28 junho, 2009

Noite.

certa vez aprendi que as palavras tem um peso, que pode ser grande demais.
talvez eu esteja colocando peso demais nelas.. quem sabe ?
é que isso é parte de mim.
feridas quando se abrem são doloridas, se alguém colocar o dedo ali, não ajudará.
mas logo pára de sangrar. E passa o incômodo.
segurar a raiva é difícil, essa coisa fica remoendo os sentidos, passeia pelo corpo, faz o rosto corar, o corpo esquentar.
mas não é sábio abrir a boca e jogar palavras soltas. elas podem entrar em combustão com uma facilidade que dá medo.
particularmente, prefiro ficar quieta, num canto, por que ainda não encontrei uma maneira mais adequada para lidar com a raiva. sei que se eu entrar em movimento ou começar falar num momento desses vai doer, e é descenessário.
pra que discussões por coisas que talvez não tenha tal importância ?
como dizia a raposa no livro "O pequeno príncipe": O essencial é invisível aos olhos.
e é mesmo.
Tem horas que é melhor eu ficar calada por que dessa forma, o estrago é menor.





as vezes ser sensível demais, dá nisso.
acaba sentindo de mais.



aonde que é a entrada da câmara fria mesmo ?

27 junho, 2009

[mais] Alguns detalhes.


" - Criar laços ?
- Exatamente - disse a raposa. - Tu não és ainda para mim senão um garoto inteiramente igual a cem mil outros garotos. E eu não tenho necessidade de ti. E tu também não tens necessidade de mim. Não passo de uma raposa igual a cem mil outras raposas. Mas, se tu me cativas, nós teremos necessidade um do outro. Serás para mim único no mundo. E eu serei para ti única no mundo...
- Começo a compreender - disse o pequeno príncipe.
- Existe uma flor.. eu creio que ela me cativou... "

"Minha vida é monótona. Eu caço as galinhas e os homens me caçam. Todas as galinhas se parecem e todos os homens também. E isso me incomoda um pouco. Mas se tu me cativas, minha vida será como que cheia de sol. Conhecerei um barulho de passos que será diferente dos outros. Os outros passos me fazem entrar debaixo da terra. Os teus me chamarão para fora da toca, como se fosse música. E depois, olha! Vês, lá longe, os campos de trigo? Eu não como pão. O trigo para mim não vale nada. Os campos de trigo não me lembram coisa alguma. E isso é triste! Mas tu tens cabelos dourados. O trigo que é dourado, fará com que eu me lembre de ti. E eu amarei o barulho do vento no trigo..."

" Mas, quando chegou a hora da partida, a raposa disse:
- Ah! Eu vou chorar.
- A culpa é tua - disse o principezinho. - Eu não queria te fazer mal; mas tu quiseste que eu te cativasse...
- Quis - disse a raposa.
- Mas tu vais chorar! - disse ele.
- Vou - disse a raposa.
- Então não terás ganho nada!
- Terei, sim - disse a raposa
- por causa da cor do trigo.
Depois ela acrescentou:
- Vai rever as rosas. Assim compreenderás que a tua é a única no mundo. Tu voltarás para me dizer adeus, e eu te presentearei com um segredo."


"Um passante qualquer sem dúvida pensaria que a minha rosa se parece convosco. Ela sozinha é, porém, mais importante que todas vós, pois foi ela quem eu reguei. Foi ela quem pus sob a redoma. Foi ela quem abriguei com o pára-vento. Foi nela que eu matei as larvas (exceto duas ou três por causa das borboletas). Foi ela quem eu escutei queixar-se ou gabar-se, ou mesmo calar-se algumas vezes. Já que ela é a minha rosa.
E voltou, então, à raposa:
- Adeus... - disse ele.
- Adeus - disse a raposa. - Eis o meu segredo. É muito simples: só se vê bem com o coração. O essencial é invisível aos olhos.
- Foi o tempo que perdeste com tua rosa que a fez tão importante.
- Foi o tempo que eu perdi com a minha rosa... - repetiu ele, para não se esquecer.
- Os homens esqueceram essa verdade - disse ainda a raposa. - Mas tu não a deves esquecer. Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas. Tu és responsável pela tua rosa...
- Eu sou responsável pela minha rosa... - repetiu o princepezinho, para não se esquecer.

Say it.



