25 setembro, 2013

Wide awake.

O que seria da faca se não tivesse uma mão para segurar e impulsionar o corte? Quando se rasga os tecidos, sejam eles de pano ou a musculatura, é por que está querendo saber mais a fundo, na própria carne.  Pois bem, chega um momento onde você não desiste mas apenas cansou. Por estar cansado da mesma coisa de sempre, resolver pegar o mais afiados dos bisturis que possui e com uma frieza de um cirurgião, vai fazer o corte e saber de fato, o que está acontecendo. O cirurgião sou eu. Esse pedaço de metal foi passado diretamente ao externo, sem anestesia. e ao sentir o deslizar na pele com sangue formando a linha a ser percorrida, não houve raiva, uma pequena tristeza e só. Ser o principal agente deste ato e simultaneamente observar perante o espelho e constatar ali que está tudo no lugar, está tudo certo. O coração bate normalmente, embora com uma película que estava envolta e atrapalhava. Tirada essa parte, fecha-se. Então fito meus olhos por um tempo, examino além das minhas retinas.... há algo que me impede de enxergar perfeitamente e vou tirá-la. Com cuidado, sinto aquele pequeno metal afiado e áspero cortar. Pronto. Retorno ao espelho e agora sim, consigo ver os detalhes. Mas meus olhos já não são mais os castanhos de sempre, mudaram, assim como oque poderia ser visto.

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