29 outubro, 2013

Inscrito no meu mundo.



Engraçada, essa vida é assim. Ai, sou muito idiota, volúvel, "multipolar" e isso me dá ainda mais vontade de rir. É como se eu estivesse num local com vários tanques, piscinas, mergulho fundo em todas. Só que esses recipientes são os sentimentos, emoções, sensações. Me encharco delas, lambuzo, fico impregnada e as vezes me intoxico. As vezes intoxico os outros. Tento olhar de fora da minha cabeça para minha própria carcaça e enxergar todas as fraquezas e imperfeições que existem. Olha, são MUITAS. Se antes eram motivos para deixar na escuridão, agora os holofotes escancaram cada ferida. Sei não, talvez uma das lições mais tensas que ainda estou aprendendo é saber rir de mim mesma, principalmente quando os outros apontam meus defeitos. Rir sem dor entende? sem raiva, sem vergonha [embora eu ainda sinta, principalmente para as pessoas que amo]. Hoje posso estar bem, amanhã quero jogar um latão de ácido sulfúrico na bendita, só pra compartilhar a dor e um segundo depois estarei lá, cuidando do que restou daquele ser. O que eu quero dizer? que vou mudando numa velocidade que é difícil de acompanhar pra mim mesma, que dirá quem ousa ficar ao meu lado. TPM não chega nem perto. Gosto de falar que é uma nebulosa. Percebi que meus relacionamentos são bem mais significativos quando estão nessa montanha-russa, enlouquecendo-nos. Lá em cima eu quero sair do carrinho, as vezes vomitar, grito o trajeto inteiro... quando o brinquedo "pára" e a gente desce, euforicamente quero aquilo mais uma vez. Vou de olhos fechados e sorriso dando voltas na cara. Não dá pra me entender dentro da normalidade, tenho meu próprio funcionamento. Posso gostar por anos, mas tenho o "dom" de viver com tanta intensidade uma emoção que me destrói e pode escangalhar você. Essa sou eu, nessa funcionamento singular. Vou te tratar muitíssimo bem enquanto te arremesso no penhasco pra te ver cair. Sabe por que? Por que foi oque me aconteceu quando te conheci. vou ouvir seus ossos quebrarem contra o rochedo. Quando estiver com os olhos arregalados e não conseguir respirar mais, quando achar que finalmente chegou o fim, o "game over"... olhe para suas mãos e notará que meus dedos estão entrelaçados aos seus. Vai piscar algumas vezes, não entendendo nada daquilo. Quando você abrir novamente esses olhos, vai me ver sorrindo e talvez aí você possa entender o que é estar vivo e que estive no lugar onde deveria estar.
Olhe para o lado e verá.

É assim que acontece comigo.

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