12 agosto, 2014

Anot[ações].


Faz algum tempo que não escrevo nada, que não sai algo desse teclado. Olhando agora pros meus dedos, imagino oque poderá vir adiante, no próximo ponto que será colocado: agora.
Há alguns dias venho olhando para o passado... sinto saudades. Algumas coisas até gostaria que voltassem, outras, dou graças a Deus por terem ido (embora sinta a dor ao tocar nestas memórias).
E geralmente essas feridas tem nomes, sons, cheiros, dias de sol, choros, sorrisos. "Borrar" uma imagem colorida para preto e branco não é tarefa simples. Engana-se que tal processo não é doloroso pra quem o pratica. Hoje, precisamente neste momento, sou alguém que tem um emprego que não é da sua área e não me traz felicidade como pessoa mas me cala pelos caraminguás que consigo juntar ao final do mês. Conto também que depois de muitas contas e pular num sonho que será realizado as custas de orçamentos mensais BEM apertados: comprei meu apartamento. Se o cara lá de cima permitir [e eu não estourar o limite dos meus débitos], terei em breve um canto que posso chamar de: M-E-U. 


Escrevo por que algo me angustia e essa coisa sempre põe algo, a gente [eu] em movimento. Angústia de me ver sozinha nesse mundo. Angústia de não conseguir nunca uma independência total, de ficar num trabalho que não gosto e não me traz felicidade. Agústia de ver a vida passar e perceber que deixei ela escapar sem ter desfrutado de cada parte.
Completou 1 ano que estou em Sinop mas de fato, aqui NÃO é meu lugar: o mundo é meu quintal, embora minha casa seja em Cuiabá. Serei uma eterna estrangeira? por que estranha, sou a muito tempo. Já tenho 24 anos, "só" tenho 24 anos [com cara de 25 e peso de 33].


"Hi Stranger"   [Ainda vou tatuar isso, sério.]

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