21 julho, 2013

Sala de espera.

Durmo, acordo, as horas passam e o momento não chega. De sacanagem o relógio e o calendário não giram... por quê? sento nesse sofá verde e espero os dias passarem, as horas ficarem pra trás. Parece que cheguei as últimas gotas de força que tenho. Um esgotamento que desbota qualquer vontade. E não é por alguém, embora eu sinta [e muito] a falta do meu bem. É como se o tempo tivesse se esgotado pra mim. O tempo de ficar nessa cidade. Já não me reconheço nela. Não pertenço mais a este local e isso tira a paciência. Abri as porteiras e agora o céu é meu teto. Enquanto não chego na minha casa, o mundo se tornou meu quarto, quintal, sala.... não sinto que tenho mais aquela coisa que me deixava acordada por dias. Minhas pernas enfraqueceram? Já não suporto mais tanto peso nos ombros? Cortei pedaços que estavam velhos, outros apodrecidos. 


- Um brotinho saiu.

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