26 outubro, 2012

Sinais.



Eu poderia dizer milhões de coisas, relatar inúmeras memórias. Poderia colocar ordenadamente uma trilha sonora que duraria uma semana, sem parar. Até poderia à exaustão, tentar lhe explicar tantas coisas como; as posições das constelações  nomes de coisas estranhas, locais inóspitos, fotografia e derivados, teorias mil, a vida/morte e um bocado mais. Mas, não acho explicação para um questionamento simples até: "por que gosto de você?" 
Já tentei por muitas noites a fio (dias eu já nem conto mais) e essa primeira questão fatalmente levou-me a segunda (como você me leva nesse "quase" eterno pique-esconde) na qual é: "o que eu faço com você?" Em quase 3 anos essa pergunta latejou pela minha cabeça incontáveis vezes. É ter que me deparar com cada momento, a cada detalhe, olhar, gesto, palavra, tom e principalmente o não dito.

Muito mais que fera, ferida funda e que pulsa. Não há como negar, há algo entre nós que não se explica; não por palavras. Apenas por pequenos gestos, raros olhos nos olhos. 
Depois de tanto buscar uma lógica racional, cansei. "Parei de pensar e comecei a sentir" e foi com essa mudança que comecei a compreender esse microuniverso, esse fio invisível mas poderoso que nos atou em intrincados nós.
Algo tão frágil que poderá se desintegrar como poeira no vento. Tão sólido como um diamante. Tão distante  quanto NY e cuiabá... tão perto quanto sua respiração em meu rosto.
Já te procurei inúmeras vezes que me perdi. Ao me perder, você me encontrou.

A sensação que me toma é de que não haverá um ponto final. Muito mais que poderíamos imaginar, bem mais que eu gostaria de admitir a mim mesma; "você é". Não há definição. Nem em uma palavra ou um livro com mais de 500 páginas bastariam. Não compreendem coisa alguma disso tudo. Nem eu e nem você temos a exata noção (ou temos e fingimos não conhecer) do que é.
Apenas posso dizer que sinto, como um veneno circulando pelas veias. Algo que só sabe quem passa na pele. Enfim, o que sei do que sinto? É forte, grande.

Mas nada te falo, embora tudo lhe explico. E nem precisa... você sabe, sei disso.

e como sei?
Por que quando finalmente te olho, você sente. E como sente.

E você? nada dirá.

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