29 dezembro, 2007

Sol-id-ão

Lá fora o sol
dentro, a lua
sinta o frio mórbido queimar minhas veias
lembranças, apenas congeladas.

Ao redor, estranhos uniformizados
trocando olhares supérfluos, falsos.
Todos escondem as reais intenções.


Com o abraço voce aprisiona
com o punhal penetrando nas costas, mata.

Ruas tribuladas por cabeças acefálicas
verdadeiro formigueiro medonho
uns vão e outros vem
um trajeto sem sentido.

Observo esse cotidiano velho, sujo, nojento
um grito ensurdecedor corre pela mente.

Me livro dessa hipocresia inútil
e penso...
penso...

nem a bebida perversa consegue amenizar
olho aquela bola brilhante maism uma vez e pergunto:
Aonde foi parar o coração que estava aqui ?

Nenhum comentário: