eu pudesse, me enfiava num grosso casaco de lã para acabar com esse frio mas era uma hora da tarde.
O sol parecia pouco se importar em queimar qualquer coisa que saísse da sombra, assim como ela não se importara nenhum momento com um corpo esquelético, chacoalhante, cambaleando ao passar: comigo.
Eu era o copo; sem graça, gelado e suando frio por conta do líquido amarelo , que rodopiava e girava na mão daquela pessoa. A cada gole um pouco mais da minha vida ia se esvaindo do meu interior e descendo goela abaixo de outrém.
Me estilhaçava como um vidro que trincou com o choque de uma pedra arremessada a cada passo que meu corpo franzino dava, uma marcha fúnebre de uma pessoa só onde o próprio velado fazia seu funeral.

23 agosto, 2010

Simples.

das coisas que tenho, maior parte delas são simples.
quando você descobrir a alegria nessas coisas "simples" e tão "banais", ficará surpreso.
assim, vai vendo, vivenciando e aprendendo...
aprendendo que algumas pequenas horas são suficientes para entender e querer estar perto de quem gosta de você.
entender que pouco é muito.
compreender seu próprio ritmo, assim você acaba se amando mais, se cuidando mais, se respeitando.

"agora posso respirar, nunca senti tão bem"

20 agosto, 2010

o/

"break!"

uma pequena pausa:
um restaurante,
uma lanchonete,
um jantar,
um churrasco,
duas festas.

meu descanço para as próximas jornadas :)

17 agosto, 2010

"É."

"Senta-se na cadeira, estica as pernas e apóia um dos braços na mesa. Com o outro segura o copo americano, onde um líquido amarelo citrino rodopia com o balanço da mão.
Meu estômago começou a repetir o mesmo movimento daquele recipiente no instante...(..)"

14 agosto, 2010

Viver.

frio! yes! friiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiio!
só o vento gelado insistindo em querer ficar junto ao corpo mas,
pra isso existem vários métodos para afastá-lo.
como é bom.
bom é viver, bem.

11 agosto, 2010

In¹

sabe o que é esmurrar um portão de ferro de 3 metros de altura as 9 e alguma coisa da noite?
ficar com as mãos vermelhas, quentes desses socos, querendo acertar o rosto de um puto ?
sabe o que é ver sua mãe morrer aos poucos ? sabendo que é seu próprio pai que está a matando ?
sabe o que é ter de entrar em casa e olhar pra essas coisas e falar: "tudo bem, vai ficar tudo bem"?
sabe o que é acordar todas as madrugadas, 1, 2, 3, 4, 5 vezes do nada e sem motivo aparente?
sabe o que é olhar a conta do banco e de uma hora pra outra seu dinheiro some e aparece: "confisco de bens" ?
sabe o que é pegar o telefone, revirar uma agenda e não saber pra quem telefonar ?
não.

eu poderia deitar no meio do asfalto e esperar que um ônibus, caminhão esmagasse essa minha cabecinha que está com os neurônios quase queimados de tanta coisa que tem pensado. mas a cena não seria muito boa. me jogar do penhasco é ridículo também, se bem que daria mais trabalho para achar o corpo e.. não vem ao caso.
e quando acho que vou tirar uma parte da armadura, apertam ainda mais, soldam os parafusos, colou-se. a coisa toda se tornou tão animalesca que já não estou mais nem aí para as minhas dores nem a dos outros, em quem acertar, acertou e problema dele pois já que não me dão pausa, vou indo até as últimas consequências.
se sobrar pedaço pra contar história... vai ser muito.

08 agosto, 2010



"can we pretend that airplanes in the night sky are like a shooting stars,
I could really use a wish now, a wish right now, a wish right now."

Pegando fogo.

yeah yeah yeah
quanto custa um sonho ? hã?
ninguém sabe.
quanto vale uma noite perdida no meio de pessoas desconhecidas, drogadas, alcoolizadas: libertas?
ver namoros dados como dissolvidos e no hall entre fumódramo, pista e banheiro, reatando?
e o contrário também.




"Vou rugir,
ficar fora até tarde
vou festejar com todos os amigos que você odeia
antes tarde do que nunca."





achou mesmo que manteria isso escondido?




If you keep up the ****, take the hit, dig the grave.

03 agosto, 2010

Não importa, simplesmente não se importam ;)



'fikdik'

01 agosto, 2010





E daí ?

28 julho, 2010

" - Paulo, você tá doido?! mal acabou de quitar um palio e tá entrando nesse fusion pra quê?!
- Por que preciso sentir o cheiro dele pra ter estímulo pra trabalhar"

Tempo de organizar. sim.
organizar empresa, finanças, faculdade, recurso, investimentos, corpo, mente, coração também.
Gosh, me olhei no espelho mas não era eu, não a face que estava acostuma a ver. Uma adulta de cara fechada está sendo apresentada a mim. "no espelho essa cara já não é minha mas, é que quando me toquei achei tão estranho..".

Transferência quase finalizada.

25 julho, 2010

15 julho, 2010

Além de.

"Guardei
Sem ter porque
Nem por razão
Ou coisa outra qualquer."

12 julho, 2010



" Que mais posso fazer, só te olhar dormir."

10 julho, 2010




10/07/10




08 julho, 2010

Notas.

"Existência é uma abertura à percepção e compreensão de tudo o que ele se apresenta... A abertura é a condição da liberdade humana, proporciona amplitude das possibilidades de escolher...
A liberdade de escolher é tanto maior quanto mais ampla a abertura do ser humano à percepção e compreensão de sua vivência no mundo.
A realidade é fundada na compreensão que o ser tem das situações que vivencia em três dimensões temporais de seu existir: como ele tem sido (passado), como está sendo (presente) e como poderá vir a ser (futuro).
Certezas, riscos, incertezas, imprevisibilidade, angústia e insegurança... culpa, arrependimento, adiamento, fracasso, confusão, frustração... paradoxos do existir.

O desejo [objeto]
O desejar [ação]
O desejante [ser]"

Sinto, logo existo

Todos os seres vivs vivem mas só o ser humano existe


Até a não-escolha é uma escolha.


Kieerkgard.

06 julho, 2010

Sea


And so many things I'd forgotten,
In a world that we shared,
With so many things for the asking.
Never asked for the madness there.
Strange how I find myself
So often on a distant shore.

05 julho, 2010

"E eu, que fico com o peito sendo arroxado pela angústia, juntando forças pra tentar sair dessa forca que o medo me prendeu, pergunto: quando isso vai terminar?"

28 junho, 2010

Qualquer.



"Não sou qualquer menina da vida, não."

27 junho, 2010

Zumbido.

Argh.
Misto de angústia mais ansiedade e falta de fazer coisas úteis tem sido um coquetel que tenho bebido a algum tempo.. Voltas com o carro, 140, 150, 160 Km/h e ainda não me é suficiente e penso: ainda não abri o motor desse carro. A medida que o velocímetro avança, o ponteiro do relógio não deixa a desejar: 2, 3, 4 da manhã o motor zunindo, música explodindo com fúria nos tweeters. Olhos atentos na avenida e a cabeça vai desacelerando aos poucos.
O que me faz gostar de correr tanto com a moto [e não com o carro] é que ela "grita" 100, 110, 120. As agulhas ficam na delimitação vermelha significam: "estou no máximo". E você? Rá, você ri. Ri maldosamente e esse riso se mistura com o grito das rotações elevadas.

Por falar em moto... a minha ficou pronta, retiro ela amanhã da oficina.

24 junho, 2010

Jardim

No meu jardim de inverno as flores permanecem vivas. Neste pequeno espaço, há energia circulando, das boas. É simplório, mas de beleza terna.
É inverno, minhas flores não são de plástico e não morrem.

21 junho, 2010

90x14

"Adrenalina,
adrenalina,
adrenalina,
adrenalina
adrenalina,
adrenalina,
adrenalina,
adrenalina
adrenalina,
adrenalina,
adrenalina,
adrenalina
adrenalina,
adrenalina"

20 junho, 2010

Er²

Domingo é dia da preguiça. preguiça até da vida.
A cabeça que rodava a mil, não passa dos 10 Km/h agora.


não sei o que fazer.







17 junho, 2010

Questionamentos.

Das coisas que há neste quarto, o espaço preenche quase todos os cantos. Olho para os móveis brancos, os livros e parece que não encontro o que procuro. Procuro uma música para que ela possa falar por mim mas não encontro uma que seja essa definição. Ando cheia.. cheia de que mesmo ? Meu gato entra pela porta, de maneira preguiçosa vem até a cadeira e feito uma criança que pede atenção, se estica e toca meu braço com a pata. Há algo no olhar dele que me toca e me encontra. pego-o e me ponho a abraçá-lo. E de repente me vem uma vontade imensa de me amolecer perante tudo e todas as coisas neste mundo. e me pergunto se ele ainda vai continuar assim quando estiver bem velho, quanda não mais andará da forma engraçada que passeia em casa... dizem que bicho sente, espero que ele sinta o quanto eu amo ele.
Me pergunto o por que disso.
"É preciso ter força para sentir a dor de um amigo, mas é preciso coragem parea sentir as próprias dores. É preciso ter força para suportar os abusos, mas é preciso ter coragem para faze-lo parar"
"Mas é tanta coisa.."
Sim, é.
Já nem sei mais se conseguirei acreditar nas pessoas, pedra fundamental para sustentar as muitas teorias existentes no meu curso. Os joelhos estão fracos mas ainda conseguem deixar o corpo em pé.
- Voltando ao gato.
Penso na minha transferência, nessa coisa toda de "brincar de casinha", de me ver com muitas situações novas, eu e meu gato. Se o desespero bater, se nada der certo, se arroz queimar na panela, se a porta não querer abrir, ao menos terei alguém para "conversar", pra dizer tudo aquilo que ninguém ouve e ouvir tudo aquilo que ninguém diz.

Salut!

Full Moon


When the thorn bush turns white that's when I'll come home
I am going out to see what I can sow
And I don't know where I'll go
And I don't know what I'll see
But I'll try not to bring it back home with me
Like the morning sun your eyes will follow me

Marcha, 1,2,3.

Um segundo.
organiza-se, ver preços, tabelas, ruas, bairros, cidades, mobilia.
vai até ao aeroporto, busca irmão e cunhada, e presentinhos e risadinhas. Ganhei um berimbau. Q- ?
Não vou mais para São Paulo semana que vem, a não ser que eu queira perder mais 1 semestre e.. bom deixa pra lá. Fiquei pensando nisso: das vezes que fui pra terra da garoa, não fiquei nenhuma vez em hotel, seria a primeira vez. É, seria. Além de ficar em hotel, não sairia, não veria quase ninguém a não ser a natty e a steh, esquizitíssimo. encerra.
Pensei bastante.. a idéia de me mudar me agrada mais a cada hora.
pra preservar o pouco que resta de convívio saudável entre eu e minha mãe principalmente, é melhor ficarmos longe uma da outra.

15 junho, 2010

"Hi, stranger"

Acabo de ver fotos. Acabo de ver uma que chamou minha atenção, uma foto minha. Digo, não foi eu quem a fez, tiraram de mim, entende? O irônico é ler a frase que eu acabara de escrever: "Tem lugar pra mim?"
Agora me pergunto, que raio de pergunta é essa que ficou solta no ar? Passei a tarde com "edital de transferência" na cabeça e não sei pra onde quero ir. Como é que vou saber se vai ter lugar se não sei nem pra onde desejo ficar? Er. Penso mais uma vez se devo trancar a faculdade à beira do início dos estágios... se mudo de cidade, de estado, de país [planeta talvez?].
Quero ficar só, longe dessa casa, de muitas coisas, minha cabeça anda cansada de prazos, e provas, e 2°chamadas, e contas, e médicos e etc etc etc.
Talvez eu devesse me mudar para o Camboja. Ando cansada, principalmente das pessoas. É uma putaria sem fim. Acho que não nasci pra viver em sociedade [falei!]
ainda não dissolvi o sintoma que converti, isso é mal.
Numa dessas eu aceito a proposta que me fizeram a tempos atrás: de trabalhar num navio que fica navegando pelo mundo à fora. Aí o mundo seria a minha casa ? mas quanto mais a gente viaja, mais ficamos estrangeiros de nós mesmos. Jamais permanece a mesma pessoa que seria se não tivesse saído e não será integralmente alguém de outro local. Hibrído, mestiço, mistura: incompleto? As teclas desse piano estão tocando as notas de uma música que ecoam na alma.


"coisinha à-toa"

08 junho, 2010

All that I've got




"I'll be just fine pretending I'm not"

07 junho, 2010

Feriado.


