22 outubro, 2012

The black mirror



Quem eu sou ?
A luz revela-se como num relâmpago, um flash, fagulha, veloz.

Tantas coisas, tantas voltas, tantas pessoas, tantos amores, tantas dores, desilusões, corpos, rostos, cheiros, gostos, gemidos.
Pegar o caminho de volta pra casa, ir mais além. Ser prestativa, ser de ninguém. Quem?
Não sei dizer além do que sinto, pouco vejo e o que observo não são os olhos que me revelam. Palavras na direção contrária dos corpos exaustos de travar uma guerra santa, vã. Render-se. Anunciada, doce, ardente como uma queimadura recém feita. Não existe trégua nem pra você, muito menos para mim.
Quem vai dizer que entende o que se passa? Quem de nós quer de fato dar o passo contrário da aproximação, que vai soltar as mãos? Mesmo dizendo o protocolo politicamente correto. Antes era suspiro, agora é grito. Tão desesperador, tão urgente que paralisa, estremece, baixa a guarda, olhos e braços.
Uma droga, possessão e já estamos ficando fora do controle e não estamos mais preocupadas. Em contagem regressiva?
23 anos.

Nenhum comentário: