25 junho, 2013

Winter.


A vida não acabou por essas bandas. Embora parecesse o contrário, quando se passa algumas horas chorando, tendo uma pausa por que o sono chega... ao acordar e abrir os olhos em brasa, você desperta de uma grande ressaca. Hoje passei parte do dia ainda elaborando meu luto particular mas cheguei a conclusão de que não dá pra ficar aqui, assim nessa "lápide". É preciso continuar, preciso viver. Há coisas e pessoas esperando e eu aqui? Se o silêncio é a resposta que recebo então... vamos adiante. Nem parece que aprendi isso com 14 anos. Acho que me esqueci de como fazer isso, de seguir em frente apesar das dores, dos amores e desamores. Quero me reorganizar, sentir orgulho de mim mesma. Mas se me serve de consolo, ando menos dura, fria. É, ando molenga. 
Hoje prefiro esgotar meus potes afetivos, usar até a última gotinha de cada um deles que ao ficarem vazios, darão espaços à novas essências. Ando "meio" cheia, ou "meio" vazia. Parece que nem sei mais quem sou.
E será que sei quem sou mesmo? 
Que comece meu outono-inverno, que venha a introspecção. Que eu perca minhas folhas mas reencontre e mantenha minha essência, fortalecendo-a: O ciclo está prestes a iniciar! Quando a primavera chegar, estarei pronta.

Um comentário:

Bela disse...

Um dia alguém me disse "Torna-te aquilo que és", e eu tive medo.