Dos mais de mil quilômetros que se andaram, passaram os dias. As faixas, a lua e as horas, 11. Depois de ter passado cortando estados madrugada a fora, esperar por mais de 3 horas uma mísera vaga de um hotel vagabundo qualquer para poder jogar o esqueleto mais do que exausto, restou a pergunta: "o que é que eu tô fazendo aqui?" num canto escuro do quarto morimbundo, senti saudades da minha casa. Mas logo vem o próximo dia que me responderia o porque. O som é característico mas vê-lo crescer dá uma emoção dolorida no peito, fiquei boquiaberta com o que vi sendo feito pelo Alemão. Logo sabia os motivos de ter costurado os tantos quilômetros sem ter a certeza de ter algum lugar pra ficar, até mesmo se iria ficar. Entre uma "manulação" e mais de 10 frases, fui aprendendo. Fui. Palavra que ganhou vários atributos nesse feriado prolongado. Fui "na lôca", fui "árvore", "mãe-babá", "terapeuta de casal", fui "mecânica" e algo mais. Entre os céus azulados, "a" ceu acizentado, paredes que transpiravam maconha, entre dreads e nerds, alguns galos e galinhas, um quarto abarrotado, desarrumado, entre "Dos amores risíveis" (ler: O jogo da carona) amanhecia a cidade e escurecia-se com os muitos copos de cerveja, de pinga, de alguns "pit-dogs", de muita maconha, pito e de frio de bater o queixo. Do pastel que só tem gente uderground, da balada que veio gente chegando mesmo eu sentada numa mesa e passa uma, depois vem outra, aí outra que não desgrudava das minhas costas, não o bastante me apresenta sua prima que na viagem de tanto pó que cheirou, pensou que eu era uma árvore, pra ficar pendurada em mim, se achando a íntima. Mais uma noite mal dormida. Mais cerveja, um aniversário, um reencontro de muitos anos depois, uma alegria contagiante, algumas brigas, quase alguns tapas, uma bateria arriada, um carro sendo empurrado as 2 da manhã. Várias praças, uma cidade em forma de santa, um trânsito mais embrulhado do que o egípcio, muitas feiras, quatro cabaças, pastéis, empadas, pamonhas, sotaque mineiro com algum "temperin" junto. Depois 16 horas conservando a bunda num banco de ônibus, ser testemunha ocular de uma trepada de um dos motoristas com uma prostituta dentro desse mesmo veículo. De um cara que foi mais de 9 vezes ao banheiro [das que eu contei]. Do amanhecer em chapada.
Finalmente em casa.

30 maio, 2010

Canteiro.

sentamos na grama, a terra morna e o vento gelado correndo solto. deu sono, trouxe paz.
- conversamos.
e por algum momento ficamos felizes.

um grupo presencia um ciclo se encerrando e dois iniciando, nascendo.
ver a vida acontecendo diante de olhares, é assim.
morte-vida.

severina morreu. viva severina!

22 maio, 2010

Como tirar alguém da sua vida.

Alguma coisa não está certa: eu posso sentir isso de novo. Não é a primeira vez que você me deixa esperando, tristes desculpas e grandes falsas esperanças. Eu vi isso vindo, ainda não sei porque eu deixei você entrar por que eu sabia desde o início que você é tão previsível, sabia que alguma coisa daria errado (alguma coisa sempre está errada) então você não tem que ligar ou dizer qualquer coisa. Então pegue suas palavras vazias, suas promessas quebradas e todo o tempo que você roubou porque eu estou acabando com isso. Eu posso mandar isso embora, estou fazendo tudo o que eu devia ter feito e agora eu estou fazendo uma chance, estou vivendo o dia, estou te devolvendo o que você me deu. Pois esta historia nunca ia ter fim... eu fiquei esperando, fiquei procurando, fiquei torcendo, fiquei sonhando que você voltaria, mas eu sei o fim da novela mexicana: você nunca voltará (nunca, nunca, nunca..), Não.
Não mais, é em definitivo. não quero mais. existe um limite para isso, já ultrapacei o meu a tempos e agora digo: - Basta. Primeiro um calor, uma raiva "vermelhoazul" subindo pelas entranhas, fervilhando no emaranhado das veias. Depois, um nada, a indiferença vai tomando conta de cada canto, vai sedando, é a "pedra de gelo" soltando seu veneno-antídoto dizendo: "hora de acordar". Sim, o mundo é radical, não há meio termos. penso no tempo esperado e ? dá uma vontade absurda de quebrar a minha própria face por saber que a idiota da história sempre foi eu. Posso não enxergar bem mas em questão de sentir.. é, aquele "bad.. bad feeling" já estava com a luz de alerta acesa a tempos mas não, fechei os olhos para não ver o que estava escancarado na minha frente "é, eu sempre soube.." dessa corda bamba. tempo, tempo, tempo, tempo, você passou e alguém me disse que não havia tomado uma direção: mentira. o caminho já estava sendo percorrido, meu querido amigo. Certa vez ouvi dizer: "que imensa miséria o grande amor", uma pequena frase, efeitos imensuráveis. Verdade.
pensar que fazemos castelos (de areia), naquela doce ilusão de imaginar todas as situações açucaradas e serenas com alguém e ver essas construções virarem pó que vagueia pelo ar,como se riscasse um fósforo e ver o próprio ser consumido na sua chama. Ah, mas como me queimei "quatrocentasequartoze" vezes. E hoje lembro-me muito bem que anos atrás um alguém que foi embora do meu olhar, passou por mim e arrancou algo. nunca esqueci, nem poderia.. arrancaste para me ensinar uma lição dolorosa... Sem olhar para trás, sem mudar de lado na rua, sem fraquejar um só momento com a cabeça virou pó qualquer fagulha de lembrança. esse gosto, que ainda não sei dizer o que é, permanece bem nítido não só na boca... Depois que se passa pelo inferno de quando se mata o amor, você sabe exatamente todos os passos. os teus passos. Não é mais a primeira vez, posso dizer com propriedade que aprendi a sair desse local com certa "facilidade". tira-se todo e qualquer traço de sentimento, de emoção, vai desbotando as imagens, perdendo as formas, depois levanta-se, feche os olhos e respire[enquanto essa injeção faz seu trabalho]. uma inspiração longa e profunda, abra os olhos e dê o passo, firme. e não pare, nem se tem vontade de parar. sei que vou abrir olhos, dar a passada com força, sem desviar, sem piscar. sei que isso vai acontecer. enquanto risco todos os fósforos e vejo todas as fagulhas de lembranças que tenham ainda algum sentimento serem consumidas, encararei você mas não irei te ver, verei o nada e dessa forma continuarei a dar meus passos, mato, vivo o luto e o elaboro: no final o que sobra são as cinzas por que ali não se tem algo, não mais. agora é só o nada, só o vazio e o vento encarrega-se de soprar a poeira.


"Mas o mundo é negro, os corações são frios e não há esperança: eternamente mudados por causa do que vimos."

Enought.


Eu caminho por uma estrada solitária
a única que sempre conheci
não sei até aonde vai
mas é um lar para mim e eu ando só

Caminho por esta rua vazia
onde a cidade dorme
minha sombra, a única coisa que anda ao meu lado.

Estou andando na linha que me divide
em algum lugar na minha mente
no limite da margem, onde eu ando sozinho.

19 maio, 2010

que vá a merda¹

eu já nem quero mais ficar guardando um monte de coisas que carrego
nem quero mais ter que ficar esperando porra alguma.
as vezes me pergunto o por que que mantenho esse blog, por que escrevo?
e me lembrei de quando o fiz [anos atrás] me fiz uma pequena promessa:
de escrever, seja o que for.
não, eu não quero mais ficar medindo palavras, tendo paciência, sendo boazinha ou o caralho a quatro com todos.
ei, será que vai ter uma hora que todos explodem? ou se mandam a puta que o pariu ?
argh, odeio, detesto fazer qualquer tipo de coisa pra alguém e não ter reconhecimento: e nisso me refiro a minha mãe, que ultimamente está me deixando ALÉM dos nervos.
a vontade que tenho é de fazê-la engolir a chave do maldito carro e que saia pelo ânus.
já tenho quase certeza de que vou reprovar mais um semestre por conta de faltas por causa desse maldito câncer, dessa "assistência" que tenho que prestar, que pra mim é um grandessíssimo favor que faço e pra ela, não mais do que minha obrigação.
VÁ PRA PUTA QUE PARIU, FALEI!
foda-se.
que vá continuar esse acompanhamento/tramento em são paulo ? vai, mas vá sozinha.
raios, não quer se prejudicar e tá fodendo a minha vida? chega.
não, eu não agrado a maior parte das pessoas, aliás, quase nenhuma. E não preciso ter vergonha disso.

É, sempre soube.

"Maybe I know somewhere deep in my soul
That love never lasts
And we've got to find other ways
To make it alone or keep a straight face
And I've always lived like this
Keeping a comfortable, distance"

15 maio, 2010

M.


"Ao infinito e além"
como se fosse minha irmã mais nova. Aliás, irmã que nunca tive.
vezenquando fala besteira.
vezenquando chora.
vezemsempre fala verdades.
de todas as coisas que poderia desejar à alguém como você, desejo as boas.
:)

11 maio, 2010

Ré-pi.



"Ela [a foto] me anima e eu, animo ela"

22 abril, 2010



Que a chuva caia como uma luva
um diluvio, um delírio
que a chuva traga alívio imediato
que a noite caia, de repente caia,
tão demente quanto um raio
que a noite traga alívio imediato.

21 abril, 2010

vou re-ler pela 2247893247 vez meus mangás.
ajuda a pensar :)

18 abril, 2010

What are you doing this evening?
Stay a little longer
it must be this place
but don't say "no".

14 abril, 2010

3 2 1, wake up!

AUUUUU!!!

Hoje, sim hoje!
eu não acredito que SÓ HOJE aconteceu isso.
to ficando lerda mesmo.
não da pra acreditar que fui tão anta até essa tarde.
vem sol! ventos, a música que toca, e vidas e muuuuuuuuuuitas coisas novas!
animadíssima, até por conta de certa figurinha.
e o sertão vai virar maaaaaaar e o maaaar vai virar sertão!
acordada para a realidade.


Obg larie, carol.



"e são essas histórias de amor, que acontece todo dia sim senhor!"

13 abril, 2010

Cá!

Na loca da pedra,
No meio do mato
Bem longe dos olhos
De um gavião...


A vida é um presente
Que vem do passado
Eis que acharam no mato
A menina, então...


Muidinha...
Miudinha...


Feito estrela na noite,
Disparada no dia
A menina crescendo
Era um rio correndo
Um riso que ria


Antes de tanta gente
Foi semente sozinha
Hoje o rio correndo
E a mata dizendo
“és minha! és minha!”


Vó Cabocla...

12 abril, 2010

Domingo

Um fim de semana meio atípico.
sábado uma oficina, retirada das camisetas, aprender um pouco mais a batucar com o mestre e lembrar do tal dia 10, de abril. até aí nada de errado. madrugada sem sono, gato pulando na cama, enfurnado na coberta.. er.
domingo? acorda as 6 da manhã [quem acorda esse horário no domingo?], come dois "triângulos" de toblerone, vai pro carro e se manda pela estrada. epa: estrada? pois é.. saí de cuiabá as 7:25 e 7:50 estava no parque nacional de Chapada. 60 Km. peguei os temas da maratona e segui adiante.. adiante.. adiante.. até parar numa placa: "bem vindo à Campo Verde". hã? nem vi os quilômetros passarem. fechei os olhos algumas vezes enquanto o velocímetro decidia se ficava entre 120 ou 140 Km/h que as vezes apontava no 160. Andei mais de 200 Km. o mais interessante? é que andei só e senti aquilo me completar. não sei que contemplava quem: se era eu ou a estrada. particularmente essa rodovia é linda pela paisagem, uma das mais belas que já vi. depois de um tempo você se acostuma de tal forma com a velocidade que nem parece que está tão rápido. abri os vidros, soltei os cabelos que agora estão curtos, aumentei o som e fui vagando, só, pelas "estradas" e foi reconfortante. afundei no banco, as vezes tirava o cabelo da cara mas logo tornava a ficar nos olhos. vi verde, azul, morrom, cinza. vi aquela água linda da martinha. quis parar na beira da estrada mas segui em frente. Deu vontade de ir buscar o abraço da larie, o por do sol no muro em frente a kitnet. mas ah, deixei pra lá.. ri. logo irei sentar naquele muro: eu acompanhada do meu chá matte e ela, de alguma cerveja ou talvez tereré.

09 abril, 2010

Gotas.

um pesadelo que parece não acabar
é exame, hospital, operação, uti, remoção, fisioterapia, readequação, quimioterapia, radioterapia e sei lá o que mais.
e agora gripe, água no pulmão, infecção, retorno com urgência.
não acho que alguém lá em cima tenha uma lupa e nos queime como formigas por pura diversão, não.
mas é complicado.
dê-me tranquilidade para aceitar as coisas como são. Por favor.
enquanto isso, vou andando, tropeçando, mas andando.



canta maria rita, canta..

