29 dezembro, 2007

Sol-id-ão

Lá fora o sol
dentro, a lua
sinta o frio mórbido queimar minhas veias
lembranças, apenas congeladas.

Ao redor, estranhos uniformizados
trocando olhares supérfluos, falsos.
Todos escondem as reais intenções.


Com o abraço voce aprisiona
com o punhal penetrando nas costas, mata.

Ruas tribuladas por cabeças acefálicas
verdadeiro formigueiro medonho
uns vão e outros vem
um trajeto sem sentido.

Observo esse cotidiano velho, sujo, nojento
um grito ensurdecedor corre pela mente.

Me livro dessa hipocresia inútil
e penso...
penso...

nem a bebida perversa consegue amenizar
olho aquela bola brilhante maism uma vez e pergunto:
Aonde foi parar o coração que estava aqui ?

22 dezembro, 2007

Jabuuuu

yaaaaaaaaaaaaaaaaaaaay!
chega logo janeiro, chega!
empolgadíssima pra começar o ano e mexer com o centro academico.
vamo toca o putero logo.
por que eu quero ver o oco nesse semestre.
eh papai noel, até q eu fui razoavelmente bem esse ano vai...
meus presentes nao vao vir agora em dezembro, só irao chegar lá por meados de fevereiro e tal, mas sou paciente (Y)
ansiosa nao, imagina!

vamos fazer um saldo deste ano:
entrei em 2 faculdades
passei pro 3 semestre de psicologia.
um pouco mais cara de pau
um pouco mais fdp tb
mais consciente na minha profissao.
menos ingenua com as pessoas.
menos frescura
minha dose anual de "amor" já foi esgotada e só volta em 2009! ( se tudo for bem.. )
mais realista com tudo e todos.

já que estamos aqui mesmo, vamos aproveitar da melhor forma possível!


nao to afim de escrever bonitinho tb..
quem sabe mais tarde eu publique alguns dos textos que escrevi no meu caderno.

ps: sem acento as palavras pq naum está funcionando as coisas aqui.

21 dezembro, 2007

Don't let.

Não posso, por mais que eu gostaria.
só quero paz pra mim mesma...





"me dá a mão, não há razão para ir embora."

20 dezembro, 2007

Meu final é simples: tchau.

não é complicado partir.
não é fácil ficar.
não é legal proibir.
não há nada de mal, se você quiser.


ano bom.

daqui a 60 minutos "vazo".

e eu?
tenho apenas o que me resta: minha camera, meu livro, meu caderno e minhas músicas.

08 dezembro, 2007

Morrendo.

que inferno!
não aguentava mais ficar naquela m*rda de saguão
tava irritada, triste, com uma vontade louca de gritar, de gritar BEM ALTO e mandar tudo a merda.
só EU sei o quanto eu queria rasgar aquele bilhete em zilhões de pedaçinhos e soltá-los no ar, e poder dizer que não iria mais..
ai meu deus, ninguém soube e nem fez idéia do quanto eu estava mal por partir, por sair assim. é, ninguém sonhou.
até ontem não tinha sentido uma imensa vontade de chorar quando estava indo embora.
eu não sei o que está acontecendo comigo.
eu não conseguia mais esconder o quanto dói toda vez que temos que nos separar.
como eu odeio ver gente triste por minha causa, mas ontem, nem eu mesma tava me segurando.
e essa vontade toda no que foi dar ?
chorei.
chorei mesmo... assim que o avião começou a correr na pista principal, as primeras gotas correram junto e logo quando levantou, já estava soluçando, não dava pra saber se eu estava deixando o meu desespero sair ou se estava sufocando-o..
enquanto subia, só sentia as lágrimas rolando pelo meu rosto sem parar..
chorei mesmo.
não podia mais aguentar tudo aquilo, tava me sufocando e resolvi botar pra fora antes que eu morresse enforcada.
chorei por um bom tempo, as vezes só, outras quase estraçalhando a poltrona e querendo quebrar tudo que estivesse ao meu alcance.. e dormi chorando.
assim como quando passei pelo portão de embarque, andei o mais rápido possível, como se estivesse fugindo sabe ? como se quisesse me afastar do que está grudado, marcado em mim.
já não aguentava mais olhar pros lados, disfarçando, fingindo que estava tudo bem.
caralho, eu não sou e nem nasci no pólo norte!
a força de vontade que tive para não deixar transparecer que estava aos pedaços, foi quase sobre humana mas, creio que não deu muito certo.
perdi as contas de quantas vezes respirei fundo, quantos sorrisos forçados dei.
parei no banheiro para dar uma pausa e olhar meu próprio rosto.. por fora, uma fisionomia de indiferença mas por dentro..
mas ninguém compreende.
quanto mais fico mal, mais ironica e pessimista vou sendo, tudo isso para que de algum modo, eu saia daquela situação, para quando eu estiver só e somente só, deixar todo esse lago interno que tava transbordando esvaziar.
pois é..



tô cansada, tô triste mas é a vida.
e vamo que vamo.

07 dezembro, 2007

Cinza.

as vezes o que eu vejo quase ninguém vê..



é hora de dizer: Adeus.






quase sem querer.

06 dezembro, 2007

Shhhh.....

"Eu ainda ando pelas mesmas ruas, a cidade cresce e tudo fica cada vez menor..."

a vontade que sinto, quase uma necessidade, de ficar vagando sozinha pelas ruas está ficando maior a cada dia que passa. Afinal, é um paradoxo: milhões de pessoas nas ruas mas sempre me sinto sozinha, sempre.
me sinto assim em qualquer lugar que eu ande por aqui, não sei explicar.
creio que, num local específico eu tenha companhia e já até sei aonde é: cemitério.
aquele silêncio, todos ali.. praticamente ninguém passa por lá.
há uma certa compreensão, uma ligação...
só me resta aproveitar essas últimas horas de "isolamento"...
talvez seja isso.