11 janeiro, 2014

Des[abafo].


São 15 para as 4 da manhã de sábado, 11 de janeiro... oi 2014.
Você chegou e eu não me sinto revigorada, com as baterias carregadas ao máximo, porém, aliviada por ter rolado a pedra que estava no meu tórax. Evitei falar sobre isso nestes dias, visitando os escombros do grande incêndio que ocorreu por dentro. X-tina ressoa em meus ouvidos neste momento cantando "say something." Embora nem seja essa música (e na verdade não seria uma só que poderia me fazer entender, como boa libriana que sou). Meus sentimentos e emoções fluem com elas... passaram no filtro: roar, undondicionally; viollet hill, segreto, do fundo do meu coração, no light no light,  jar of hearts, preteding, tempo perdido, no me compares, strani amori, non me lo so spiegare, shoot at the night, carry on, limpido e as campeãs: sweet nothing, clarity e let me go. Uma junção de harmonias, ritmos e sentidos. Não posso nem ouvir direito Pink que me dá arrepios. Esse péssimo defeito de ligar qualquer e todos os tipos de afeto que passam em meu cotidiano: T-U-D-O tem trilha sonora. Pra quem não é extremamente musical, enlouqueceria. Olha 2014, o finalzinho do seu predecessor foi U-Ó. Sabe o que é passar com uma corda no pescoço, que te enforcada dia a dia? e não havia como puxar... por mais que eu gritasse por socorro, praticamente implorando. Então, restou a única alternativa: Colocar tudo abaixo. Chutar a pedra angular de todo o edifício e ver a estrutura ruir. Sabe ano novo, me sinto cansada de ser alguém que é sempre a que tem que compreender todas as situações, de ser o poço da paciência quase infinita, de vestir tons pastéis e vomitar sempre pra dentro por isso. As pessoas confundem minha profissão, achando que me transformei numa massa ambulante uniforme e quase inatingível. Não, não sou MESMO. É fato que tenho uma paciência e teimosia desproporcional... e apesar de contrariar todas as expectativas, existe sangue correndo em minhas veias, quente. Não sou um papel. Vibro no mesmo tom do arco-íris. Brilho, apago.... odeio, na verdade D-E-T-E-S-T-O ser levada para o limite e ainda mais quando ultrapasso essa fronteira. Fico estrangeira de mim mesma, num exílio que beira a loucura. A beira por que é o extremo da razão que me dói. É por entender demais, e aquilo que não entendo, ainda busco num esforço insensato o mínimo de compreensão, como por exemplo: entender que há você, do outro lado desta tela que fica vindo me visitar neste blog as escondidas [como se eu não pudesse verificar os acessos que tive por aqui]... entender que você, tem é medo de desapontar sua mãe e de a cara a tapa. Você que me julgou covarde e sem atitude. Te digo que nesse tempo todo, esses atributos felizmente, não me pertenciam. Ser covarde é não admitir e muito menos aceitar para si mesma o que sente. E sai cortando pessoas, fingindo não se dar conta ou de não lembrar de nada. A arte de ignorar... tão bem executada que ignora a si mesma, sua própria existência. Calou a pessoa de dentro com super bonder. Isso é covardia das grandes, que perpassa pelo egoísmo, machuca os outros por que não suporta a simples idéia da possibilidade de sentir a brisa mais fria de desapontamento. A liberdade sempre deu medo ao ser humano não pelo termo em si, mas pela responsabilidade de suas ações, o homem se torna consciente da sua existência a partir deste momento. E não lidar com isso, renegar é má fé pura. Somos escravos dessa liberdade que chega a doer os pulmões de tão pesada que se transforma, ao longo do despertar da consciência. Mas não há como eu dizer que existe apenas um lado errado nessa história. Fui culpada por depositar a minha felicidade em outro alguém. Erro idiota e primordial, fatal. Cheguei a conclusão de que não entregamos nosso coração para as pessoas só pelo amor, mas respeito e principalmente: confiança e merecimento. Por achar genuinamente que fosse merecedora. Havia um elo poderoso que nos ligava e se chamava: confiança. Há algo que pessoa alguma, neste planeta [tirando os perversos = psicopatas e sociopatas] pode ousar brincar, é com os sentimentos dos outros. E você foi além da ousadia... e assim, ruiu o que tínhamos. Te olhar na cara foi tão... vazio.
Abraçá-la foi incomodo, acredito que sentiu isso também, por que no final daquela conversa babaca, sequer conseguia me olhar. Dizer que não iríamos mais nos ver não foi doloroso como sentir o que houve no momento em que li: "retorno ao brasil". É como assistir o final de um ser vivo agonizante. Meu amor por você não vai desaparecer da noite pro dia, por mais que eu gostaria. Entenda: amo você, muito. Mas a dor que me causou finalmente foi maior do que meu amor e paciência. É como a emma diz ao dexter: "eu amo você dex, muito... mas não gosto mais de você". Não preciso citar os motivos que levou até aqui. Vou cumprir o prometido, não irei mais te procurar. Sei que vai reaparecer mas quero te alertar: volte apenas se tem coragem o suficiente para demonstrar o que sente e admitir sem culpa o que quer. Se ainda assim optar por insistir, te digo que não será nem um pouco fácil. Você conseguiu me perder não para outro alguém, mas por mérito próprio e com um plus, emplodindo a confiança que tinha em você, em nós. Hoje, ficou o medo e a colonia de pulgas atrás da orelha [por assim dizer]. Então, entre pra uma aula de yoga... acho que será mais fácil. Paciência, engolir orgulho e drama próprio nunca foram seu forte. 

No mais, te desejo aquilo que disse por sms.

Sorte, em tudo.

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