" Diga a ela que você me viu
Que eu parecia muito bem
Apesar de tantas noites vazias
Tantas madrugadas vendo tv
Na verdade, dias intermináveis

Diga a ela que me viu num bar
E eu estava com uns amigos
Apesar de eu conhecer quem me rodeia
Tantos estranhos tão perto
Na verdade, longe do principal

Diga a ela que me viu sozinho
Diga que ela sabe onde eu estou
Diga a ela que me viu sozinho
Na verdade ela sabe onde eu estou"

25 junho, 2009

Alguns detalhes.

"E se eu, por minha vez, conheço uma flor única no mundo, que só existe no meu planeta, e que um belo dia um carneirinho pode destruir num só golpe, sem saber o que faz - isto não tem importância?!"

" - Se alguém ama uma flor da qual só existe um exemplar em milhões e milhões de estrelas, isso basta para fazê-lo feliz quando as contempla. Ele pensa: ""minha flor está lá, em algum lugar..."" Mas se o carneiro come a flor, é para ele, como se todas as estrelas repentinamente se apagassem! E isto não tem importância! "

"O pequeno príncipe, que assistia ao surgimento de um enorme botão, pressentiu que dali sairia uma aparição miraculosa; mas a flor não acabava mais de preparar sua beleza no seu verde aposento. Escolhia as cores com cuidado. Vestia-se lentamente, ajustava uma a uma suas pétalas. Não queria sair, como os cravos, amarrotada. Ela queria aparecer no esplendor da sua beleza. Ah! sim. Era vaidosa. Sua misteriosa toalete, portanto, demorara alguns dias. E eis que numa manhã, justamente à hora do sol nascer, ela se mostrou.
E ela, que se prepara com tanto esmero, disse, bocejando:
- Ah! eu acabo de despertar... Desculpa... Estou ainda toda despenteada...
O principezinho, então, não pôde conter o seu espanto:
- Como és bonita!

- É verdade - respondeu a flor docemente. - E nasci ao mesmo tempo que o sol...
O pequeno príncipe percebeu logo que a flor não era modesta. Mas ela era tão envolvente!
- Creio que é hora do café da manhã - acrescentou ela. - Tu poderias cuidar de mim..."

" Não demores assim, que é exasperante. Tu decidiste partir, então vai!
Pois ela não queria que ele a visse chorar. Era uma flor muito orgulhosa..."

22 junho, 2009

Luz.


Na escuridão, uma estrada de cor alva, semblante do luar.
e se tornaram fagulhas luminosas que iluminavam esse caminho.
de tantas curvas, em alguma delas me perdi e me encontrei.
uma constelação, talvez um universo, guardado dentro dela.
e nessa ausência se fez clara.
duas centelhas reluzentes, como o farol que ilumina o caminho a ser navegado.
e o clarão de um sol , de cor dourada, do mesmo tom que teu cabelo que corria e escorria em ti, em mim. aquecia muito mais do que nossos corpos.
fez-se porto seguro para minh'alma, e a mão, como âncora cravou-se nos vãos dos meus dedos, não permitindo dessa maneira que ficasse à deriva.
teu ar, um sopro: as vezes brisa, noutras era ventania que erguiam ondas, e faziam balançar de um lado pro outro meu pequeno coração.





é a sua estrelada escuridão na qual por tempos eu esperava e por alguns dias pude contemplar e tocar.

20 junho, 2009

Doce.

rir, me faz sorrir cada vez mais.
talvez nem se de conta disso... mas a quantidade de sorrisos não só os da face mas os internos, ah, como estes aumentaram!
e o mais interessante é que por mais que seja uma felicidade contagiante, é calma, serena.
não é como uma onda avassaladora que vai quebrando tudo por onde passa.
mas é uma marola, daquelas que tocam aos pés quando caminha a beira da praia.
ontem eu conversei com a layane sobre isso..
existem coisas, transformações ocorrendo nos bastidores.
não tem como explicar, eu gostaria de poder mostrá-las mas, não dá.
só sinto que estou mudando, talvez a palavra que fique mais perto de alguma definição seja: "amadurecimento".
é bom, gostoso.

posso dizer que sim, estou feliz.


de verdade.

