12 março, 2009

"..."

O que se sabe sobre isso ?
- como algo encrustrado dentro de mim, serpentiando pra cima e pra baixo em ondas, ora suave, ora turbulenta. Um mar, quem sabe ? mar esse que me afoga quase todos os dias, não importando o horário.
Depois de tempos é que se pode perceber que quando você está submergido, é calmo ali. Quando se está na arrebentação não dá pra enxergar nada. Acabei sendo tragada por esse oceano e deu pra ver muito mais do que suponhava ter enxergado. Quando acha que está morta então você sente o seu coração batendo, batendo,batendo. Há o desespero pela falta de oxigênio e você abre os olhos e vê os vagalhões passarem por cima da sua cabeça, num movimento secular. Então você entende que só é preciso sentir.. Então sente aquela imensidão toda em seu corpo, por todos os poros.
" - é como mergulhar num abismo de cabeça e com os olhos vendados. vencendo todos os medos e deixando as dúvidas para trás, não se importando com mais nada"
Enterrar tudo isso a muito tempo seria e foi uma saída muito atraente aos olhos de muitos mas não se sepulta algo que está incompleto...
Incógnita: um misto de elementos colocados aleatóriamente mas numa ordem proposital. Ao mesmo tempo que é o pior dos meus pesadelos, é o melhor dos meus sonhos e, suspeito que saiba disso. Desconfio que em seu íntimo, sorri maquiavélicamente por essa constatação. Talvez, não.
Só que tenho algo a dizer!
saibamos: o pior medo é o de arriscar, o maior carrasco que temos é o remorso... e sinto em dizer que tenho. não se pode explicar o que é isso e nem falar como surgiu. Só há o fato de que apareceu, aconteceu e por um longo período mentir para si mesma era a solução mais adequada, ainda que fosse a forma mais errônea. Achava que fosse algo passageiro, superficial e o tempo se encarregou de mostrar o contrário. Foi espantoso, algo que não quis e não pude acreditar antes e nem na hora. Busquei uma compreensão lógica, uma razão para o ocorrido mas, sem sucesso. Estava tão esgotada que não sabia se quando estava dormindo, se estava acordada e etc. Então saí daquela redoma para meu próprio bem estar, me dei um tempo... para me recuperar, me reestabelecer, para ponderar, me acalmar, para pensar. Foi quando me dei conta de que esqueci das coisas mais importantes (embora fossem as mais simples). Precisei passar por toda a tormenta para que algo se revelasse. O que eu sinto por você. Como está escrito nas muitas linhas acima, não há explicações, pode-se somente sentir. É algo pesado demais para que as frágeis palavras possam suportar e só pode ser compreendido através disso. Espero que um dia, você possa me entender. De verdade.

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