28 dezembro, 2012

Perché fara bene, fara male. Elementare.

Viajar, viajar e viajar. Rodando sem parar, igual ao peao na mao de menino novo.  Quantas vezes voce vagueou na minha mente durante esse percurso? Andar nestas ruas e lembrar de voce com seu sorriso de covinhas, é como respirar um ar frio e sentir um certo desconforto. Olhar o quarto e deitar na cama onde voce me puxou e me beijou, é como tomar um drink e ficar insone, bebada nas lembranças. Há esse desconforto por conta do vazio que ficou. coisa tao incompleta. Do mesmo modo que veio, se foi. Minha cabeça roda algumas vezes tantas imagens de nós por aqui antes de finalmente, me desligar e dormir. É lembrar que fiquei de olhos abertos e vi algumas reaçoes tuas. Lembrar que a ousadia sempre partiu de voce. Seja me beijando no mesmo quarto que minha tia dormia conosco ou nao se controlando e soltando alguns ganchos na frente da minha familia. Olho pra tudo isso e fico muda. Nao sei se quero te encontrar por enquanto, nem se quero dizer ou ouvir qualquer coisa. Vazio pesado. Cabelos longos, sorriso fácil. temperamento fortíssimo. Descendencia italiana, ariana, 23 anos. Quem é voce? para onde foi?

- Vazio.

22 dezembro, 2012

Slap you, bitch. Kiss me.

Reunião.
Você me olha e eu ignoro sua presença por alguns segundos.
As outras pessoas puxam conversas alheias, cada uma no seu espaço e o tempo vai passando. Mas é você ou eu mesma deixar uma frase solta, que completamos. Quase sem querer, querendo. Então a risada sai forçada, fazendo de conta que nada dói, que convivemos pacificamente e tudo está OK. Começa a troca de presentes e eu te olho por um tempo, me pergunto quanto tempo mais vamos deixar passar pra acabar isso tudo. Me lembro que é uma queda de braço, dessa vez, travada com muito mais força. Então você, no seu jeito "não-sei-me-aproximar-e-odeio-quando-me-ignora-ainda-mais-quando-tenho-que-me-esforçar", vem pra perto, pára ao meu lado e fica estática... como se pudesse dizer em silêncio: "iai, você não vai dar o braço a torcer?" É grande a vontade de te abraçar e dizer: "chega, vamos parar de ser bobas. só diga que gosta de mim e que está sentindo falta, como eu sinto de você". Mas nada se ouve, embora o silêncio seja eloquente.
Subo na moto, disparo pela avenida e nos cruzamos. Decidimos de forma silenciosa nos acompanharmos por um trecho, moramos próximas. Só que mudo de direção; em cima da hora troco de pista e te deixo. O suficiente para plantar dúvidas na sua cabeça. E contra todas as expectativas, contra todo o seu orgulho ferino escorpiano, me manda uma mensagem querendo saber se cheguei em casa, tentando disfarçar uma preocupação que, eu achava que não tinha mais. Brota um sorriso no rosto, penso por um momento no que vou responder. E envés de te mandar: "por que ainda se preocupa comigo se não estamos nos falando?" respondo: "já estou em casa, cheguei antes do temporal". Agradeço sua preocupação e ganho um pesado "ok". Está fazendo um mês que discutimos.

19 dezembro, 2012

The truth about love



A verdade sobre o amor chega as 3h da manhã
Você acorda fodido e pega uma caneta
E você diz pra si mesmo
"Eu vou descobrir isso, eu vou descobrir esse código"
Estou cansada de todas essas perguntas
E, agora, é apenas irritante
Porque ninguém tem a resposta
Então eu acho que deve-se
Achar a verdade sobre o amor,
Como ele vem, e como vai embora

"Oh, você quer a verdade?"

A verdade sobre o amor é que ele é sujo e salgado
É o pesar da manhã, é o cheiro de sovaco
Suas asas e canções
e árvores e pássaros
É toda a poesia que você semre escutou
Te rasga, te joga pra baixo, 
É a caça e a matança
Os esquemas e as parcelas
A verdade sobre o amor é o sangue, e é coragem
Pão puro e lama
Tira seu ar porque deixa uma cicatriz
É fúria é ódio
E eu sento esperando passar
A verdade sobre o amor.

12 dezembro, 2012

Beijo


Um carinho que cai bem e nos deixa molenga.

10 dezembro, 2012

Céu.


Acordar pela manhã, parece que perdi 15 kilos de tanto cansaço que sentia.
Férias, você chegou! e estou contente com sua presença. Quero ler meus livros [pelo menos 15], ficar um pouco mais quieta... ok, nem tanto quietinha assim. Sair fotografando por aí.
Ontem tive certeza de que escolhi [ou fui escolhida] o curso que era minha cara, além de compreender que mudei muito. Revi professores essa semana, algumas despedidas, como a minha turma da faculdade se formando e ficar a sensação de órfã. Na verdade a sensação real é de um pássaro que está pronto para o vôo solo, na beira do penhasco. Um sentimento diferente, não de perda.. mas talvez o significado de ser só. De que encontramos as pessoas em nossas vidas e elas ficarão por tempo indeterminado mas um dia, iremos para outros locais, outros sonhos e objetivos. A chegada é a meta mas o percorrer do percurso que faz toda a diferença, saber aproveitar esse processo... liberdade, enfim.

05 dezembro, 2012

última semana


já sentindo pousar as costas no mar verde. Férias.

30 novembro, 2012

Trembling


Descendo, degrau a degrau do próprio interior. Paredes rabiscadas, densa atmosfera através do calor abafado pelas baforadas de incontáveis vozes no mesmo ambiente. Cada rabisco é uma frase dita e ouvida. Vai perambulando pelo corredor infinito da memória, toca essa parede e pode sentir na palma de sua mão cada corte, todos os milímetros das palavras que foram ali inscritas seja com tinta, ora com o próprio sangue. Fecha-se os olhos para adentrar um pouco mais, num espaço onde a intensidade é tão voraz que paralisa a dor, anestesiando. 
Fecha-se para os estímulos exteriores, nem pessoas, nem drogas de quaisquer circunstâncias a tiraria desse calabouço, seu labirinto, seu mundo. A luz não existe neste espaço, cortou fora para não ficar cega pela brilho. Na escuridão aguça outros sentidos que não sejam os próprios olhos, tão míopes para enxergar a própria realidade, amarrou a fera que ruge e urra a todo instante. Já não sente medo de morrer, mas uma angústia tão singular, como que se fosse possível, pediria para o animal soltar-se antes que ela mesma, num ato impensado, solte-o e acabe logo com esse tormento. 

28 novembro, 2012

S.


- And you know what? Fuck ya all!

Aí você: é, você mesma que tá aí lendo isso o que eu digo, está me comendo com os olhos. É bom pra você? a fantasia te satisfaz? Não tem problema, desencana por que eu também te devoro, cada pedacinho quando te vejo. Já me acostumei com esse filme. Um exercício.
Você é capaz de contar quantas vezes me viu pelada? tomando banho ou me trocando? quantas vezes você já tirou minhas roupas sem ter tocado a ponta dos dedos no meu corpo?
Quantas vezes já te vi nua em pelo, ou das vezes que já toquei seu corpo seminu ou ainda, das vezes que você tirou sua própria roupa num tom exacerbado de provocação e se mostrou a mim? pf. horrores de vezes. Um jogo. 2 presas pedradoras, sabotando o quanto é possível [e impossível] o desejo, o gozo. Tem coisa mais sadomasoquista que isso? Tô falando muito sério.
Esquece esse papo de amorzinho, de bonitinho... tudo com "inho" coisa pequena, supérflua, mixuruca. NÃO. N-Ã-O! Tô falando de foda. Daquela que você urra, quer comer e ser engolida ao mesmo tempo pela pessoa, tem vontade de matar [sim, extermínio] o outro e introjetar tudo. Que dá uma vontade absurda de bater, machucar, provocar ao extremo todas as sensações e ser levada por elas. De agarrar as costas e cravar as unhas dos dedos que deixarão cicatrizes. Puro instinto, a primazia da libido em plena explosão corpórea. Desejo de anaquilação, morte. Se morrer assim, tá ótimo por mim.

27 novembro, 2012

(A)pena.



"Eu não tenho medo do amor. Eu tenho medo é de amar quem tem medo dele. Amar quem teme o amor é como se apaixonar por uma sucessão de desistências.
(...) só quero celebrar as minhas flores de dentro da forma mais adequada. Eu não tenho mais tempo para ser aquela pessoa certa na tua hora errada."
(Marla de Queiroz)

24 novembro, 2012

Caixotes para mudança.


Fazer faxina não é algo agradável por que é rotineiro. Necessário, além de benéfico.
Essa semana começou a "arrumação" aqui em casa. Mas não só onde habito quase toda a parte dos dias, como no interior da morada em que vivo nesses 23 anos. Como se livrar daquela roupa que não é usada  a mais de 1 ano e está lá, guardada no armário ou os papéis que jorram pelas gavetas, mesinhas daqui. Aqui dentro, a coisa andava num total regime de Bakunin, anarquista, quase a teoria do caos. É, acho que acordei do piloto automático e me encontrei numa zona. Começar a perceber o que não lhe faz falta, que a dependência é algo relativo... é como se de repente, tivesse colocado novas lentes em frente a retina e pudesse enxergar o mesmo mundo mas totalmente diferente do que era visto anteriormente. Perceber que a mão não fica suada, ou aquele aperto chato no peito quando sai sozinha é bom. Que você vai ao cinema só e isso basta. Sai e vai para o barzinho, livraria [ou para o raio que o parta] sem temor algum. Cair a ficha de algumas pessoas, é bacana... mas quando a sua cai lá no fundo e você mesma ouve o "plim" é outra história. Quando você consegue descobrir algumas coisas como essas, vem um silêncio bom. Uma paz.
Minha conta no banco estava de pernas para o ar a alguns meses, e eu nem querendo saber do saldo, puro medo de descobrir o rombo. Mas que besteira... se quero resolver, não dá pra ficar fugindo né? Pois bem, não dá pra martelar o prego se está vendado e resolvi por fim, enfrentar a medusa. Hora de apertar os cintos, de encaixotar  todas as lembranças de uma vida vivida nesta casa por 17 anos. Com carinho, vou me despedindo deste lar aos poucos. 
Já estamos quase no fim deste ano me dou por satisfeita com tudo oque ocorreu. 2011 foi problemático em todos os aspectos, 2012 foi [ainda está sendo] o espaço para resolução, a grande "faxina". Agora me preparo para fazer algo que não ocorria desde os meus 14 anos. Planejar a longo prazo, longuíssimos prazos... com a diferença de entender que no período de execução das metas, preciso viver. V-I-V-E-R cada pedacinho dessa caminhada, de sentir todas as coisas. Não de apenas me focar totalmente e deixar a vida me levar. "Será um longo e rigoroso inverno" e quem disse que eu não gosto dessa estação? 
Vem ano novo, que já to quase pronta só pra você!

22 novembro, 2012

Hoy me voy!


Que sensação gostosa!
Embora que por pouco tempo eu tenha ficado na casa dos meus avós, me fez um bem danado. Poder colocar a cabeça no travesseiro sem chorar de angústia por gente que não merecia a muito tempo... ah, tava precisando me reencontrar dessa forma. Tava precisando reencontrar algo que lá no fundo do meu ser eu havia deixado guardado, num canto escondido. O amor próprio. Ele que vez em nunca me dá o ar da graça... já estava mais do que na hora. E é um bem estar tão bacana, é um explodir pra dentro! daqueles que você não tem vontade de gargalhar até a barriga doer mas de um sorriso tímido de canto. Como se pudesse ronronar. Catártico, LI-BER-TA-DOR. Como o vento que passa na vagina desta mulher acima na fotografia. Vomitar tudo oque estava aqui, preso... que alívio.
Se viesse o choro, não seria de tristeza ou desespero... é desse bálsamo que quebrou as antigas algemas que me prendiam. Abrir as asas e alçar um voo majestoso. Como se tivesse dormido a muito tempo e depois que acorda, se espreguiça inteira e levanta para dar os primeiros passos. Entende? 

21 novembro, 2012

Cara bonita,


Como é estranho os modos de agir do bem querer alheio... geralmente uma via totalmente invertida, contraditória.
Seria tão mais simples se nós tivéssemos a humildade de despir-se de tudo. Orgulho, medo, conceitos, dores e anseios... mas como bom seres imperfeitos, vamos tomando doses cada vez maiores de individualismo com relação à tudo. Costurando as tramas soltas com essa agulha enferrujada, amarrando cada parte que tenta ficar livre. Essa indiferença, coisa "morna" que paira na vida no belo exemplo de: ah, se der deu, se não der... f*da-se. 
Ok. Aonde foi parar o desejo? alguém o viu por aí? não?

Pois bem, as vezes por ser demasiadamente intenso, pesado: insuportável.... acaba sumindo, se esvai pra algum lugar que ninguém conhece, nem tem acesso. Muitas pessoas podem achar que é normal, que é assim mesmo. Não me conformo com isso, não dá. "Não rola" viver assim nessa mornisse!
É como tomar uma sopa sem sabor, ou comer chuchu. Sonsa, sem gosto de nada. 

Apesar de pertencer a um signo que aparentemente é lembrando pelo equilibro, nunca fui o ás do mesmo. Francamente gosto das coisas que foram feitas pra não durarem, tortas, fadadas ao fracasso. Tons pastéis sempre me enjoaram. O negócio mesmo são as cores vibrantes, com carga. As alegrias intragáveis, dores insuportáveis, solidão infinita. Nada é pequeno, pouco, pela metade? Sei lá. Tá mais para uma estrela cadente do que planeta. 
Me queimo, afogo, quebro todos os ossos do corpo na queda. Me canso, recolho, "fechada para balanço". Reabro e começa mais uma vez, denovo: o que não é novo. É como usar e abusar de algo e enfastiar-se dessa coisa. Dá-se um tempo pra depois fazer uma vez mais.
Aí eu vou olhar na sua cara e dizer: "olha, não vou te falar que é fácil, lindíssimo e záz por que NÃO É. Vale a pena, tudo. Então por favor pare e preste atenção no que está acontecendo, bem aí na parte de dentro. Tenho minhas dúvidas e se quer saber? sou cagona. Mas tô aqui. Vou morrer várias vezes e cada uma delas vai ser dolorosa. Mas prefiro sentir isso tudo do que ficar imaginando como poderia ter sido."

19 novembro, 2012

Buzão

"Quero colo! vou fugir de casa... posso dormir aqui, com você?"
Pedi arrego, decidi dar um tempo pra minha cabeça. Assim, como quase que do nada.
Ficar uns dias perto da minha avó, vô e tia... tava sentindo falta.
As vezes o que a gente precisa mesmo é um pouco de paz, carinho. Tô carente, sério. Não sexualmente falando, mas tô quase uma pedinte de rua por aí.
Eis que então, no chá de panela da minha amiga, decido por fim: embarcar.
dar um tempo.

15 novembro, 2012

Súbito.

01:27 da manhã.
Acabo de ler uma carta de tempos atrás. Um silêncio profundo reina...
Fazia muito tempo que não pensava em você, tempo mesmo.
Procurei as últimas 3 cartas que escrevi mas não mandei, não achei. Devo ter deletado.
Não sei se quero dizer algo ainda, não é o momento adequado. Creio.
Só posso escrever que começo a me preocupar com toda essa situação que anda ocorrendo desse lado aí.
Deixo essa barra piscar por longos minutos... Faço uma viagem enquanto esse tempo corre.
Deixemos o tempo desfilar. Soberano como é, revelará no momento certo os pontos cegos dessa trama.

"quanto tempo passará? e esse tempo corre diferente".

07 novembro, 2012

Uh uh uh Heavy metal lover.

Menos de 24 horas pra apresentação do meu TCC e eu não estou nem aí. O que vem me dando frio na barriga é o embarque no avião, paulicélia desvairada!!!!

Toda vez... TODA A BENDITA OU MALDITA VEZ que vou a São Paulo SEMPRE acontece algo que me faz pensar horrores. Na última, me senti uma personagem do Caio Fernando Abreu, num hotel moquifo da rua augusta. Deu pra compreender por um tempo limitado a angústia de solidão que ele tanto comentava em seus livros, a volatilidade das pessoas, dos votos eternos, do mofo, velho, podre... "sáscoisas". De você andar sozinha na rua as 2 da manhã, depois de trollarem no trem e você quase se ferrar, por que era o penúltimo, pega o último e a estação já tá fechada... você tem que descer na marginal Pinheiros onde só tem craqueiro e manolo. Não ter um puto no bolso, morrendo de frio, sono e se segurando pra não chorar por que não sabe aonde está, procurando desesperadamente uma estação de metrô que insiste em se esconder na selva de pedra, ter que sentar e esperar dar 5 da manhã pra abrir essa merda pra voltar pro moquifo. Ou seja, se você acha que tá fodida, calma... espera, sempre tem como piorar. É aí que você dá graças a Deus que tem uma casa, cama, família, amigos... você tem pra onde voltar. Sampa....  desde os meus 15/16 anos provocando as mais variadas experiências na minha vida, das mais felizes as mais tenebrosas.
Ir NA CARA E NA CORAGEM assistir o show da "mother monster" vai ser uma experiência única [além de kamikaze], estar num mar composto por quase 70 mil pessoas... as pontas dos dedos já começam a formigar. É sair de lá fritíssima, ir para o outback, comer, comer, beber loucamente, jogar conversa fora com uma amiga  minha que também passa por esse momento "desapego" sentimental. Tem balada? tem sim senhor, mas preciso descansar.. afinal de contas, no outro dia serão mais de 4 horas levando agulhadas sem parar pra terminar a primeira parte da tatuagem.


 Estou nervosa. Fazer isso tudo sozinha tá me dando medo. Espero não desmaiar como quase foi agora pra furar os 6 locais na orelha. Preciso voltar viva, sã e salva ainda na mesma noite!
Por que já no outro dia, é apresentação final do seminário integrador... mas é quase certeza de que não terei voz, depois de tanto gritar loucamente esmagada na grade? na frente da Lady Gaga? ahhhh meu bem... quero é mais é que se f*oda. Só tenho mais 8 meses pra aproveitar tudo o que eu puder antes de me mudar, por que depois vai ser osso.
Que venham as viagens, as loucuras, o suor, a dor filha da puta, as roubadas [são com elas que mais aprendo], as bebedeiras, sorrisos, comilança, pés moídos, amores descartáveis. São Paulo, um amor bandido confesso. Que me droga, suga, usa, faz o que bem entender da minha pobre alma... Me faz viver como a pior das cafetinas. Me faz cada vez mais ficar perdida de amores por você, sua louca. Te amo.


05 novembro, 2012

Insensatez.


Enquanto fico com mais de 12 abas abertas procurando informações sobre roupas adequadas, mochilas cargueiras, botas e o cacete a quatro... Minha cabeça procura resquicios de você por aí. 
- Que desastre. Penso.

Nem mesmo no treinamento da empresa conseguia me desligar disso. Nem todas as estratégias mencionadas foram capazes de me tirar na cabeça o que houve noite anterior. Aliás, parecia que iam de encontro ao ocorrido. Uma tortura.
- Mas que merda. Penso uma vez mais.
Há mais de 5 anos numa graduação onde você é treinado exaustivamente para ler: comportamentos, falas, gestos, tons, entrelinhas... enfim. Deixei passar algo tão besta, tão... na cara. Fecho os olhos e certos trechos do pequeno príncipe vem me dar os tapas merecidos na face. Que faz doer um pouco mais. 
Não se trata de ser "assertivo", de ser formal. Se trata de sentimento, de carinho, respeito, de amor.

Escrevo, teclo, rabisco mas não me é suficiente. Nessas ocasiões só escrever não basta, tem que dizer. De maneira clara e muito bem audível. Nem Tiziano Ferro gritando aos meus ouvidos poderia ser mais eloquente do que uma simples declaração:

Eu fui uma completa idiota e ignorante, por favor: me desculpe.



"O principezinho jamais renunciava a uma pergunta, depois que a tivesse feito.
Mas eu estava irritado com o parafuso e respondi qualquer coisa:
- Espinho não serve para nada. É a pura maldade das flores;
- Oh!

Mas após um silêncio, ele me disse com uma espécie de rancor:
- Não acredito! As flores são fracas. Ingênuas. Defendem-se como podem. Elas se julgam terríveis com os seus espinhos..."

28 outubro, 2012

Embarque próximo.

Fazia muito tempo que não sentia algo assim. Acontece que me é tão límpido, vital de tal maneira que me afeta imensamente... sendo que ainda há muito tempo para ser percorrido. Intensidade, é isso. Me sangra diariamente, como se fosse um último respiro, aquele ar que você puxa e depois de apreciar cada espacinho que ele preencheu, vai saindo... te deixando e a cada milésimo você tem a mais consciente realidade de que depois disso, não haverá mais. Acabou.
Desde todo o processo de adoecimento/perda da minha mãe, uma luz vermelha veio brilhando cada vez mais aqui dentro... Preciso de um tempo pra mim, preciso andar com meus pés e sentir que é essencial. Preciso sentir essa ausência, ter a "falta". Por senti-la, já descobri muita coisa mas preciso de uma paz para meu crescimento... e isso só se faz em silêncio e percepção. E é incrível como apenas o pensar nesse aspecto já me brotam lágrimas. Dessa vez não vou mais sabotar essa viagem... sei que você vai estar comigo, sei que a cada passo dado, vou de encontro a mim mesma. Sei também que quando minha mochila pesar demais e as pernas começarem a fraquejar, você estará lá me empurrando... Como dói crescer, se libertar de tanta coisa... vou com a certeza de que ao partir, não retornarei da mesma maneira, jamais.


"Um homem precisa viajar. Por sua conta, não por meio de histórias, imagens, livros ou tv. Precisa viajar por si, com seus olhos e pés, para entender o que é seu. Para um dia plantar as suas próprias árvores e dar-lhes valor. Conhecer o frio para desfrutar o calor. E o oposto, Sentir a distância e o desabrigo para estar bem sob o próprio teto. Um homem precisa viajar para lugares que não conhece para quebrar essa arrogância que nos faz ver o mundo como o imaginamos, e não simplesmente como é ou pode ser. Que nos faz professores e doutores do que não vimos, quando deveríamos ser alunos, e simplesmente ir ver. 
Amyr Klink"

26 outubro, 2012

Sinais.



Eu poderia dizer milhões de coisas, relatar inúmeras memórias. Poderia colocar ordenadamente uma trilha sonora que duraria uma semana, sem parar. Até poderia à exaustão, tentar lhe explicar tantas coisas como; as posições das constelações  nomes de coisas estranhas, locais inóspitos, fotografia e derivados, teorias mil, a vida/morte e um bocado mais. Mas, não acho explicação para um questionamento simples até: "por que gosto de você?" 
Já tentei por muitas noites a fio (dias eu já nem conto mais) e essa primeira questão fatalmente levou-me a segunda (como você me leva nesse "quase" eterno pique-esconde) na qual é: "o que eu faço com você?" Em quase 3 anos essa pergunta latejou pela minha cabeça incontáveis vezes. É ter que me deparar com cada momento, a cada detalhe, olhar, gesto, palavra, tom e principalmente o não dito.

Muito mais que fera, ferida funda e que pulsa. Não há como negar, há algo entre nós que não se explica; não por palavras. Apenas por pequenos gestos, raros olhos nos olhos. 
Depois de tanto buscar uma lógica racional, cansei. "Parei de pensar e comecei a sentir" e foi com essa mudança que comecei a compreender esse microuniverso, esse fio invisível mas poderoso que nos atou em intrincados nós.
Algo tão frágil que poderá se desintegrar como poeira no vento. Tão sólido como um diamante. Tão distante  quanto NY e cuiabá... tão perto quanto sua respiração em meu rosto.
Já te procurei inúmeras vezes que me perdi. Ao me perder, você me encontrou.

A sensação que me toma é de que não haverá um ponto final. Muito mais que poderíamos imaginar, bem mais que eu gostaria de admitir a mim mesma; "você é". Não há definição. Nem em uma palavra ou um livro com mais de 500 páginas bastariam. Não compreendem coisa alguma disso tudo. Nem eu e nem você temos a exata noção (ou temos e fingimos não conhecer) do que é.
Apenas posso dizer que sinto, como um veneno circulando pelas veias. Algo que só sabe quem passa na pele. Enfim, o que sei do que sinto? É forte, grande.

Mas nada te falo, embora tudo lhe explico. E nem precisa... você sabe, sei disso.

e como sei?
Por que quando finalmente te olho, você sente. E como sente.

E você? nada dirá.

22 outubro, 2012

The black mirror



Quem eu sou ?
A luz revela-se como num relâmpago, um flash, fagulha, veloz.

Tantas coisas, tantas voltas, tantas pessoas, tantos amores, tantas dores, desilusões, corpos, rostos, cheiros, gostos, gemidos.
Pegar o caminho de volta pra casa, ir mais além. Ser prestativa, ser de ninguém. Quem?
Não sei dizer além do que sinto, pouco vejo e o que observo não são os olhos que me revelam. Palavras na direção contrária dos corpos exaustos de travar uma guerra santa, vã. Render-se. Anunciada, doce, ardente como uma queimadura recém feita. Não existe trégua nem pra você, muito menos para mim.
Quem vai dizer que entende o que se passa? Quem de nós quer de fato dar o passo contrário da aproximação, que vai soltar as mãos? Mesmo dizendo o protocolo politicamente correto. Antes era suspiro, agora é grito. Tão desesperador, tão urgente que paralisa, estremece, baixa a guarda, olhos e braços.
Uma droga, possessão e já estamos ficando fora do controle e não estamos mais preocupadas. Em contagem regressiva?
23 anos.

15 outubro, 2012

Tesouro



Siga a trilha.

10 outubro, 2012

Receive


Não sei se esse curso é maluco, ou esclarecedor demais... vai deixando a gente assim, meio seca, meio que polindo os vidros da retina demais. Quando você não se sujeita mais a algumas coisas, que não tem paciência para outras, que passou o tempo. Que apesar das dores, sabe a direção a seguir, as vezes nem tanto assim mas só sente que tem que dar um passo. Foi bom conversar com meu supervisor depois dos relatos da clínica e poder desabafar com ele sobre alguns aspectos e acontecidos da minha vida. Poder perceber que alguém compartilha da sua visão é consolador... mas se o que me serve de real consolo é poder compreender que acima de tudo, ainda tenho a vontade de me respeitar: meus desejos, as minhas inseguranças, limites. Entender e sentir que não entrar em jogos alheios provoca a perda de alguém, mas que  minha liberdade é algo muito mais caro a mim, sem dúvidas. Não estou disposta a sujeitar-me uma vez mais a caprichos alheios, ainda mais sem motivos. Pouco me importa que você tenha tudo, ou merda alguma;  importante é que queira estar ao meu lado de fato, verdadeiro e sincero. E se não for pra ser assim, dê meia volta e faça-me o grande favor de não tentar me procurar ao acaso. Um peso e preço a serem pagos que estou definitivamente disposta, mesmo sangrando. 

03 outubro, 2012

Awwwn


Vontade de abraçar e não soltar mais!

26 setembro, 2012

"Tchac"


Primavera chegou mas ainda há resquícios de um inverno duro. Essa estação específica faz o convite para introspecção  um recolhimento para o que é essencial à vida, algumas perdas, escolhas serão feitas. Como a flor podada, guarda suas flores para num futuro próximo e remaneja sua energia para o crescimento de novos brotos, aonde terão lindos botões adiante. 
Não sei dizer ao certo, mas há uma  flor que há tempo toma minha atenção; há galhos extensos que produzem belas flores vez enquando, porém espinhosos em demasia. E há brotos que já floresceram  quase sem espinho algum. Minha mãe me ensinou que os galhos velhos vão ficando grossos e cada vez menos produtivos, sendo necessário fazer a poda para que dê lugar a novos brotos. Então pego a tesoura e vou aparando... mas ainda me recuso cortar esse galho específico. É como olhar para uma rosa que chora. Embora velho, ainda vivo. 
E quando se trata de cortar laços?

14 setembro, 2012

Never close.


You know that I wish that
This night would never be over
There's plenty of time to sleep when we die
So let's just stay awake until we grow older
If I had my way we'd never
Close our eyes, our eyes, never.

06 setembro, 2012

Para alguém².

Tão pouco tempo em que nos conhecemos, tantos desencontros e problemas em ambas as vidas. As histórias contraditórias, sofrimentos e dores que espalham-se como névoa. Parece que sempre há algo que não nos deixa permanecer perto, sempre tem um motivo, uma razão, uma vírgula maldita que nos separa, distancia. São as circunstâncias, as discussões, os afazeres. Mas por mais que hajam barreiras, voltamos a nos encontrar, insistimos em nos ver, persistimos nessa guerra que é a tentativa de ficarmos bem, de estarmos ao lado da outra. No passado, eu perdi. No presente, você acaba de ter uma perda irreparável.
Me lembro bem que a pessoa que eu queria mais ver naquele dia era você, sim, recordo-me vagamente. E houve briga, e teve coisa jogada na cara, frieza, desapontamento, arrependimento, a volta, um retorno, um abraço longo e emocionado, companhia silenciosa. Hoje ao acordar e ler a notícia trágica enviada ainda na madrugada, paralisei. Cruzar a porta do apartamento onde mora e não consegui sequer te abraçar, eu não sabia o que fazer. Te vi ali tão frágil, tão desesperadamente gritando socorro e ao mesmo tempo se segurando não sei com quais pontas e força do além.. não fiz nada.
Só queria que você coubesse num abraço, num pequeno consolo que nesses momentos necessitamos tanto, não sabemos pedir, sequer temos força pra isso. E foi "simples como segurar sua mão" e me sentir pequena diante da dor que escorria pelos teus olhos, como um rasgo, um tiro, cortou e o sangue se esvai com intensidade, não dá pra dizer nada. Ao mesmo tempo que passa tantas coisas na cabeça, não fica nenhuma delas pra comentar. Ver sua defesa ruir diante de seus familiares e assistir um choro convulsionado, de dor, desespero, angústia desenfreada correndo não só pelo corpo, mas engolindo qualquer coisa que tocava.
É sem querer mas já fazendo uma comparação quando você entra em campo. O peso do mundo nas costas, sabendo que terá de cruzar até o final da linha. será espancada por todas que lhe encontrar, aguentar calada algo que é tão pesado... assistir à tudo isso e não poder dizer nada, por que absolutamente nada terá sentido agora, não se faz necessário, dói. Uma dor de ver alguém se debater na própria angústia de solidão. Que suplica por ajuda mas não consegue aceitá-la. Por dentro, estou em cacos e quero te por no colo, chorar junto, e apenas saber que quando disser: "tô aqui" é mais do que o suficiente. Mas há um silêncio mais pesado e poderoso que nos rege em tudo. Pior que cola super bonder. Apenas estendo minha mão ao encontro da sua, apenas te olho e contemplo seu sofrimento, padecendo junto. Apenas.
Eu te quero sim, sem dor.

29 agosto, 2012

Sunday



"Uma tarde de sol, baixando. Pode ser um domingo também, que tal?
Feriado então ? ok. ah, mas terça também é um dia bom. A realidade é que não importa qual dia seja, desde que aquela hora, seja como uma tarde de sol, baixando.

Pode até ser de manhã, que vimos chegar. Até pode ser noite, enfim.
Por mais que tenha um tcc chatíssimo a ser feito, 6 horas de clínica, um trabalho para ir e bater ponto, que levantar às 8 da manhã e dormir quase uma ou 2 da madrugada. Ainda assim, é uma tarde de sol."

16 agosto, 2012

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"Há um par de passos à andar pela grande maçã. Não é centopeia, de cem, mas de "sem"; falta: ausência.
Esse mesmo par andante procura pelos quarteirões da cidade gradeada algo que remete à outro par. Este par corre pelas avenidas quentes, dispara para que o tempo ganhe ritmo, apresse-se, para diminuir, comprimir a distância.
É como um esforço para unir as pontas de dois fios soltos em uma trama. Quase que sobre-humano. como tentar suprimir o espaço entre dois continentes.Quase tão simples como um abraço que propicia o reencontro, "o encontro": linha de chegada, o zero absoluto, fim? Não seria.Não é o ponto final, apenas uma vírgula. 
Quando as lágrimas correram lançando-se ao desconhecido, o par que alçou voo rumo ao novo. Houve a revelação; a atriz retirou sua máscara na peça. Turbinas ao máximo, provocando o solavanco, o barulho ensurdecedor que cala tudo: solidão canta junto com os pares. Que melodia estranha.
Cai as gotas, avião decola, alguém partindo, ausência alastrando-se como raiz.
Apenas um par saberá este singular som, dois. Cúmplices do mesmo segredo, vagueando pelas esquinas do mundo... seguem caminhos paralelos, observando se fará curva. Faz a volta 
- Retorno?
Uma espera, uma saudade, uma viagem, uma pessoa, uma aeronave: 1. uno. Unem.
Vazio que é sentido, quando é encontrado: acaba.
O zero."

