11 agosto, 2010

In¹

sabe o que é esmurrar um portão de ferro de 3 metros de altura as 9 e alguma coisa da noite?
ficar com as mãos vermelhas, quentes desses socos, querendo acertar o rosto de um puto ?
sabe o que é ver sua mãe morrer aos poucos ? sabendo que é seu próprio pai que está a matando ?
sabe o que é ter de entrar em casa e olhar pra essas coisas e falar: "tudo bem, vai ficar tudo bem"?
sabe o que é acordar todas as madrugadas, 1, 2, 3, 4, 5 vezes do nada e sem motivo aparente?
sabe o que é olhar a conta do banco e de uma hora pra outra seu dinheiro some e aparece: "confisco de bens" ?
sabe o que é pegar o telefone, revirar uma agenda e não saber pra quem telefonar ?
não.

eu poderia deitar no meio do asfalto e esperar que um ônibus, caminhão esmagasse essa minha cabecinha que está com os neurônios quase queimados de tanta coisa que tem pensado. mas a cena não seria muito boa. me jogar do penhasco é ridículo também, se bem que daria mais trabalho para achar o corpo e.. não vem ao caso.
e quando acho que vou tirar uma parte da armadura, apertam ainda mais, soldam os parafusos, colou-se. a coisa toda se tornou tão animalesca que já não estou mais nem aí para as minhas dores nem a dos outros, em quem acertar, acertou e problema dele pois já que não me dão pausa, vou indo até as últimas consequências.
se sobrar pedaço pra contar história... vai ser muito.

Nenhum comentário: