06 fevereiro, 2014

"Então"


Bolas. Alguém já parou pra observar como uma bola de vidro quebra? as rachaduras e tal. um trinco de nada e de repente: crack! aquela coisa está esfacelada. Já viu chiclete grudar no sapato né? mas já reparou como dar o primeiro passo após o encontro com a coisa pegajosa fica um pouco "pesado" ou melhor dizendo: grudento? como se fosse uma única súplica daquela massa colante que gruda no solado com todas as suas forças e artimanhas: não se vá! dó? que nada. A gente resmunga algumas palavras ainda por ter pisado nesse treco. 
Pra que esses objetos e comparações estranhas? ah, por que hoje de manhã recebi um recado e as figuras que me vieram a mente foram essas. Uma bola de vidro se rachando, estourando e um chiclete preso na sola do meu kedz. Tudo isso é interno, não aconteceu por fora. Botei uma mão numa fechadura nova mas a porta de trás insiste em querer ficar aberta. Sensação de pingue-pongue. O negócio é passar a chave e dar as duas voltas, um cadeado, ferrolho, corrente, madeira, prego, piche: sei lá. 
Chegou a hora de melodias, rostos, sensações, dias, sentimentos novos. 
Aí vem nenhum de nós me presenteando com essas frases:

"Amanhã eu vou abrir a casa
vou deixar a luz do sol entrar

uma vida inteira é demais pra esperar
deixa o sol
deixa o sol entrar"

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