12 agosto, 2012

Dress to.


Levantar cedo, ir às ruas, passos, passos, passos e mais passos... 8 lojas.
Prova um, dois, três; não ficou bom. Anda mais um pouco, achou. São 3.
Com qual vou? e o sapato? uso brincos maiores? e a maquiagem? armo o cabelo? não? sim?
Quanta coisa. E lá vem mais uma cerimônia.... e lá vem mais olhares, comentários, lá vem família, amigos, curiosos de plantão tentar sacar algo. Então já que é pra ser olhada, já que a especulação vai rolar solta no meio de tanta bebida e música, vamos à altura.
Que seja o paetê fosco, o salto agulha e a maquiagem prata.
Pouco importa as especulações, a curiosidade alheia, inveja, ciúme que brotarão como num passe de mágica. O que de fato importa é o que você vai fazer quando eu me aproximar... que cara fará? o que notará? será que vai achar isso ou aquilo?
Sabe o que é engraçado? é que nós, nos arrumamos, desarrumamos, pensa 1, pensa mil... na verdade a gente se arruma pra ser desarrumada; por um alheio.
Fico me imaginando tirando peça por peça da minha roupa e apetrechos em sua frente. É com esse pensamento que me arrumo. Me ajeito pra você vir e desajeitar-me do jeito que lhe convir. Talvez você, ou nós, ou só eu terá bebido tantos shots que não passará nada na cabeça.

07 agosto, 2012


"I'm walking on sunshine"

29 julho, 2012

"Lá vem ela"

"Abre a passarela que eu quero desfilar"
Seria um desfile das contradições? diria que está mais para uma mistura "interessante".
Cara de dondoca, fútil, dignas das patricinhas de belery hills. Mas peraí, qualquer uma dessas personagens não meteria a mão na bosta de uma vaca, cascearia um carneiro, ou faria inseminação em qualquer outro bicho. Patricinhas passam seu tempo comendo comerciais, engolindo quilos de maquiagem, e vomitando horrores de asneiras. Não, ela definitivamente não está nesse grupo... embora a coroa de miss possa pender pra esse lado. 
Grande; não por conta de sua altura/envergadura, imensa em generosidade, companheirismo, amizade, carinho. É fogo viu. Do fogo; um simples sopro e inflama, expensão, toma tudo o que está ao redor, calor, intensidade, consome. Uma simpatia que derrete [ou queima de uma vez?] as caras feias alheias, pudera também... fazendo estágio por 2 anos com a chatisse encarnada. Até que agora faz sentido esse curso, não sua cara... A personalidade forte, decidida.
Primeira imagem mental: bota, chapéu, barro, cerveja. Segunda imagem: traje black tie, maquiagem, salto, faixa, coroa. Imagem real: calça, tenis, blusinha e "um sorriso encantador".
Dona de si, encerrou um ciclo recentemente, encerrando outro. "transformações".
Entrou, e no tempo certo! de forma leve, do jeito simples, direto, no tempo que tem que ser.

 

21 julho, 2012

Sexta, 20 de julho de 2012. "memorável"


            [essa foto, é da carreta onde estava o gabriel e seu pai, que infelizmente faleceu]


Conversas, de repente desvio de 3 carros, poeira e um milésimo de segundo depois: explosão.
- Tia, o que é isso?
- Não sei, acho que foi acidente.
- sério?! não pode ser!
- CARALHO FOI UM ACIDENTE, ENCOSTA O CARRO QUE EU PRECISO DESCER!
corrida, duas carretas em chamas, um garoto desesperado com os braços queimados.
- Tem alguém ali?
- Meu pai tá lá!
- Aonde?
- Lá! [aponta pra carreta totalmente em chamas]
e por 2 segundos olhei aquele garoto e senti uma cumplicidade com ele.
explosões de pneus, mais corrida.
- Tem alguém ferido aqui nesta?
- Tem!
- Aonde? 
- Ali dentro do mato!
- Vamo gente! tem que ser rápido!
-  SAI DAÍ QUE VAI EXPLODIR ESSE TAMBOR DE ÓLEO!
- [um homem pálido diz]; cara... vai alguém lá que eu não vou dar conta... o cara ta sem uma perna e um braço.
- carregam o outro caminhoneiro ferido.
- Trás pra cá, pra cá gente! vamo, vamo vamo! Deita ele aqui. Preciso de panos, coberta, lençol, QUALQUER COISA PRA ESTANCAR O SANGRAMENTO!
- Qual seu nome?
- "dico"
- Oi dico, me chamo Francis, sou socorrista e tô aqui pra te ajudar.
- tô sem perna dorna..
- Não, não está. mas está bem ferido.
sangramento estancado do joelho esquerdo lacerado, estancando sangramento da cabeça.
- Oi, meu nome e Sivaldo, sou socorrista, precisa de ajuda?
- Preciso, ele está com uma lesão grave no joelho esquerdo, laceração severa e um ferimento na região do crânio que não consegui avaliar, está sangrando mas foi pouco sangramento.
- Ei moça, tem um garoto com os braços queimados e ele tá precisando de ajuda!
- Silvaldo, vou lá.
Mais explosões..
- Qual é seu nome?
- Gabriel [chorando]
- Qual é sua idade gabriel?
- 14. tia, tá doendo muito! faz alguma coisa tia pelo amor de deus, me ajuda!
- Gabriel, você está com queimadoras de 2° grau, a única coisa que posso fazer é jogar água pra resfriar sua pele, mas prefiro passar soro e a ambulância do SAMU está chegando.
- tia ajuda meu pai, coitadinho do meu pai meu deus do céu! ele tá lá e não conseguiu sair e tá morrendo queimado tia!!!
[silêncio]
corre mais uma vez pro primeiro socorrido.
- Dico? você me ouve?
- Tô aqui dona.. tô com muita dor na perna.
- Não meche ela agora ok? sei que tá doendo mas não pode mecher agora...
- Você tem filhos, família dico?
- Tenho 2 filhos, perdi minha mulher. são 2 meninos, meus documentos tão na  minha carteira, no bolso.
- Que bom dico, você vai voltar pra eles ainda hoje, fica tranquilo.
- Não vou dona, vou morrer aqui, tô sentindo... mais 10 minutos e eu vou morrer.
- Não vai ser dessa vez dico, você tá bem.
- Minha mulher tá aqui dona.
[pausa, chama pela mulher, pedidos de perdão, choro..]
Ambulância do SAMU encosta.
Dico e Gabriel foram embora. Não sei da onde são e nem para onde vão... assim como eles não sabem quem eu sou. Mas de uma coisa tenho certeza: não vou esquece-los tão facilmente.


atraso de 4 horas na viagem, mas uma lição que nunca mais será esquecida.

16 julho, 2012

Acreditar;


Acredito na verdade, sinceridade e justiça
Acredito na liberdade como condição primeira, advinda do conhecimento e como consequência a responsabilidade pelos seus atos
Acredito no olhar cristalino das pessoas, no bom senso, no querer bem, no amor. 
Acredito que todas as coisas que passam na vida são de grande valia, um aprendizado de maior, menor grau... mas aprendizado contínuo.
Acredito na mudança de pensamento, de atitudes, de sentimentos, desde que mude por si mesmo e não por terceiros.
Acredito nas palavras, no peso que possam possuir [até por que o que nos define como "humanos" é a linguagem] mas acredito mesmo é nos fatos, nos atos em si. Aqueles pensados e principalmente, os espontâneos, impensados.
Acredito que a dor é um agente transformador e que depende apenas de mim mesma decidir como vou usá-la.
Acredito que a verdade é o melhor caminho para se viver bem, mesmo sabendo que não é fácil e muito menos agradável em todos os momentos.
Acredito que podemos ter uma vida miserável economicamente falando e mesmo assim, ser a mais rica das pessoas. 
Acredito na felicidade: não das grandes, mas aquela que está contida nas pequenas coisas como um abraço, uma pequena roda de amigos na tarde para uma conversa, um passeio a dois, na leitura de um livro.
Acredito que a educação ainda será usada como ferramenta de abolição da ignorância, dos pré e preconceitos, e que de fato a informação liberta.
Acredito que o passado revela muito de nós, nossas raízes que sustentam.
Acredito que Deus não é uma pessoa mas uma força que está presente em todos os locais e momentos, nos elementos da natureza e principalmente nos pensamentos e sentimentos positivos que emanamos.
Acredito também que o contrário desses sentimentos afetam apenas e principalmente as pessoas que os desejam e o sentem.