08 abril, 2010

Estrela, estrela




Estrela, estrela
Como ser assim?
Tão só, tão só
E nunca sofrer
Brilhar, brilhar
Quase sem querer
Deixar, deixar
Ser o que se vê...


No corpo nú
Da constelação
Estás, estás
Sobre uma das mãos
E vais e vens
Como um lampião
Ao vento frio
De um lugar qualquer...


É bom saber
Que és parte de mim
Assim como és
Parte das manhãs
Melhor, melhor
É poder gozar
Da paz, da paz
Que trazes aqui...


Eu canto, eu canto
Por poder te ver
No céu, no céu
Como um balão
Eu canto e sei
Que também me vês
E aqui, aqui
Com essa canção...

06 abril, 2010

Do lado




Para ouvir enquanto isso: Adriana Mezadri - Marcas de Ayer



Não querendo revirar o que está ainda bagunçado
mas esta desorganização tem afetado aqui dentro.
do lado de cá do vidro translúcido, parede quase invisível, intransponível.
palpita, expande, volta.
alguns passos pesados que tem o "plof, plof plof" como validade.
A parte de cá me causa um estranho "esranhamento".
uma dor, um não sei o quê.
é como beber água e ainda ficar sedenta, nem se sente o frescor.
do lado de cá, há de se observar muitas coisas na companhia do silêncio.
do lado de cá, sensações, sentimentos, emoções se transforam num piso coalhado de cacos, pregos e espinhos.
deste lado, me encontro.

04 abril, 2010

Burn

Queimando. E é nesta noite que vai ficar me consumindo. Mesmo com as mãos geladas, a tal pressão no peito... labaredas estão por vir, já que a brasa está acesa. Várias vozes farão um coro, uníssono e gritarão em notas agudas, aquelas, bem aquelas que fazem janelas e abóbadas trincarem e estourar. Todas as vozes, em torno de um par de ouvidos, elas armodaçaram uma boca. Já começou o zumbido, não tarda tota a gralhação. Cada voz é uma lenha, um pedaço de madeira e palavra é gasolina. Vê? A boca vendada vai urrar mas não passará de um sussuro. a única coisa escancarada será o par de ouvidos.

Nii - list.


freibut = freedom = liberdade

Título deste blog;


que que é isso ?

muitos pedem, querem e não tem e quando alcançam... (se é que alguém chegou nesta condição)
vazio, liberdade é isso.
é o movimento, é ir para onde quiser, é o não se prender a nada.
aliás, a liberdade está atrelada à uma coisa: o nada.
a liberdade gera medo, porque?
por que ela traz solidão.
pense: liberdade não se acondiciona num potinho e é usada "de vez enquando", não há meio termo, ou se é livre, ou não. ou se joga no vazio do nada ou fica na ponta do penhasco, nesse movimento pendular de ser ou não enfim, livre.
a liberdade é coisa ruim ou boa então?
essa tal liberdade tem seu preço, que costuma não ser nem um pouco barato.



está disposto a pagar? sabendo que é meramente utópico ?



aliás: ser sozinho é diferente de ser solitário.

01 abril, 2010

"Derrubaram ela!"

farol R$ 38,00
aro do farol R$ 30,00
pisca traseiro esquerdo cromado R$ 31,00
guidon R$ 61,00
e algumas cositas mas..


parar a moto no meio da rua na cara dura pra fechar um ÔNIBUS de noite e enfrentar o motorista que derrubou a motoca que tava parada no acostamento, NÃO TEM PREÇO!


isuahiuhasuhsiuhiasu



"A audácia da baixinha"

15 março, 2010

T-T-T-T-Telephone

que vontade de mandar certas pessoas da minha faculdade pra putas que os pariram, enfim.
quero mais é que se dane mesmo.
mudanças!

oh..
talvez de endereço
provavelmente o cabelo
com toda a certeza, o humor
quiçá, a paciência.

vontades.
de sair correndo a mais de 110 Km/h só pra passar por entre os carros e rir.
de acabar com os joelhos e fígado em alguma festa.
não se importar ? hum.. maybe, baby.
mas sei que não farei nada disso, argh.
o corpo já não acompanha mais a demanda.

oh..

quero ver meus amigos, os queridos, sair, rir, divertir, conversar, fofocar, causar, enfim: coisas.

chutar o balde seria uma expressão correta ?
nem chega a tanto.

