30 janeiro, 2013

Velhice pura, só pode.


Estava lendo algumas coisas alheias pela internet e depois que vi uma certa respota, sorri.
Hoje, imagino o quanto envelheci nesses últimos anos. Não como coisa ruim, apenas pelas experiências vivenciadas. Minhas turmas inicais em ambas as faculdades estão se formando e eu fico com a sensação de que fiquei para trás... então olho para esses últimos 5 anos e vejo o quanto vivi, as coisas que me aconteceram, as pessoas que conheci, os amores que vivi, as perdas e principalmente as marcas que ficaram  não só pelo corpo mas principalmente: na cabeça.
Há momentos, situações que não se apagam. Apenas ficam ali. como cicatriz. Cada um sabe as que tem e o por que delas estarem ali. Quando senti a 3° agulho perfurando minhas costas, imaginei isso. Fechei os olhos por um momento e vi quantos momentos bons e ruins aconteceram diante desses olhos observam as palavras brotarem através dessa tela, esse "pauzinho" que fica piscando correr de um lado pro outro com uma certa pressa... pressa em dizer, escorrer o que anda represado aqui.
Apesar dessa afobação em falar, reduzi a marcha. É o fim de muitas coisas. Fim da faculdade, Fim de uma longa vivência e permanência em uma cidade, o término de uma convivência numa casa onde cresci, cai várias vezes correndo no piso quando chovia, cheguei bêbada, trouxe namoradas, bati a porta com raiva, ou abri, aliviada. 
Já achei um grande amor na vida e o vivi. Já perdi alguém que não se substitui por nada e muito menos outra pessoa. Já chorei dentro de ônibus. Já fui ao aeroporto pra ver alguém chegar... ai, muita coisa. 
E no total acaso, a roda girou numa velocidade insana... tal qual pneus que correm sem parar e agora, essa tal "roda viva" resolveu frear. Me trouxe um coringa, enfim.

Sei que isso aqui é só uma parcela, mas penso que quando chegar lá pelos 70, 80 anos de idade vou sentir que já passei dos 150. Ouço crianças dizendo que querem viver além do centésimo ano... e eu me dou por satisfeita ao chegar com 90. Acredito que serei uma velha enrugada, mas bem doida. 

Sopa morna. Aliás, palavra essa que se tornou constante nos últimos meses.   Eu, que sempre fui atraída pelos extremos, parei no ponto médio. rs.
Suspiro. Olho pro lado e vejo meu gato jogado na cadeira e rio de mim mesma. Preciso me arrumar para ir a colação de grau da minha cunhada. Depois a janta, a casa dos sogros, o sono com a namorada. 
É, eu fiquei velha mesmo. 
Tenho uma espécie de "preguiça" em escrever, não que seja a genuína e verdadeira preguiça... sei lá. Navegar em águas calmas tem feito bem.

Agora sim: Bem vindo 2013, vamos andar lado a lado?

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