"Acredito em destino, mas interfiro bastante."

10 julho, 2012

:)



Já estava desacostumada com sorrisos compartilhados.
Feliz, apenas.

06 julho, 2012

The party is just begun


A primeira vez a gente nunca esquece.
Ansiedade a mil, sono, euforia, medo, alegria, agitação.
"como será comandar uma pick up por 1 hora numa festa badalada com pessoas desconhecidas?" logo menos terei a reposta ao vivo, em cores e alto e bom som!
e que seja bom.

17 junho, 2012

Pf bitch please.



Assim,
sééééério que era pra eu ficar triste? jura?

08 junho, 2012

Strip-Tease






Chegou no apartamento dele por volta das seis da tarde e sentia um nervosismo fora do comum. Antes de entrar, pensou mais uma vez no que estava por fazer. Seria sua primeira vez. Já havia roído as unhas de ambas as mãos. Não podia mais voltar atrás. Tocou a campainha e ele, ansioso do outro lado da porta, não levou mais do que dois segundos para atender.



Ele perguntou se ela queria beber alguma coisa, ela não quis. Ele perguntou se ela queria sentar, ela recusou. Ele perguntou o que poderia fazer por ela. A resposta: sem preliminares. Quero que você me escute, simplesmente.

Então ela começou a se despir como nunca havia feito antes.



Primeiro tirou a máscara: "Eu tenho feito de conta que você não me interessa muito, mas não é verdade. Você é a pessoa mais especial que já conheci. Não por ser bonito ou por pensar como eu sobre tantas coisas, mas por algo maior e mais profundo do que aparência e afinidade. Ser correspondida é o que menos me importa no momento: preciso dizer o que sinto".



Então ela desfez-se da arrogância: "Nem sei com que pernas cheguei até sua casa, achei que não teria coragem. Mas agora que estou aqui, preciso que você saiba que cada música que toca é com você que ouço, cada palavra que leio é com você que reparto, cada deslumbramento que tenho é com você que sinto. Você está entranhado no que sou, virou parte da minha história."


Era o pudor sendo desabotoado: "Eu beijo espelhos, abraço almofadas, faço carinho em mim mesma tendo você no pensamento, e mesmo quando as coisas que faço são menos importantes, como ler uma revista ou lavar uma meia, é em sua companhia que estou".



Retirava o medo: "Eu não sou melhor ou pior do que ninguém, sou apenas alguém que está aprendendo a lidar com o amor, sinto que ele existe, sinto que é forte e sinto que é aquilo que todos procuram. Encontrei".



Por fim, a última peça caía, deixando-a nua

"Eu gostaria de viver com você, mas não foi por isso que vim. A intenção é unicamente deixá-lo saber que é amado e deixá-lo pensar a respeito, que amor não é coisa que se retribua de imediato, apenas para ser gentil. Se um dia eu for amada do mesmo modo por você, me avise que eu volto, e a gente recomeça de onde parou, paramos aqui".



E saiu do apartamento sentindo-se mais mulher do que nunca.

06 junho, 2012

Notícias



"Eu queria que alguém
Me dissesse alguma coisa
Que eu ainda não sei
Que alguma coisa boa
Vai acontecer..."


E aconteceu.
Caralho, aconteceu! alguém me belisca? sério.
Depois de tanto tempo ficando quieta, gritando para as paredes, aguentando bucha... a verdade veio a tona. E foi tão, mas TÃO gratificante ver meu pai me olhar nos olhos e perceber que há mais de um ano veio segurando uma barra sozinha, que meu irmão negligenciava e ocultava isso a qualquer custo.
Foi bom ter não dormido direito, acordar cedo e ir apreensiva pra escutar o que ele tinha pra nos dizer. Uma, duas, várias notícias boas. Tava precisando.
Mesmo com essa chuva/garoa/chuvisco... Pelo menos quando estou muito feliz, sinto vontade de andar a pé. Assim como sinto vontade de sentir esse frio gostoso, o vento soprando na gente. Aos poucos, as coisas vão se arrumando. 

05 junho, 2012

:O



are u r sure? 

03 junho, 2012

Just carry.




The world is on my side
I have no reason to run
So will someone come and carry me home tonight
The angels never arrived
But i can hear the choir
So will someone come and carry me home

"Então, se no tempo em que o bar fecha
 Você se sentir caindo
 Eu te levarei para casa esta noite"

02 junho, 2012


Desligando em 3, 2, 1..

31 maio, 2012

29 maio, 2012

Lampião.


Sol; raie sob nossas cabeças
Que o brilho emanado pelo astro rei reflita não só sua luz, 
Mas a claridade do sentimento,
Límpido, águas do mar
Fundo lagoas; poços do coração.

O giro do planeta,
Compasso dos corpos na canção
Seja forró ou baião,
Mas que não seja só
Por que pra ser junto,
Precisa de  mais um
tu-tum, bateu
tu-tum: dois.

O frio que queima, 
Vento que abafa
Suor provocado pela lua,
Nua, a olhar e acobertar
As loucuras que outrora
Não poderia imaginar.

28 maio, 2012

Eia.


Esses domingos tem sido um dos melhores dias da semana, não por que não há o que fazer...
Nunca imaginei contar e conversar sobre coisas com meu pai e o amigo dele, de forma tão íntima e rirmos muito com tudo. Pedir conselhos, o que ele "viu da vida", dúvidas tantas que apenas pessoas que já experienciaram muito mais que eu, poderiam responder. brega, talvez? arrã.
entre uma cerveja e outra, risadas, algumas lágrimas, muitos sorrisos. Churrasco de domingo funciona assim, apenas com 3 ou 4 pessoas e fui muitíssimo bem.
Poder compartilhar esses momentos tem sido benéfico. 

25 maio, 2012

"22:08"

OMFG.
Parir um resumo/introdução para pesquisa em 4 horas. credo.
problemas, problemas, problemas, problemas e um pouquinho mais deles. Final de semana, sua linda! ainda bem que chegou.
Conversas noturnas, foi muito bom ter sentado numa pracinha e poder falar sobre tudo pra um amigo. expor cada pedacinho seu, até aquele que você não gosta, que é medonho mesmo... Conversar.
Uma garoa fina, vários gritos, discussão de casal que está pegando fogo. Coisas do passado, além.
realidade: ainda? surpresas.
Olha.. sinceramente não sei o que está havendo. Só sei que algo acontece.
O jeito é aguardar...

24 maio, 2012

Pôr do sol.



 E que não tem como fugir, é um esforço sem motivo tentar mudar.

22 maio, 2012



"Mas se um dia eu chegar
Muito estranho..
Tantas vezes eu quis
Ficar solto
Como se fosse uma lua
A brincar no teu rosto

Cuida bem de mim."


Porra nando, "sáshora?"
Ai, eu já enlouqueci. sério. só pode.
Fiquei zureta de uma forma tão natural. Como é de se esperar, por que toda sensação, encontro que tenho contigo. assim, natural. Já não me assusta mais, casei com você. Diariamente rimos de tudo isso, choramos por tudo isso, passamos indiferentes, dormimos.
Meu cérebro derreteu de tanto pensar, buscar algo racional pra algo que não tem, não existe. Tiro nos miolos.
Olho pro lado, não vejo nada que me interessa, vejo multidões, vejo um deserto.
Leio muito, tantas letras, recados, códigos, manuscritos, simplificados, criptografia da alma que aprendi a decifrar tão bem que agora minhas lentes estão desfocadas. Várias velas iluminando, luzes ? não. A pouca claridade que chega por aqui, vem lá de cima, do céu. Das estrelas e lua. Estrelada escuridão. Sempre brinquei com isso. Boêmia.
Cansaço vem esmurrando o portão com um porrete e não é canseira física. Coisa estranha que não havia aparecido aqui, estreante, debutando.
Fiquei louca, só rio dessa cumplicidade que sinto. Morri.
Claro que toda vez que alguém perguntar, por onde eu andar, o que vou fazer, jamais vão saber.
Pra que dizer a verdade? dar os diamantes [pérola é pouco] aos porcos?

"tire a minha máscara e deixe as mentiras para os mentirosos."


uau!