09 março, 2010

CICAP

Neoplasia.

Quem quer ?


Apreensiva.
Penso que seja mais por conta da UTI do que todo o restante.
Ainda bem que está dando pra levar beeem mais tranquila agora.
Sei lá.


Um pouco impaciente.

28 fevereiro, 2010

How fragile is the heart

Pessoas se perguntam: Porquê?
amor.
amar.
não existem respostas óbvias para nenhuma destas coisas.
e ficamos fritando os neurônios, e choramos até os olhos arderem, e praguejamos terceiros para diminuir a dor.
Entendi que amo, mas mais minha liberdade do qualquer outra coisa e quando sinto o menor sinal de ameaça, me isolo, fecho todas as portas e janelas, não há comunicação ou seja: intransponível.
talvez eu seja torta mesmo, individualista demais, coração de menos.

oh.





"Sopre vida dentro deste fraco coração
Levante este véu mortal de medo
Pegue estas esperanças despedaçadas, gravadas com lágrimas
Nos ergueremos por sobre esses cuidados terrenos

Lance seus olhos no oceano
Lance sua alma para o mar
Quando a escura noite parece sem fim
Por favor, lembre-se de mim"



Dante's prayer

14 fevereiro, 2010

Pensei.

Pensei em você.
Enquanto dançava na chuva fina que caía durante madrugada a fora.
Enquanto um maluco me falava sobre algoritmos e eu não entendendo nada.
Pensei em você.
desde a hora que montei a big barraca e agora com minhas pernas doendo, corpo molhado, olhos ardendo, rosto quente e deitada, penso em você.
Da noite chuvosa rasgada com raios e trovões sendo que alguns destes me acordaram.
Pensei em você em quanto dormia, porque sei que sonhei com teu rosto.
Pensei em você.



Mas você nem sabe.

05 fevereiro, 2010

43°C

Calor insuportável por aqui.
sem paciência pra nada, mesmo.
aquela veeeeeeeeeeeelha dorzinha de cabeça por conta da alta temperatura
cú!
quero ficar num local mais fresco, dá pra ser ?
sexta..
não sei bem o que vou fazer, a única coisa q tenho certeza é de que vou sair um pouco com a mare, rir, beber, ou apenas andar de carro e ouvir música.
vai que eu encontro num buraco qualquer dessa cidade, um potinho que contenha "ânimo"
né ?

o negócio é não desistir.

04 fevereiro, 2010

Gravity


"...Olhe em volta, apenas pessoas
pode ouvir essa voz?
ache aquele que te guiará
para os limites da sua escolha.

Mas se você estiver no centro da tempestade
apenas pense no pombo solitário
A experiência de sobrevivência é a chave..."


20 janeiro, 2010

Vazinho.

Dentro do carro a menina pensava:
- "cactus e rosas..."
- "são flores. sim, são."
E volta para dentro de si e continua a divagar:
- "são flores mas são diferentes!"
- "olha, rosas precisam de cuidados diários como sol, água, sombra, um pouco de adubo talvez?
- cactus são esquisitos, basta colocar uma colherinha de chá com água e pronto. se deixar torrando no sol, nada acontece. ai credo!"
- "e se deixar a rosa junto com o cactus no sol ?" pergutaria.
- "murcha." pontua.
- "veja: as roseiras produzem rosas, flores, são bonitas, perfumadas.. olhe!
- o cactus produz.. que é que ele produz mesmo ?
- es... pinhos. surpreendida
- viu? só espinhos! nada de flor, nem de perfume. cadê a graça nessa planta ?" a indignação tomou posse de seus pensamentos por alguns segundos.
- "mas... eu gosto de cactus... e rosas também." confessa.
enquanto isso a paisagem mudava janela afora cada vez que piscava. Respirou evoltou a se debruçar na questão intrigante.
- "a cactus é bonito justamente por ser assim, estranho, tem espinhos demais e água de menos. É esquisito mas é bonito."
- "a rosa tem aquela flor linda! tá, tem espinhos também mas são tão pequenos e moles que se você empurra com os dedos, sai. No cactus não." continua o raciocínio.
"- mas a rosa é bonita por ser assim: florida, cheirosa, suas pétalas são suaves a beleza dessa flor está na sua delicadeza. O cactus é duro, seco, mas se torna belo pela sua forma simples porém robusta."
- "é!" sorri.