:)

15 junho, 2009

F5


Lembranças.
é o que tenho agora aqui.
são como portas e janelas, elas revelam a todo instante coisas.
as "minhas coisas", diga-se de passagem.
há um furacão dentro da minha cabeça e a cada hora que passa, torna-se mais intenso, insano.
que não pára de girar, girar e girar.
as imagens rodam sem que eu as queira, passam cada vez mais forte, intenso.
quero gritar, girar, pois já estou dentro desse turbilhão.
me tragou com tanta força que nem me dei conta que estou no centro dele e mais ainda, que quero ficar assim, dentro.
eu fecho os olhos numa vã tentativa de que ao abri-los, irei te ver.
procuro suas mãos e não as encontro e logo me vem o nó, aquele maldito nó que estrangula não só na garganta mas além do corpo todo, meu coração, minha cabeça.
e minhas lembranças vão sendo expostas em muitas lágrimas que molham meu rosto e caem no travesseiro.
sinto um frio que estremece a espinha, que sequer me deixar me desligar, quase me congela. e só pelo simples fato do que me foi estirpado o fogo que me queimava todos os dias, ao acordar já estava em brasa.
ainda sinto seu perfume que ficou em meu blusão, foi o que me entorpeceu enquanto voltava a minha vida real.
as mãos, os olhos, os cabelos, a pele, os traços, o jeito, o calor, o tato, o sorriso, as lágrimas, as "respirações avulsas", o andar, o cheiro, o gosto, o beijo, os pés, a vida, a energia, o corpo todo o abraço. o sentimento compartilhado, a emoção completa.
São apenas algumas das janelas e portas abertas, das muitas que existem aqui.


irei alterar uma parte da música:

"Quando a minha mão firmou eu sorri, você trepidava."

E quando o sol se for
E o frio me tocar
É com você que eu vou estar...

14 junho, 2009

Cola

" Hoje a noite não tem luar
E eu estou sem ela
Onde está meu amor? "




não quero escrever agora pra não deixar que nada saia de mim.

13 junho, 2009

Roda moinho...

há muitas coisas que se passam na cabeça em poucos segundos.
quanto mais o tempo passa, cresce a tristeza: é hora de partir.
faltam as palavras para dizer tais coisas, mas na verdade, nao sinto vontade de po-las para fora.
calou-se uma voz e outra levantou-se..
o vento sopra, gelado, forte.
as coisas se movimentam..
saio de um mundo exterior e me recolho ao meu mundo, interno, aonde palavras ditas pela boca sao desnecessárias.








é quase domingo.

Vez

Você pode entender que
eu não vou mais te ver por enquanto
sorria e saiba o que eu sei..


:)

09 junho, 2009

Plataforma 12.

restam apenas algumas horas e um punhado de kilômetros..
agora começa a subida da montanha russa.




aliviada e um pouco preocupada.

08 junho, 2009

Time goes by.. so slowly.

se eu disser que estou aflita serve ?
se eu disser que estou ansiosa, terá algum efeito ?
se eu disse que estou...

ando muito distraída.
na verdade estou concentrada em uma coisa só, em tudo qua faço, por onde vou, procuro seguir ela. seja na rua, no barulho de fora, das ruas, seja no barulho de dentro, da cabeça, do coração.
estou ficando esgotada nessa procura, sinto-me fraca mas feliz.
minha paciência está cada vez menor com o pseudo tempo que parece que não passa!
ando fazendo caretas mais do que o comum.





faltam 77 horas, que passe rápido.

02 junho, 2009

Minha.

menina.
vem logo, gruda no meu colo e fica.
me abraça, e entrelaça seus dedos aos meus.
morde, tira o pedaço de mim que desejar e guarda pra si.
ladra, rouba meu coração e um beijo meu só pra fazer graça.
seja a minha morfina, para que eu não sinta nem por um momento a dor de não te ter por perto.
me entorpece, me alucina, és minha droga favorita.
será doce tanto quanto mortífera ?
faça suas inscrições no meu ser, deixa tua marca em minha pele.

então me toma de uma só vez que eu quero que você me sinta queimando tuas entranhas, assim como arde em minhas veias esse teu gosto de ausência.

01 junho, 2009

Passagens..

frio.
vento.
coisas que me fascinam.

talvez por ser pertencente de um signo que tem como elemento o ar, isso me interessa tanto.
particularmente a ventania gelada. Essa parece que fala comigo. Ora sussura, ora bate.
me sinto feliz por poder conversar com o vento.. as vezes ele tem a resposta que a tempos quero obter.
alguns dedos da minha mão doem mas, será passageiro.

estou cansada. meu corpo dói, especialmente minha perna esquerda e parte da minha lombar..
credo, to parecendo uma velha!
provas chegando, to ficando atolada de folhas e folhas pra ler..
isso é um porre.

e tenho dito.