21 maio, 2012

"Today is NOT a good day"


21 de maio, 2012.
Fez 1 ano que você se foi.
Quantas coisas aconteceram... se desse pra eu contar, seriam dias sem pausa. Algumas notícias você acharia engraçadas, outras um pouco tristes. Talvez algumas delas você não concordaria... enfim.
Lembro de cada detalhe do dia 21 de maio de 2011. Cada parte, vírgula daquelas horas.
Houve apenas um momento onde me senti completamente só no mundo e foi um desespero absurdo, nada e nem ninguém poderia estar ali comigo, você se foi. Era real, real demais, duro demais.
Por um longo tempo desejei não acordar por muitos meses, até parece que fui enterrada junto.
Os problemas se acumulavam, as saídas se fechando. Sensação de claustrofobia.
Posso dizer que o que difere a gente de criança pra adulto é não ter mais mãe. 

Por que quando a coisa aperta, quando você cai doente, quando a vida te exige e não te dá tempo pra pensar direito, tudo o que você quer é deitar no sofá e gritar: MANHÊÊÊÊÊÊÊÊÊ!!!!!
Se eu gritar, nada vai acontecer. Então tenho que levantar, por a cara lá fora e lutar. Lutar com forças que muitas vezes não tenho. Fazer de conta de que não tenho dúvidas e que a certeza inabalável sempre vai reinar. 

Ah mãe, eu tenho tantas dúvidas e medos...
Queria tanto receber um afago seu, um cuidado. Dói tanto ter que caminhar sem auxilio...
Queria poder dizer te olhando nos olhos que tenho medo de ser feliz com a pessoa que amo, que não tenho certeza de quase nada nessa vida estranha. Queria te perguntar quando e como você "sacou" que era a hora. E principalmente, se você foi feliz.
O que posso te dizer é que 1 ano tive perdas preciosas e ganhos também. Reaproximei da família, finalmente conversei com o pai e hoje temos uma relação muito boa. Que a cada vez que vou na casa do vô e da vó, me seguro pra não chorar quando me despeço deles por medo de algum dos 2 irem embora, pela dor que ainda sentem por conta da sua partida. Que a tia se aproximou ainda mais de mim. Que por mais que eu bufe pelas coisas que não acontecem no tempo que eu acho que devem acontecer, elas simplesmente: acontecem. No tempo que tem que ser. Minha vida deu tantas voltas que tenho dificuldade de saber qual é a minha idade. 
A casa está do mesmo jeito, só que mais suja, com menos vida, mais silêncio... 
Se antes eu não conseguia lembrar de você com cabelo, hoje quase não consigo lembrar de você careca no hospital. Só me lembro de você com o cabelo grande, de anos atrás, não tão liso. Mas toda vez que olho a foto e lembro, choro. abraço seu retrato e choro de forma silenciosa. As vezes as temporas doem, como agora. Mas em outras não. As vezes te dou tchau, bom dia, boa noite. 
Sei que você vai viver enquanto estiver nas minhas lembranças, as vezes não gostaria de lembrar... mas lembro. Enfim, nesse 1 ano que passou, muita coisa mudou mãe, não tenho mais seus passos por aqui, aprendi a dar os meus. Mesmo você tendo ido pra algum lugar distante, as mudanças foram positivas e posso te dizer com serenidade que afetou não só a minha vida, mas de pessoas que nem eu, e nem você poderíamos imaginar.
Mãe, sinto sua falta e acho que isso só vai aumentar... assim como o tempo com o passar dos anos.
Queria te ver.


um beijo, te amo muito.

19 maio, 2012

Então sai pra lá.



Eu me arrumo, eu me enfeito
Eu me ajeito, eu interrogo meu espelho
Espelho em que eu me olho
Pra você me ver

Por que você não olha cara a cara?
Fica nesse passa ou não passa
O que falta é coragem
Foi atrás de mim na Guanabara
Eu te procurando pela Lapa
Nós perdemos a viagem
Quando você me vê
Eu vejo acender outra vez aquela chama
Então pra que se esconder?

Vou por entre os cabos, centelhas de mensagens é o que sou.

17 maio, 2012

Escalas de.

- Abri os olhos.
Toda aquela baboseira diária a ser feita, pior que missa com suas carolas ao pé do altar.
Não tomo café, coisa ruim... tá que é brasileiríssimo, sou do contra. Nem água de manhã.
Que bosta, já tá saindo fora de linha o que pretendo escrever.
Vamos começar assim;
Amanhaceu,  ok. Só que está cinza lá fora, não aquele cinza escuro, de chuva. é o cinza de frio, do outono terminando seu desfile e abrindo alas para o inverno que logo chegará. Pra dizer que embora eu, habitante de "um país tropical e abençoado por Deus" vibro com esse tom. Mesmo que há 3 dias tenho apanhado de taco de baseball e febre beirando os 39,5°C. Mais radiante do que em dia sem nuvens... não desconsidero o céu azul, gosto dele sim. Mas, desculpe blue sky, o cinzinha me pega.
É o dia que você acorda e tem vontade de se arrumar pra uma festa de gala. Parece que tudo fica com um charme a mais. Até andar pelas ruas, só pra sentir o vento frio batendo pelo corpo. Mesmo que isso me custe parecer portadora de tuberculose. São nos dias frios que várias pessoas sentem a solidão se aconchegar no sofá. Me pergunto por muitas vezes se ela, solidão, é tão irritante assim? É nela que a gente pode se ver, sentir, experimentar cada parte nossa. Não é um exercício fácil, muitas vezes dói, tomar consciência, fazer escolhas e sermos responsáveis por elas é algo que sempre dá muito medo. A cada dia você se desfragmenta um pouco ali, dá adeus pra outra parte acolá... litros e litros de choro adicionados na conta.
Maaaas, voltando para o bendito e bem vindo: frio.
Clima propício para, chá, sopas [eca, sai pra lá que não tô velha], passeios, doces, filmes, casacos, sorrisos, mãos geladas, corações quentes. EPA! eu disse: corações quentes?
Alguém, rápido! pegue um rojão e acenda! por que notícia assim é pra ser comemorada [conheço alguém que vai fazer isso de fato]. Comemorar mesmo, é quando se tem o desejo de se arrumar, perfumar toda pra si mesma. Nesses dias ou noites, pode ser de calça jeans ou de cinta liga, nem gisele, megan ou angelina seriam páreo. Costumo passar longos períodos sozinha, preciso deles. Minhas reconstruções levam o tempo que for preciso.
Danço pela casa, durmo no sofá, babo no travesseiro, passo meses sem tocar numa panela. Assino minha própria carta de alforria, liberto-me. Houveram príncipes e princesas, morreram. Vivem diariamente em nossos corações, utopia. E é por merecimento, não por direito, herdado de berço. A simplicidade é um dos bens mais sofisticados e caros para a humanidade. Cada piscar de olhos a mais [a menos a ser dada nesta vida] me convenço de que o importante, na realidade é aquilo que não está disponível num mercado, na vitrine, na internet.
Se eu morresse no próximo instante, antes desse meu presente pensamento, partiria mais feliz do que triste. Não pelas coisas que foram realizadas, mas pelos elos feitos. A gente imagina e quando vem um perigo real, a morte, o medo de tudo acabar e a gente não ter feito tudo aquilo que queria [e não vamos fazer tudo mesmo...] de quando tudo ficar escuro [fica mesmo?] acho que saberia o que me importa, por quem eu chamaria, do que me arrependi, dos segredos que serão apenas meus. Falta, incompleto, inconstante. O equilíbrio perfeito do corpo é a morte. Estranho? procure saber o que é homeostase. Por que pessoas aparentemente bem sucedidas estão caindo enfermas aos 35, 40, 45 anos? Falta da falta, "se pah".
E o que que tem haver isso tudo com o frio? sei lá.
A velocidade que as coisas vão passando na minha cabeça é insana, botaram óxido nítrico. Até pra fazer prova na faculdade tá ficando complicado. 
O frio faz com que andemos mais devagar, de passos e de mente também. Um olhar mais demorado sobre as pessoas, as coisas, em slow motion sabe? E vejo meus poucos amigos, mas preciosos. Todos com marcas, feridas das batalhas diárias, todos nós fodidos até por que mesmo trabalhando, ainda não estamos livres do orçamento curto, dos sonhos e ideais gigantes, da diversão barata, das rodinhas universitárias, gargalhadas, choros convulsivos. Não há nada material que eu gostaria de levar [ainda bem], minhas lembranças pesam demais. 
O frio? ah, esse safado... mesmo fazendo eu desfilar pior do que a bruxa do 71, com óculos escuro na cara, arranca sorrisos sinceros e ternos mesmo que meu pulmão doa e algumas pessoas possam achar que sou psicopata por estar assoviando melodicamente e melosamente;

"Here he comes.."

14 maio, 2012

Decepção não mata, ensina a viver não é?
De fato.
Embora seja um aprendizado amargo, é valioso... lá se foram preocupações, dieta, treinos, ofensas, picuinhas, amizades, coleguismo, confiança, hipocrisia.
Pronta pra outra.

08 maio, 2012

Revolução.







Às vezes o amor é forte tanto que fere o coração das pessoas, 
mas no meio da coragem que fere nossos sonhos 
uma luz sempre brilha adiante se tornando um único poder.





Fênix



Reorganizar-se.
colocar os pingos nos is, definir, ajustar, separar, em pratos limpos.
Quando uma organização se torna grande, ela evolui por meios próprios, chegam novos desafios e assim vai sendo até que algum obstáculo maior fica à frente. Ou acaba, ou se renova.
Não só a estrutura física, principalmente a psicológica, o "clima" organizacional...
O que de fato é um líder e o que ele faz?
As duras penas você vai aprendendo a lidar com essa posição, a unir todas as forças e transformá-la em movimento; por em prática. Muito mais do que o simples "mandar" [o papel de estrangular e silenciar cabe ao chefe, não ao líder] é unir esforços por vontades distintas, que se emparelhem em prol de algo maior. 

É.


04 maio, 2012

Leveza insuportável



É,
quando o dia acorda pra ser bom, não adianta; o mundo pode estar desabando que nada abala.
Pois bem, como é engraçado ver as pessoas cobrando honestidade, integridade e mais alguns bla bla blas e sequer  tem um sopro, fagulha destes pra poder pensar que tem tal direito à.
Cobrança por um país melhor, que a corrupção é coisa mais leprosa do momento e deve ser extirpada sendo que corromperam-se por dentro. Dentro de casa, dentro do coração. É fulano traindo ciclano, beltrano enganando o que tá longe e pior ainda, enganando a si mesmo. coitado de quem está distante, achando que por que não vê, não acontece nada. Ai ai. São mais sujos que pau de granja. Isso assusta. 
A canalhice não é algo que amedronta, se você leitor pôs o pé na jaca, talvez ainda te reste um pouquinho de dignidade para ao menos, ser homem ou mulher o suficiente pra assumir suas próprias vontades. 
O que dá medo é essa gente que tem o passado mais negro que o próprio buraco. 
Esconde, nega em vão acreditando que ninguém jamais poderá saber ou sequer desconfiar das lambanças feitas e ainda por cima, vem pregar o discurso do bom samaritanismo. Por favor: guarde sua língua ácida, venenosa pra si, quer destilar o veneno? comece por você mesmo, experimente-o. Criançada ainda vá lá né? prega uma mentirinha ali, outra acolá por medo do castigo dos pais, mesmo assim... uó. Começa com o medo de apanhar, só quando vai tendo maturidade pra compreender que o que dói não e cinta, a palmada ou chinelada, é a queda, é o tombo que se tem por não compreender essa lição.Claro, o mundo da fantasia é mais atraente do que o real, reconheço mas não passa disso: fantasia, ilusão, necessário para a vida, sem inverter o valor, por que vivê-lo é a pior prisão. O engraçado da história é que apenas os objetos das brincadeiras mudaram, sai os bonecos, o lego e entram em campo as pessoas, relações e sentimentos. Haja analise pra tanto egoísmo e teto de vidro por insegurança, falta de inteligência, de um corpo que atraia olhares de todos à volta e pra chamar a atenção é necessária uma cena básica, uma máscara, persona, álibi. Caso dê merda o famoso "não foi eu", "não tenho culpa" e o mais do que batido "não é isso que você está pensando", moldam-se perfeitamente ao rosto, igualmente a máscara. Como tal, usa-se, tira e voi lá! está com o rosto tinindo de tanto óleo de peroba passado cuidadosamente por que se não cuidar da madeira, vai apodrecer numa velocidade impensada, pior do que botox.
Se tem algo que na vida que realmente existe é a querida lei da ação e reação e já é mais do que fato, o "tempo" não é o cronológico, ele corre no seu próprio compasso, soberano.
Óbvio, ninguém é perfeito e não será. O que não dá pra engolir e fazer cara boa, é alguém lhe colocar o dedo na ferida e achar que nada vai acontecer, que é assim; límpido como água e exemplo para todos. Não vai? "conta outra". Permita ao ferido lhe atingir [já que você é uma pessoa tão exemplar] no ego pra ver como é "gostoso", "nobre", "enaltecedor".
Sacanas de plantão, preparem-se por que vai acontecer com vocês. Sempre volta. Não é preciso andar com colete à prova de balas por que os tiros não serão disparados por terceiros, vai vir de dentro, vão sangrar até a ultima gotinha do cadáver apodrecido e sujo que ostentam, acreditando de fato que estão limpos. 
Vai lá, um entorse do pé por conta do salto 15 quebrar na passarela no meio do desfile não é nada se comparado ao rombo das cabecinhas [no diminutivo mesmo] ilustres. Talvez não seja de imediato. como já disse acima, o tempo corre no seu próprio ritmo e vai voltar. O eterno retorno... fazer oquê ? Colher o que diariamente foi plantado. Se a gente evolui ? com certeza. Alguns para as coisas boas, outros para não tão boas assim. é a vida. Sem falso moralismo, hipocrisia de achar que a vida será sempre bela, que ninguém tem dúvidas, que nunca erramos e que todos são lindos, educadinhos e tudo mais. Não somos lindos, no máximo, arrumados. Educação é algo além da sala de aula e um português razoavelmente compreensível [querendo ou não, essa língua é chata com suas infinitas regras medonhas], errar faz parte do aprendizado e salutar, duvidar é não ficar inerte, não deglutir sem saber o que nos enfiaram. O que não dá pra resolver é a falta, já dizia Freud. Com a ênfase aqui não na teoria mas na prática da vida mesmo, pai da psicanálise e seu emblemático charutinho, faço aqui um adendo:
Essa demanda louca de "me olhe, me idolatre, me deseje, me ame", faz com que os pobres mortais que somos, disparar uma rajada de metralhadora no próprio pé. Aplausos para aqueles que mesmo jogando a merda no ventilador, tem a cara pra falar: "EU joguei por aqui QUIS". Convenções sobre as regras da sociedade, do que é socialmente aceitável, permitido, o que é bom, o bem e o mal ? não é disso que se trata. Bato o martelo na mesa por assistir multidões procurarem a clínica por isso. Pelas próprias máscaras que criaram em si mesmas, por ferirem os outros e cortar a si próprio "mentirinhas inocentes" ou "detalhes desnecessários" e deslocam a culpa [se é que se tem essa coisa] pro outro, como se ele próprio não existisse, nem esteve ali, "quédizê". Sim, depois de um tempo essa coisa na cara gruda e não sai. vê lá o que vai querer colocar na face hein? A vida cobra um preço altíssimo por estarmos aqui. Cinderela, acorde por aqui o conto de fadas não está a salvo nem no imaginário. Essa existência "inautêntica" navegando pelo oceano da "má fé" sem fim. É... 
E ainda tem gente achando que é lindo por fora e dentro, mal sabe que na parte interna, já tá cheio de verme [literalmente]. Melhor uma família de tênias ao chiqueiro não só mental, como emocional. 
Se te falta: amor, paciência, compreensão, razão, alegria, vontade de viver em paz ? vá atrás.
Quer receber todas essas coisas lindas dos outros? então ofereça, genuinamente. 
Por que pra apontar e atirar a primeira pedra, aprontar, mentir, se esquivar é fácil. Quero ver ser homem ou mulher o suficiente pra ir de peito aberto, oferecer-se por inteiro ao outro não só de corpo mas principalmente de alma, expondo-se ao completo ridículo de não ter nada, de literalmente: cair.
Que caia, um degrau a menos não é nada pra quem tem como objetivo chegar até o final.





"O mundo é bem menor que cê pensa.
 Mas eu não caio do salto, não grito
 Não falto com a minha verdade
 coisa boa é Deus quem dá
 besteira é a gente que faz."






Pessoalmente: Se acontecer, vai ser um atestado de incompetência pra vida e eu, vou achar é pouco: muito pouco.